Temporada de caça.
Há um bom tempo o Leão vem no rastro do Coelho.
Na teoria dos livros, o Rei da Silva levaria vantagem sempre.
Mas isso vale apenas na teoria, pois o coelho não é, exatamente, a presa predileta na cadeia alimentar leonina. Um capítulo vasto da dieta do panthera leo.
Nesta Série B, porém, é!
Tanto que vem sendo uma disputa e tanto. Uma caçada com sérias ameaças, “bafo quente” na espreita e botes em falso para um predador.
Mas o ritmo segue veloz.
Tanto para a aproximação dos improváveis rivais quanto para a distância.
Mas, após 34 atos, a situação continua a mesma, com o Coelho sempre a uma distância segura do Leão. Vivo.
A diferença chegou a ser de um mísero passo. A mordida era questão de tempo.
Mas aí o Leão acabou desviando a sua atenção para um pássaro…
Eis o Azulão.
O leão até rosnou e assustou a ave.
Mas a majestade do gigante animal acabou se transformando em soberba.
O tal Azulão bateu as asas duas vezes (2 x 1) e voou alto, deixando o leão manso, cansado, sem ação.
O Coelho, que não é besta e estava de olho, andou mais um pouco.
Ficou quatro passos à frente.
Ambos estão perto do fim da selva da Segundona, a quatro léguas de um novo horizonte, em um terreno menos castigado. Mas com feras ainda mais peçonhentos.
Com a rapidez deste coelho, será que esse leão ainda tem gás para fazer valer o título de rei? A coroa, quem diria, está pesando…