Palanque fortemente armado em Rosa e Silva

Candidatos a presidente do Náutico para 2012/2013: Marcílio Sales, Paulo Henrique Guerra e Paulo Wanderley. Foto: Matheus Sukar/divulgação

Nada de consenso alvirrubro.

Por mais que algumas lideranças ainda tentem evitar o pleito, o cenário político no Náutico aponta realmente para a disputa tripla pelo poder no biênio 2012/2013, iniciando de cara com a maior receita que já se viu por lá, R$ 40 milhões.

A eleição, marcada para o dia 15 de dezembro, nos Aflitos, será a primeira da história timbu aberta aos sócios, com mais de três mil eleitores.

Os três candidatos já armaram o palanque e partiram para o debate. No primeiro deles, organizado pela rádio Transamérica, o blog representou o DP. Declarações à parte, o post traz observações sobre os presidenciáveis, suas propostas e uma nova enquete.

Náutico de Primeira
Paulo Wanderley, 43 anos, atual vice-presidente executivo (situação)

Consciente de que será atacado até a eleição, o dirigente adota uma postura avessa ao embate, mesmo ao ser questionado sobre a prestação de contas, entregue fora do prazo. Entre as suas propostas, equacionar a dívida do clube (R$ 35 milhões, segundo ele) é uma prioridade, o que poderá ser feito em quatro anos, ficando na elite. Paulo reconhece o insucesso na gestão do sócio-torcedor, mas diz ter uma agência de marketing engatilhada para desenvolver uma campanha com o objetivo de chegar a 15 mil sócios até o fim do mandato. Fomenta a sua candidatura com o apoio dos caciques alvirrubros, além do trânsito no mercado para a montagem do elenco de futebol.

Transparência Alvirrubra
Marcílio Sales, 51 anos, ex-diretor de futebol em 2006/2007 (oposição)

Fortalecendo a sua candidatura através das redes sociais, Marcílio foi para o choque direto contra Paulo Wanderley. Acusa o grupo atual de mau uso do dinheiro do clube nas últimas duas gestões (Maurício Cardoso e Berillo Júnior), apesar de ter feito parte da primeira. Pretende fortalecer o departamento jurídico, que, segundo ele, está à revelia em causas trabalhistas. Para o futebol, já deixou claro que irá montar um time de força física e disposição, com três jogadores sul-americanos, numa tentativa de repetir o sucesso do uruguaio Acosta, em 2007. Trata o fim do jejum no Estadual como algo vital para crescimento do clube, dando a entender um investimento de peso no certame.

Renovação
Paulo Henrique Guerra, 38 anos, ex-jogador profissional do clube (oposição)

Desconhecido, mas dono de uma oratória melhor que a dos outros dois postulantes à presidência, Paulo Henrique falou bastante sobre a importância da base, criticando a situação atual do setor. Sobre o futebol, diz manter contato com o volante Josué, pernambucano de 32 anos e que disputou o Mundial de 2010. Seria o primeiro grande reforço. Além dele, mira outras cinco contratações de impacto. Propenso a investir bastante no futebol, falta esclarecer mais as suas metas para a infraestrutura geral do clube, sobretudo o futuro do terreno dos Aflitos. Respondeu rapidamente a questão sobre o fato de querer usar a eleição para alavancar a carreira política em Itamaracá.

No fim, os três se comprometeram a desarmar o palanque, independentemente do resultado da eleição. Que assim seja. Será melhor para o Náutico…

Torcedor alvirrubo, em quem você votaria na eleição para presidente do Náutico para o biênio 2012/2013?

  • Marcílio Sales (Transparência Alvirrubra, oposição) (43%, 176 Votes)
  • Paulo Wanderley (Náutico de Primeira, situação) (41%, 169 Votes)
  • Paulo Henrique Guerra (Renovação, oposição) (16%, 65 Votes)

Total Voters: 409

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14 Replies to “Palanque fortemente armado em Rosa e Silva”

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  3. Sinceramente não vejo nenhum confiável, que tenha bagagem para assumir o momento do Náutico, a hora de pensar grande chegou, falta alguém que nos passe uma segurança de que transformará em realidade os anseios dos alvirrubros, para que possamos ter o orgulho de contribuir com a agremiação e assim tornar certa e líquida uma receita, criar novas situações que permitam novas fontes de receitas, para tornar a agremiação autossuficiente e não depender apenas das migalhas da TV. Portanto não precisamos de candidatos que só sabem criticar os outros, por não ter um projeto elaborado para aplicar no clube.

