A (última) carta na manga

Carta do Clube dos 13 fazendo convite ao presidente do Santa Cruz, FBC, a evento com o presidente Lula, em agosto de 2010. Imagem: Santa Cruz/divulgação

Conversas nos bastidores articulam o aumento de membros no Clube dos 13 de 20 para 40 times. A entidade deverá ser ampliada em setembro de 2011.

Investigado por formação de cartel (veja AQUI), o Clube dos 13 sempre conviveu com os protestos de elitização do futebol brasileiro.

Desde a sua fundação, em julho de 1987, com as 13 primeiras agremiações.

Há pelo menos três temporadas o Náutico trata sobre o seu ingresso. O Timbu está de olho na garantia de uma cota maior no Campeonato Brasileiro. De fôlego.

Os atuais integrantes recebem valores mais generosos mesmo quando estão fora da Série A! No caso, a cota é reduzida para 50% no primeiro ano longe da elite e 25% a partir do segundo. Um lastro financeiro para uma suposta crise pós-rebaixamento.

Caciques já dão como certa a entrada do Alvirrubro. Até mesmo no Sport, único pernambucano no Clube dos 13, se admite isso.

Mas e o Santa Cruz? Sempre no lugar errado e na hora errada…

Primeiro, no momento da criação da Série D, justamente o ano em que o Tricolor deslizou na Terceirona. Agora, em um provável aumento do C-13, o Tricolor ainda segue no porão nacional. O que fazer? Esperar sentado realmente não ajudaria.

Os próprios torcedores, então, iniciaram uma campanha para fortalecer o pleito coral, para colocar o Santa no Clube dos 13. Seria a solução para a crise infinita.

É claro que pesa demais o fato de estar na 4ª divisão. Mas uma média de público acima de 30 mil torcedores (com bons índices nos anos anteriores) também conta a favor.

Futebol é um produto. Existem consumidores. E o Santa, sabemos, tem vários.

Já foi até criado um site: Santa Cruz no Clube dos 13. Confira AQUI.

A torcida está certa. A mobilização, com um abaixo-assinado, já é alguma coisa. Porém, a diretoria do clube precisa se manifestar, lutar por isso. Enxergar “a” oportunidade.

Até porque se realmente entrarem mais 20 times, a chance é essa. Sem blefe.

Ás de Copas na manga?

8 Replies to “A (última) carta na manga”

  1. O correto seria a adoção do modelo inglês, aumentar o número de clubes beneficiados em detrimento dos demais não exatamente justiça, mas torna a injustiça menor.

    O melhor pro futebol brasileiro era acabar com o clube dos 13 e adotar o modelo inglês de divisão dos recursos.

  2. Sou rubro negro, e já li em vários lugares que o Nautico não votou contra…. afinal foram 4 votos, inclusive vi a famigerada Globo. E concordo com tudo que o Valdner falou… Serie A, com cota de série A e proporcional a algum outro fator como títulos, o ranking da CBF. Idem na série B…Somente com um adendo, 40 clubes fixos, mataria a chance de qualquer outro clube entrar e se manter na série B.  Acho que poderia vagas temporárias, pra quem subir da C, B, pra. Como no caso do Avai, por exemplo.

  3. Para mim deveria (espero que se torne assim) ser uma liga que envolvessem os clubes das séries A e B (40 times) com benefícios que iriam variar de acordo com a divisão que o time está, se um time está na serie A, ele receberia valor X das cotas do campeonato de acordo com os critérios acertados entre os times que compõe a série no momento. Os times da série B receberia valor Y das cotas da serie B de acordo com os critérios acordado entre os membros participantes do campeonato no momento. Caiu para série B, vai ter que se reunir com os times da serie B, independentemente de quem seja e vai receber cota de série B, assim como o time que subiu para A que passa a se reunir com os times da elite e receber cotas da A, sem chororô e ponto final. Se algum time quiser mais dinheiro por ter sido da serie A, vá trabalhar para arrumar de outro jeito.

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  5. Mesmo que aumenta para 40 times, o C13 continuará sendo injusto. Nautico e Santa Cruz entrarão pela janela, ao contrario do Sport que fez por merecer dentro de campo lutando contra os “grandes” do Sudeste , fazendo bons campeonatos brasileiros por 10 anos (1987 – 1997) sem receber nada, e nas arquibancadas lotando a Ilha como o clube mais popular do Nordeste.
    Agora pergunto: É justo o Sport receber a mesma cota de portuguesa, guarani, goiás, etc quando temos reconhecidamente a maior torcida do Nordeste? Qunado somos a torcida que mais compra pacotes pay-per-view?
    Deveria se adotar o modelo inglês, onde a cota é distribuida  50% fixa e 50% variável.

  6. Erivan,

    Na verdade, o Náutico votou a favor do Sport no Conselho Arbitral do Campeonato Brasileiro de 1987 (assim como Guarani, Vasco e Fluminense).

    O Santa Cruz votou contra.

  7. Engraçado, em 1987 o Náutico votou contra o SPORT na questão do Conselho Arbitral……Eu acho que deveria ser igual a divisão do $$ para os integrantes de todas as divisões de acordo com os valores de cada e de acordo com os contratos de televisionamento. Agora, se vão aumentar para 40 os integrantes do clube dos 13, ou recebem quem tiver nas séries A e B ou utilizam o ranking da CBF.

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