Não houve imposição.
Não houve votação com resultado mais que conhecido previamente por todos.
Não houve soco na mesa.
O Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2012, nesta quinta, surpreendeu ao ser algo que deveria ser sempre, em qualquer canto do país: democrático.
A reunião envolvendo a cúpula da FPF e os clubes para decidir a fórmula dos dois próximos estaduais foi marcada por uma série de votações. Dez ao todo.
Em uma delas, a federação, mesmo insistente, como preza o jogo político, saiu derrotada. Mas como o campeonato não pertence a ninguém, a decisão foi mais que referendada. Ponto pra lá de positivo para a organização do futebol local.
O tópico foi justamente a implantação do Torneio da Morte, que, na visão do blog, seria um retrocesso, dando uma cara de “1980” ao campeonato.
Para quem não lembra, aquela década foi marcada por torneios enormes e confusos…
A novidade apresentada pela FPF seria uma fase extra para definir os dois times rebaixados, deixando de lado a praticidade vigente, com a queda dos dois piores após as 22 rodadas, no sistema todos contra todos.
Quer anticlímax maior para um clube que, após o insucesso na briga por um lugar na semifinal, ter que participar de uma nova fase, com seis jogos, só para não cair?
A proposta inicial foi tão rechaçada pelos clubes que a FPF ainda tentou melhorar a ideia, distribuindo pontos de bonificação para as equipes neste Torneio da Morte.
Seriam 3 para o 5º e o 6º lugares, 2 para o 7º e o 8º, 1 para o 9º e o 10º e nenhum para os dois últimos. Ainda assim, a injustiça estava consumada.
Como exemplo, a edição desta temporada. O Central lutou até o fim para entrar na semifinal, mas acabou de fora. Somou 36 pontos, 15 a mais que o lanterninha Vitória. Aí, em seis jogos, numa recuperação curta, essa vantagem seria reduzida para apenas 3?!
Além disso, essa etapa, composta por oito clubes, incharia de vez o Pernambucano, que alcançaria a marca de 162 jogos, a maior desde 1995.
Com tantos jogos assim – mas com o mesmo número de clássicos deste ano -, a chance de uma queda na média de público seria considerável.
E olhe que isso seria mexer em algo ascendente, pois a média de assistência nas arquibancadas vem subindo gradativamente desde 2007 – de 4.509 pessoas para 8.548.
No fim, o Conselho Arbitral aprovou o formato mais simples, de encontro ao que queria a FPF. O regulamento utilizado nos últimos dois anos agradou aos torcedores, com a implantação de uma final automática (não há mais como ser campeão direto, vencendo turnos) e a chance real de título para pelo menos um time do interior.
Ou seja, o que era bom, evoluiu, com a implantação da vantagem da melhor campanha na 1ª fase como critério de desempate nos mata-matas. Simples.
A emoção está garantida, junto à justiça dos resultados. Até 14 de janeiro de 2012!
infelizmente,o Pernambucano é necessario mas um imenso retrocesso!já em termos de campeonato estadual,CERTISSIMO!e houve um avanço.se bem q falar de avanço aqui em Pernambuco-Recife é tarefa das mais ingratas!
Para mim, o pernambucano em si já é um retrocesso…