  4. É melhor que a oposição ganhe, sem que a chapa de Berillo seja impugnada, assim as eleições não pararão na justiça, o que atrapalharia e muito o planejamento de 2012, até porque nossa justiça é lenta demais.
    Além do mais a situação está propondo um investimento de R$ 850.000,00 para o PE e R$ 1.000.000,00 para a serie A, pelo meus cálculos isso daria em torno de R$ 11.400.000,00, ou seja, onde estaria os outros R$28.600.000,00, já que o previsto é R$ 40.000.000,00. Marcio Sales tem proposta mais ambiciosas com relação ao futebol, acho uma boa ideia trazer jogadores estrangeiros, especialmente sul-Americanos, e além disso eles tem demonstrado mais organização. Eu tô cansado desse negócio de hexa, isso é um pensamento atrasado! O que ganhamos nos últimos dez anos? (três PE). Precisamos pensar em algo maior. Deveriam fazer um time forte desde o começo do ano para disputarmos a Copa do Brasil e ganhar. Se eu fosse Marcilio convidava Alexandre H. de Melo para fazer parte do grupo, visto que ele tem um bom relacionamento com o técnico e jogadores.
    Um forte abraço.

  5. Sinceramente,acho que desses tres candidatos,NENHUM,tem nivel para ser PRESIDENTE do Náutico.Eles dariam bons vice-presidentes,mas não bons presidentes.Berilo mentiu na historia do suborno,agrediu uma pessoa da tv clube só porque alguém que estava la,teria comemorado um gol do sport,na final do pernambucano do ano passado,trouxe gustavo mendes,um nanico no conhecimento do futebol,atrasou o salario dos jogadores no ano passado e em uma parte desse ano,e quem Berilo Junior apoia?Paulo Wanderley que EU nem sei quem é.Na minha opinião o presidente do Náutico tinha que ser Toninho Monteiro,Gustavo Krause,Ricardo Malta,ou o grande abnegado Américo Pereira

  6. Transparência. Transparência.Transparência, sim.
    Berilo Mentirinha, jamais! Fanfarrões, amadores e apaixonados inconsequentes!

  7. Paulo Wanderley é um fanfarrão… mentiu o debate todinho, enrolou em várias perguntas com seu trololó, foi grosseiro quando pressionado a responder sobre Mauricio Cardoso em sua chapa e sobre ter participado da gestão que ele acusa de ser culpada dos erros passados.
    Só sabia cantar as pecinhas que ele usa pra trazer o voto dos iludidos pra ele, passou o debate todinho mandando beijnhos e abraços pra JCPM, Américo, Humberto Costa… é um fanfarrão mesmo.
     
    Honestidade e projeto para um Náutico sustentável e vencedor, passa longe de Sr. Paulo Wanderley.

  8. “A chapa da situação pode não ter sido desonesta (o que tem que ser provado judicialmente), mas não foi nem um pouco transparente em suas gestões, o que não nos dá a segurança de que ela foi realmente correta com o dinheiro do Timbu.

    Lembro muito bem que, em várias oportunidades, presenciamos negócios obscuros feitos por Maurício Cardoso e cia (de que Berillo participou), que não foram esclarecidos minimamente. Exemplos: a) negociação de Jhon com o Inter, sob a promessa de liberação de Derley para o Náutico, que teria direito a 35% de seus direitos federativos (resultado: até hoje, Derley é do Inter); b) venda de Reynaldo ao Anderlecht (Maurício Cardoso declarou ao blog de Roberto Vieira que o Náutico só tinha 20% de Reynaldo, mas a venda dos 80% nunca tinha sido noticiada); c) ida de Anderson Lessa ao Cruzeiro sob a promessa de que Bala seria do Náutico (no fim do ano, o contrato acabou e precisamos de muito esforço para renovar com Bala); d) aumento do passivo trabalhista do clube; entre outras questões que, se quiserem, podemos resgatar ao longo dos comentários a este tópico.

    Esses são, por si sós, motivos suficientes para acreditarmos na falta de transparência da situação, entendo eu.

    Mas ainda há outras questões que não favorecem a atual gestão.

    Cito as seguintes: a) falta de cuidado com os sócios (reassociei-me em janeiro de 2011 e recebi minha carteira mais ou menos em maio); b) falta de critério nas contratações (lembram-se de Eanes, Daniel Sobralense, Márcio Tinga, Jorge Felipe etc.?); c) a reprovação das contas da situação (Paulo Wanderley disse, por esses dias, que ‘desse jeito, minhas contas também serão reprovadas’ – comprometo-me a postar o link mais tarde); d) exposição negativa da imagem do clube com o caso Eduardo Ramos.

    Mas não é só.

    Também me preocupo muito com o argumento de que “a chapa da situação tem as costas quentes, pois tem o gás financeiro de JCPM e Américo Pereira”.

    Raciocinem comigo: sempre tivemos o “gás” desses grandes empresários. No entanto, não ganhamos um título há 7 anos, enquanto o Figueirense, sem Clube dos 13, pela segunda vez vai brigar por um acesso à Libertadores via Série A. Além disso, não beliscamos nada nacionalmente em nossa história, enquanto o próprio Ceará chegou a uma semifinal de Copa do Brasil neste ano.

