Com os 8 jogos na edição de 2009 da Libertadores, o Sport melhorou a sua campanha geral na maior competição das Américas, somando os dados de 1988.
14 jogos 23 pontos 7 vitórias 2 empates 5 derrotas 18 GP 14 GC
E no duelo particular entre os 2 campeões nacionais do Nordeste, equilíbrio puro. O Leão até passou o Bahia no ranking histórico da Libertadores (veja AQUI), mas apenas no número de vitórias: 7 x 6. 😯 O Sport conseguiu isso em 2 participações, contra 3 do Bahia. Por outro lado, o Tricolor de Aço chegou às quartas-de-final em 1989, enquanto o Rubro-negro parou nas oitavas-de-final neste ano.
No início do ano, o Sport ocupava o 135° lugar, mas deverá avançar bastante com a atualização, pois o Bahia ocupava o 84° lugar. Números de uma campanha digna.
Curtindo uma senhora ressaca emocional nesta quarta-feira, os rubro-negros também se perguntam sobre o futuro do time no Brasileirão, que teve apenas uma partida.
É possível sonhar com uma nova vaga para o Sport na Taça Libertadores?
Seria ótimo sonhar acordado com isso.
Mas isso depende de uma série de fatores. Todos presentes noite de terça, na Ilha.
Um Sport que sufoca o adversário em casa. Que acua o adversário. Um time consistente, dono da partida.
Uma torcida que não deixa o visitante jogar, integrada nos gritos de guerra.
Tanto que o Sport venceu o Palmeiras por 1 x 0, apesar da desclassificação. O time sai da Libertadores com a seguinte campanha: 8 jogos, 5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas; 11 GP e 8 GC. Um aproveitamento de 66,6%.
Será difícil, ainda mais após um baque grande. Porém, caso mantenha essa regularidade vista na Libertadores, o Leão tem chance de fazer um bom papel na Série A.
Desde o início dos pontos corridos, contabilizando as 8 primeiras rodadas, o time pernambucano teria ficado nas seguintes colocações (dados da CBF): 3° (2003), 2° (2004), 3° (2005), 6° (2006), 2° (2007) e 5° (2008).
E, como curiosidade, ainda vale dizer que o São Paulo foi campeão brasileiro na última temporada com um índice de 65,8%… 😯
Sim, mas o Leão não caiu nos pênaltis? Exato. Mas essa disputa não existe no atual modelo da Série A. Portanto… À luta, Sport!
A história do Sport na Taça Libertadores da América de 2009 começou na noite de 18 de fevereiro, em Santiago. Começou com uma vitória fantástica sobre o Colo Colo, a primeira de um time brasileiro no estádio David Arellano. E diante de 1.800 rubro-negros, que foram até a capital chilena para assistir ao Leão na Liberta após 21 anos.
Essa história na competição acabou. Na noite de 12 de maio, no Recife, 83 dias após a estreia com a já saudosa camisa dourada. Também com uma vitória, diante do Palmeiras, numa das vitórias mais tristes da história do leão. Cuja história chega ao 104º ano na manhã seguinte. No aniversário do Sport, um dia inteiro para que os torcedores relembrem os grandes momentos vividos na maior competição das Américas.
Após a estreia, como esquecer o primeiro jogo na Ilha do Retiro? Diante da LDU, simplesmente a atual campeã da Libertadores. Vitória por 2 x 0, com vaga pra mais. Em seguida, o primeiro susto. Palmeiras 2 x 0. Em plena Ilha. Com direito ao golaço de Diego Souza. O time pode não ter vencido em São Paulo, mas conseguiu segurar o 1 x 1 na raça, com um a menos. Com mais de 1.000 leoninos no Palestra – fato que se repetiria no segundo confronto em Sampa.
Depois, uma virada sobre o Colo Colo no Recife. Não teve “Lucas Barrios”, não. Quem mandou foi Moacir! E com a torcida cantando “Vamos, vamos meu Leão…” Na última rodada, novo triunfo sobre a LDU. Em Quito, perto do céu. Que, aliás, era mesmo o sentimento da torcida. Que também esteve presente lá. Com 22 abnegados.
Vieram mais dois jogos contra o Palmeiras, agora pelas oitavas de final.
1 x 0 lá. Com emoção e gol no finzinho.
1 x 0 cá. Com ainda mais emoção, gols incrivelmente perdidos e um gol no fim.
E disputa por pênaltis. Com um paredão de um lado, é verdade. Magrão mostrou a sua força e ainda defendeu uma cobrança. Mas do outro havia um monstro. Um camisa 12 nota 10. Marcos, o “São Marcos” dos palmeirenses, defendeu 3 pênaltis depois de já ter realizado milagres no tempo normal. E impediu a caminhada do Sport, com mais dias na Libertadores e novos capítulos. Mas não impediu as lágrimas dos rubro-negros, que viveram intensamente essa participação mais do que honrosa.
Essa história, infelizmente, acabou na noite desta terça. Tornou-se mais um episódio escrito nos 104 anos bem vividos de um clube com uma torcida pra lá de capaz. E o livro continua aberto…
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