Confira um levantamento realizado pelo blog com todas as 217 atualizações mensais do complexo do ranking da Fifa, entre agosto de 1993 e agosto de 2011.
Sete países já conseguiram liderar a lista máxima do futebol.
A última lista foi divulgada nesta quarta, tendo a Holanda como novidade no 1º lugar.
Veja todas as lideranças do ranking em uma resolução maior clicando aqui.
Faleceu nesta quarta-feira o ex-zagueiro Marião, vítima de infarto, aos 59 anos.
O defensor fez história no Sport, onde foi campeão pernambucano em 1981 e 1982. Sempre foi conhecido pelo porte físico, longe do padrão atlético, como nota-se acima.
A imagem, do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco, foi registrada na final do Estadual de 1981, quando o Leão bateu o Náutico por 2 x 0, na Ilha do Retiro, diante de 37 mil pessoas, com direito ao “voo” de Marião, um jogador incansável, diga-se.
Marião foi ídolo no Sport compensando a estrutura física – semelhante à de Ronaldo Fenômeno em sua despedida – com muita raça. Abaixo, outro registro do zagueirão, no famoso jogo contra o Flamengo na Série A de 1982, na Ilha.
Marião, por sinal, pode ser o tema de uma reflexão em relação à preparação física das equipes de futebol, de alto nível, claro.
Será que hoje, três décadas depois, algum jogador seria titular em um time profissional numa final do Pernambucano com o condicionamento acima? Certamente, não.
Até porque essa preparação já divide o primeiro lugar com a qualificação técnica. Na base, porém, ainda não parece ser uma prioridade.
Enquanto no Brasil a esperança é sempre a da queda de um raio com um talento surgindo em qualquer lugar, em outros países (Espanha, por exemplo), a preparação física acompanha o aprendizado técnico e tático. São caminhos paralelos.
Mesmo sendo tecnicamente capaz, dificilmente Marião seria aproveitado em uma peneira agora. A cada ano, essas fotos impressionam ainda mais… Aquilo também era futebol.
Os presidentes da FPF, Carlos Alberto Oliveira, e da CBF, Ricardo Teixeira, passaram 14 anos afastados politicamente. Carlos Alberto chegou a lançar à sua candidatura à CBF.
O longo hiato é simbolizado pela ausência da Seleção Brasileira no Recife, justamente neste período, entre o amistoso com a Polônia em 19 de junho de 1995 e o duelo contra o Paraguai, em 10 de junho de 2009, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Vitória por 2 x 1 nos dois jogos. Alegria na arquibancada e rompimento fora dela. A punição mais clara ao futebol do estado foi mesmo a distância da Seleção Brasileira.
Aos poucos, o contato não só voltou, como vem ocorrendo de forma pública…
Em junho, Carlos Alberto Oliveira foi convidado pelo mandatário da CBF para chefiar a delegação brasileira durante o 61º Congresso da Fifa, marcado pela eleição presidencial.
Representando o Brasil, Carlos Alberto confirmou o voto em Joseph Blatter.
Agora, novo convite. Desta vez para presidir a delegação nacional no amistoso contra Gana, em 5 de setembro, em Londres.
Destaque para a frase final do ofício encaminhado à sede da FPF.
“Aproveito o ensejo para renovar a vossa senhoria meus protestos de elevada estima e distinta consideração.”
O que representa essa reaproximação de fato? Política, política, política…
Criado em agosto de 1993, o ranking de seleções elaborado pela Fifa sempre foi marcado por contestações, devido ao complicadíssimo sistema de pontuação com os 206 times.
Só para citar alguns: variação de pontos de acordo com o adversário, o tipo da partida (amistoso, torneio – continental ou mundial), o período do jogo (considerando os últimos oito anos, decrescendo, claro), relação pelo número de partidas com o nível dos confrontos, bônus, por resultados fora de casa etc.
Assim, em agosto de 2011, 18 anos depois, a Holanda torna-se o 7º país a alcançar a liderança. O time laranja chega ao topo do ranking da Fifa sem jamais ter chegado no topo de um Mundial. Os holandeses somam três vices (1974, 1978 e 2010).
Antes, considerando a primeira vez, chegaram lá Alemanha (08/1993), Brasil (09/1993), Itália (11/1993), França (05/2001), Argentina (03/2007, Espanha (07/2008).
A Fúria também chegou ao topo do reinado da bola sem a coroa, mas dois anos depois conseguiu erguer a sua Copa do Mundo, já com sangue azul.
Como curiosidade, confira a pior posição de cada um dos países que já lideraram.
Nota-se que o Brasil é o único Top Ten da história… Resta saber até quando.
Dois campeões mundiais jamais ficaram na liderança do ranking oficial. O máximo que a Inglaterra conseguiu foi repetir, agora, o 4º de dezembro de 1997. A posição mais baixa do English Team foi a 27ª posição em fevereiro de 1996.
Já o Uruguai deu um grande salto após a conquista da Copa América. A Celeste aparece na 5ª posição, sua melhor escalada na história da lista da Fifa. Por outro lado, entre os campeões, apresenta a pior queda com um vexatório 76º lugar em dezembro de 1998.
A Fifa tenta explicar o ranking, em inglês, com duas opções: básica e complexa.