    Ora, alvirrubros, será que esse gás financeiro é mesmo tão decisivo? Ou chegou a hora de o Náutico pensar outras formas de se autossustentar, sem ter de recorrer à boa vontade (será?) desses grandes empresários que ajudam (dizem) o Timbu?

    Em outras palavras: é com essa “ajuda” de empresários que a gente vai se tornar grande? Ou o caminho é pensar em ganhar dinheiro sozinhos, como um clube independente?

    Não tenho dúvidas de que a segunda alternativa é a correta. E isso torna o argumento das “costas quentes” bastante frágil.

    Dito isso, coloco a vocês, de forma bem breve, pois o texto já está longo, os motivos que me fazem opinar a favor da chapa de oposição:

    1) eles pregam transparência e se comprometeram a prestar contas mensalmente ao torcedor, o que dá uma segurança de que não haverá desonestidade (se forem desonestos, as contas denunciarão as falcatruas);

    2) há propostas concretas e muitas boas, como a de dividir o setor jurídico em 4 sub-setores: trabalhista, tributário, cível e empresarial, cada um sob a supervisão de um escritório. Isso significa que as ações que envolvem o Náutico poderão ser melhor conduzidas e o dinheiro do clube, que é pouco, será melhor utilizado;

    3) eles estão dispostos a ouvir o torcedor, que, em muitos casos, tem ótimas ideias. Só para citar um exemplo, no setor jurídico, a proposta é convidar os juristas alvirrubros a contribuírem de alguma forma com o andamento das ações do clube.

    4) eles são mais indicados a gerir o futebol do que a situação. Lembrem-se de que Marcílio foi quem trouxe Acosta, que era desconhecido de todos, o que torna essa contratação ainda mais louvável. Além disso, a situação mostrou que, nas contratações, não é nada competente, de modo que, se alguém duvida da competência da oposição, não pode negar que, por outro lado, a situação é inquestionavelmente incompetente nesse ponto.

    Certamente, pretendo colocar mais argumentos sobre o assunto ao longo do tópico, sobre ambas as chapas. No entanto, como disse, já escrevi muito neste aqui.

    Gostaria apenas de esclarecer que não tenho a mínima razão pessoal para apoiar a oposição. Na verdade, nem voto, pois estou adimplente há apenas 11 meses.

    E, se venho aqui opinar em favor deles, faço-o simplesmente porque me convenceram (o que foi bem difícil, já que sou muito fechado quanto à política), e não por influência que alguém pudesse ter exercido sobre mim.

    É porque quero ver uma gestão correta e eficiente que formei essa opinião. Mas respeito a opinião de todos e, ganhe quem ganhar, quero é torcer por um futuro mais vencedor no nosso Náutico.

    Saudações alvirrubras!”

  9. Pra mim o futuro do Náutico é o arrendamento do terreno do estádio, isso vai gerar receita para o clube, jogar na arena, padrão FIFA, coberta, 46 mil, estacionamento, camarotes, e com o contrato com a odebrecht(onde está previsto uma reforma no CT) são mais 500 mil/mês é um Estádio Novo e a estabilidade financeira do Clube, pensar em ficar nos aflitos, por causa de Eládio de Barros Carvalho é pensar de forma muito antiquada, o Náutico não têm mais sócios porque os aflitos não têm estrutura, nem camarotes têm para os sócios, a ida para arena foi a melhor coisa que teve na gestão de Berillo.

  10. Escutei o debate pelo rádio, os dois candidatos da oposição se preocuparam mais em atacar do quê em mostrar soluções, não gostei da gestão de Berillo Júnior, mas falar sobre dívidas trabalhistas pra mim é o de menos, claro que o ideal seria não ter, mas o clube sem dinheiro, como vai montar um bom time, pagar salários e pagar dívidas?, outra coisa que eu não acho legal é suspeitar que está tendo roubo, como já fizeram com Maurício Cardoso, Ricardo Vallois e agora com Berillo, a oposição no Náutico têm que amadurecer mais, nas redes sociais teve gente questionando as ajudas de Américo Pereira ao clube, isso pra mim é errado, Berillo na história do falso suborno foi criticado pelo mesmo motivo, isso sem falar que Dacal teve a chance de ser presidente e não quis, dizer que “convenceram” ele a não querer é complicado e Paulo Alves chamou a imprensa de alma sebosas, Marcílio parece ser bem mais preparado que Dacal e Paulo Alves, mas acho que Paulo Wanderley vai ganhar, E ESPERO QUE NÃO TENHA BRIGA JUDICIAL NO PÓS-ELEIÇÃO, ISSO VAI ATRAPALHAR A MONTAGEM DO TIME PARA TEMPORADA 2012.

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