Por Carlos Celso Cordeiro*
Em 1910, o futebol já não era praticado somente pelos componentes da elite recifense. É verdade que os principais jogos envolviam apenas os sócios do Náutico e do Sport, além dos funcionários, geralmente ingleses, da Great Western e da Western Telegraph. Esse clubes se enfrentaram algumas vezes também, assim como times formados por marujos de navios ingleses ancorados no Porto do Recife.
Nos subúrbios, porém, o futebol começava a ganhar impulso. Os jornais registravam, com freqüência, a fundação de novos clubes. Entre eles:
Caxangá Foot-ball Club, Club Athletico de Pernambuco, Olinda Foot-ball Club, Brazilian Foot-ball Club, Recreio Sportivo Pernambucano, Principe Foot-ball Club, Clube Sportivo Almirante Barroso, Centro Sportivo do Peres e Minas Geraes Foot-bal Club.
No ano de 1912, as atividades futebolísticas do Sport, do Náutico e dos clubes de ingleses foram resumidas. Um jogo entre Náutico e Sport marcado para o dia 13 de maio, data do oitavo aniversário do Sport, não foi realizado. No dia 26 de maio foi realizado um jogo entre o “Mundo” (time de estrangeiros) e um combinado Sport/Náutico, com público diminuto. De uma maneira geral, contudo, o interesse pelo futebol era crescente.
Diversos estados brasileiros já realizavam seus campeonatos. Pernambuco deveria, também, organizar o seu certame. Assim, em fevereiro de 1912, sob a presidência do então conhecido “foot-baller” Eugênio Silva, foi criada a Liga Pernambucana de Foot-ball, formada pelos clubes: Internacional F. C., Mina Geraes F. C., Riachuelo F. C., Brazil F. C. e Peres F. C.
Foi organizado um campeonato, do qual algumas partidas foram disputadas. Depois toda a diretoria da Liga renunciou e suas atividades foram encerradas (o campeonato não foi oficializado depois).
*Carlos Celso Cordeiro é escritor e pesquisador do futebol pernambucano
Confira a história completa: parte 1, parte 2, parte 4, parte 5 e parte 6.
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