73 minutos de ventania

A segunda-feira é considerada como um dia morto para o futebol.

O dia é, tradicionalmente, o único sem jogos oficiais na semana.

Domingo é o dia mais nobre, da elite nacional. A Série B comanda nas terças e sextas. Quartas e quintas são da Série A. E tanto A quanto B dividem o sábado.

Diario de Pernambuco: 10/08/2010. Capa do caderno de esportesMenos a segunda… Dia para pautas mais  “frias”, num jargão para reportagens que podem ser utilizadas em dias não específicos, sem perder o teor da notícia.

Ocasionalmente, acontece um furacão.

Este 9 de agosto assolou as redações pernambucanas. Papéis voaram.

Após fulminar uma ilha, é claro.

Enquanto eu terminava a minha matéria sobre a Arena da Copa, o repórter Alexandre Barbosa, setorista do Náutico, ia se virando no computador do lado, ligando e recebendo telefonemas do Sport.

O setorista do Rubro-negro, André Albuquerque já havia ido para casa.

Era o começo da ventania na Ilha do Retiro.

Primeira rajada de vento: 21h23.

Marcelinho Paraíba, experiente atacante de 35 anos. Contratado a peso de ouro, com salário de R$ 110 mil, dos quais R$ 60 mil devem sair do bolso do Leão.

Para mim, o dia já tinha a sua grande notícia. Fui para o cinema, pegar a velha última sessão: Meu malvado favorito. Às 21h20, no Shopping Recife. Um 3D de ótima qualidade.

Começa o filme, pra lá de divertido. O celular toca uma vez. Era Fred Figueiroa, amigo e editor da primeira página do Diario. Podia ser qualquer resenha. Deixei pra lá.

Não atendi, mas mandei uma mensagem simples: “cine”.

Poucos minutos depois, tocou novamente. Fred de novo. Preocupante… Saí rapidamente para retornar a ligação.

A voz apressada disse logo:  “Cerezo caiu”.

“Como é que é…? Por que…?!”

Porque Geninho está chegando. Já quer comandar o time contra o Figueirense.”

Cerezo havia caído às 22h05, pelo Twitter, e Geninho havia sido confirmado às 22h36, por telefone. Voltei para o filme. Continuei rindo bastante (assistam). Mas já curioso.

Saindo de lá, na volta para casa liguei para a Redação do jornal. Lá estava Fred, cuidando da capa do jornal. E também André Albuquerque, aquele mesmo que havia ido embora à tarde… O vento o levou de volta, voando, para o Diario.

Já passava de meia-noite quando comecei a me atualizar dos fatos. Após uma leitura no site Superesportes (veja AQUI), a compreensão do furacão de 73 minutos.

Furacão que mudou o Sport, que deixou o time com um atacante de qualidade para atuar ao lado de Ciro e com um técnico renomado e de grande aceitação da torcida.

A ventania só não trouxe os pontos para a tabela da Série B. Ainda.

4 Replies to “73 minutos de ventania”

  1. Patética a capa do Diario de Pernambuco. Enquanto começa uma nova era no futebol brasileiro, o jogo da seleção não ganha destaque, enquanto o sport tem espaço demais. jornalismo parcial feito por torcedores. pena.

  2. Acho que Cerezo vai tarde. Ou seja ele não merecia nem ter vindo(coitado). A diretoria, realizou a mesma aposta que fez no ano passado, quando trouxe Chamusca. Ainda bem que eles reconheceram o erro que cometeram e se desfizeram de cerezo. Aqui vai uma mensagem pra Cerezo: ” Cerezo vai com Deus, e que ele te arrume um time pra treinar e que vc seja muito feliz. Mais pelo amor de Deus, nunca mais aceite treinar o Sport.” Isso é uma apelo que deixo pra o EXXXX entregador de camisa do leão.

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