Sociologia das paixões clubísticas

Diario de Pernambuco: 29/08/2010. Capa do Superesportes. Arte: Greg/Diario de Pernambuco“Em Pernambuco, o Santa tem a maior torcida que vai ao campo. Pode ser por conta desse sentimento de esperança. O torcedor vai ao estádio sonhando com a vitória, mesmo sabendo que o clube vai mal ele acredita no sucesso. Se o Náutico passasse por essa situação, talvez deixasse de existir. É uma torcida mais elitizada. A torcida do Sport é mais de momento. Talvez até possa superar a do Santa em número, mas ela é de momento. É como se fosse de moda… Como foi na Libertadores, onde era chique estar na Ilha.”

Por Denílson Marques, doutor em sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.

É um texto bem polêmico envolvendo os três clubes. A declaração faz parte da ampla reportagem “Um Fenômeno chamado Santa Cruz”, na edição deste domingo do Diario.

Leia a matéria completa dos repórteres Celso Ishigami e Diego Trajano clicando  AQUI.

Sobre a arte: o Diario de Pernambuco vem abusando do grafismo no Superesportes há algum tempo. Desta vez, a arte na capa do caderno foi assinada por Greg.

O sonho está acabando

Sonho

O fim do primeiro tempo no ABC Paulista era quase um sonho.

Digno do tal “carro-chefe” do Brasileiro da Série B de 2010.

Vitória parcial do Sport por 2 x 0 sobre o Santo André em uma rodada que também ajudava, com o empate entre Portuguesa e Bahia, no Canindé.

Jogando na Grande São Paulo, o Leão havia marcado com Igor e Ciro, em um confronto equilibrado até então, mas com a sorte de duas finalizações certas.

Até aquele momento, a diferença do pentacampeão pernambucano em relação ao G4 da Segundona caía para seis pontos.

Mas com uma zaga em uma fase tão ruim fica mesmo difícil acordar com uma realidade semelhante àquela do sonho. E a realidade, como sabemos, é um pouco mais cruel…

O suposto triunfo se transformou em uma ilusão numa tarde de sábado.

O Santo André pressionou bastante na etapa final. Ao todo, teve 17 escanteios, contra apenas 3 do time pernambucano.

Mesmo com o gol de cabeça, o capitão Igor seguia jogando o mesmo futebol abaixo da crítica das últimas rodadas. Hoje, culminou com uma expulsão.

Tudo bem que a sua falta saiu após um contra-ataque dado por Ciro, fominha lá na frente. Erros em sequência. Algo que não resulta em algo diferente de um tropeço.

Bola na área o tempo todo… Magrão espalmando no canto direito, no canto esquerdo, no alto… Só não dá para salvar sempre. E ele não conseguiu. O Ramalhão chegou ao empate aos 41 minutos, já com a neblina tomando conta do estádio.

Ali, 2 x 2. No Canindé, o Bahia atropelou e fez 4 x 2 na Lusa.

Consequência? O Sport acaba a 17ª rodada da Série B a 9 pontos do G4.

O time não perde há seis jogos. São 2 vitórias e 4 empates. Somou 10 pontos. Caminhada muito tímida, com o freio de mão puxado.

Hoje, o Sport está muito longe da volta à elite. O sonho está acabando.

Do Parkour ao Partoba

O Parkour é um esporte meio arriscado… Conhecida como a “arte do deslocamento”, a modalidade foi criada pelo francês David Belle. Descrição na página do esporte:

Parkour (por vezes abreviado como PK) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas.

Ok. Agora veja abaixo o lado B da história… O “Partoba”.