Um cenário que prova pela enésima vez que o futebol é mesmo uma paixão nacional. Não importa o tamanho do time, a estrutura do campo, o nível técnico, a concorrência desleal…
Começa o plantão de domingo na editoria Esporte Total. A cobertura? O Clássico dos Clássicos, é claro. Eu e Ana Paula Santos fomos escalados para ir até a Ilha do Retiro. Saímos da redação do Diario, em Santo Amaro, por volta de 16h20.
Também seguiram no carro do jornal os fotógrafos Helder Tavares e Alexandre Gondim, guiados pelo motorista Gilson Bezerra. Seguíamos pela Joana Bezerra, um caminho com menos trânsito, num ensolarado domingo.
Antes de cruzar a ponte Gregório Bezerra, que liga o bairro ao estádio rubro-negro, passamos por um campo de pelada ao lado da pista, bem na entrada da comunidade do Coque. Uma cena que chamou a atenção de todos, e que precisava ser registrada.
Duas equipes devidamente uniformizadas. O Estrela do Norte, representando o Coque, e o Ajax, da Campina do Barreto. Pelo menos 50 pessoas estavam na beira do campo de terra vendo a tradicional pelada, válida pela “Copa dos Campeões do futebol participativo”. Um clássico.
Algumas daquelas pessoas em pé estavam tão uniformizadas quanto os jogadores.
Seriam os reservas? Não! Eram torcedores mesmo, do alviazulino Estrela do Norte, com direito a bandeira do time (foto acima).
Tudo aquilo a cerca de 500 metros da Ilha do Retiro, que começava a pulsar com o clássico entre Sport e Náutico. Separados apenas por um ponte.
Ponte que ligava o degrau abaixo do amadorismo ao futebol profissional da elite nacional. Mas uma ponte serve para isso mesmo… Para unir duas extremidades. Ligadas pela mesma paixão pelo futebol.
Sport x Náutico e Estrela do Norte x Ajax. Os clássicos que importam.
Foto: Helder Tavares/DP