Consulados, embaixadas e o desbravamento pelas BRs

Passaportes

Na Região Metropolitana do Recife, a presença de torcedores de Santa Cruz, Sport e Náutico é indiscutível, alcançando uma margem de 68,7% da população.

O principal entrave no crescimento das três torcidas no estado é a concorrência no interior, parcialmente (totalmente?) dominado por grandes clubes do Sudeste e do Sul.

Medida potencializada há décadas, primeiro com o rádio e depois via antena parabólica.

À medida em que a distância do Recife aumenta em direção ao interior, menor a influência de tricolores, rubro-negros e alvirrubros na paixão clubística.

Eis os percentuais das torcidas dos maiores times locais agregadas nas demais regiões do estado, segundo pesquisa do Instituto Opine, a última encomendada pela FPF: Zona da Mata (51,6%), Agreste (34,4%), Sertão (11,2%) e São Francisco (6,8%).

Portanto, a ideia de criar “consulados” em cidades importantes fora da capital aparece como uma ótima iniciativa para lutar nessa importante frente de batalha do futebol.

O Santa Cruz vai abrir o primeiro Consulado Coral na cidade de Chã Grande, oferecendo serviços aos associados. Desde o cadastro de novos sócios à compra de ingressos.

Há um ano, em Caruaru, funciona uma Embaixada da Ilha, do Sport, com o mesmo ideal. O Náutico também precisa capacitar torcedores fora do Grande Recife, urgente.

Caruaru, Garanhuns, Gravatá, Petrolina, Serra Talhada, entre outras. Polos distintos.

Somente com uma carga extra de esforço para o trio chegar a 80 mil sócios este ano.

Além da base sólida de torcedores para as próximas gerações…

26 Replies to “Consulados, embaixadas e o desbravamento pelas BRs”

  1. Seria uma boa pelo menos 3 clássicos em Caruarú,precisa-se mostrar mais os times da capital pro interior.
    SDS Timbús.

  2. Pq no interior pouco se torce para clubes da capital, simples pq para vc nós do interior não existimos, somos matutos ignorantes, pois raramente vc Cássio coloca times do interior em suas enquetes como se o Pernambucano só existisse tres equipes e não me venha que vc fala do interior a cada 25 posts em média

  3. Bem que poderiam levar alguns clássicos ainda neste ano, tipo ao menos para Caruaru, para chamar atenção dos moradores do interior, para os clubes da Capital.

  4. É… leonardo-pe, acompanho seus comentários e, descordo de alguns e concordo com outros(Normal para uma democracia). Sou sócio, consumo produtos oficiais do Sport e acompanho tudo sobre o clube mas, já faz algum tempo que não vou a estádio por estes mesmos motivos que descreveste(comentário 17: Falta de segurança, profissionalismo, algum deferencial para o torcedor, ambição por algo mais na 1° divisão, etc.) concordo contudo, porém o torcedor de forma geral deveria ser mais exigente nesses quesitos, mas quase ninguém dá a minima para estes detalhes.

  5. concordo com vc Eduardo, é preciso desfazer essa animosidade. A FPF deveria articular a união. A união não quer dizer baixa rivalidade, mas instinto de sobrevivência.
    Acho que em matéria de evolução dirigente torcedor, o sport está melhor posicionado. A federação não tem ajudado, visto as últimas medidas. Ninguém foi punido na falsa acusação de suborno, mas puniram a Jovem por depreciar patrimônio (achei corretíssimo). O caso de suborno foi, esportivamente, mais grave. Berillo Jr já agrediu reporter dentro dos aflitos e nada aconteceu.
    É difícil costurar um alinhamento com pessoas assim, mas com certeza precisa ser feito.

  6. O NÁUTICO TEM CONFRARIAS EM JOÃO PESSOA E BRASÍLIA HÁ MUITO TEMPO. ANDAS MAL INFORMADO…

  7. ESSE HENRIQUE HAZIN DA SUZY SÓ PODE SER HIPÓCRITA OU IMBECIL: QUERER QUE O NÁUTICO SEJA AMIGO DO SPORT SUZY DO RECIFE… VEJA SÓ COMO VOCÊS “MORENINHAS” NOS TRATAM. SAI PRA LÁ, MENINAS !

  8. um pouco de tudo isso q foi dito.modinha,falta de profissionalismo,visão curta de mercado etc.1 milhão de torcedores na Região Metropolitana de Recife q não gostam de futebol?é gente pra ninguem botar defeito!mas,não dizem q o Brasil e”o país do futebol”?com”torcedores”feito os 3 da capital q atualmente,vivem Brigando,quebrando onibus,lojas,assaltando,ferindo e deformando pessoas.estádios ULTRA-Ultrapassados(q os torcedores e imprensa vivem se vangloriando dos mesmos).clubes q Brigam apenas para não cairem em Brasileiros da 1a divisão e q jogam bola na segunda divisão.e se”MATANDO”no estadual,este q vos fala,não se sente atraido para ir a campo.e tem muita gente q está deixando de ir para campo tambem.pelos fatos q citei!

  9. Guardadas as proporções, o que o Eduardo do comentário (10) falou sobre o Botafogo, vale para o Náutico.

  10. Infelizmente este numero tende a aumentar já que os departamentos de marketing dos clubes são fracos. Normalmente os clubes contratam uma consultoria pra fazer as campanhas, gastam inclusive um bom dinheiro, só que esquece de atender o torcedor.
    Ve que coisa estranha, ma inscrevi no programa guerrreiros da Ilha, no começo tudo era feito pela internet, inclusive o pagamento. na proposta havia uma rede de Amigos do Leão, onde o torcedor teria descontos.na pagina oficial dos guerreiros sem dizia que breve seria postada uma lista.
    Se vc ligar pro dep. de marketing da Ilha vai ser dificil falar com alguém, pelo menos no telefone que colocaram no site.tempos depois tive que ir na sede para eles me habilitar a fazer o pagamento das mensalidades.complicado….o programa foi trocado……
    outra coisa, não entendo por que ninguém tem acesso ao Sport, dia normal, pela rampa, sabe explicar?

  11. Fernando Alvirrubro ,
     
    Não há como lutar contra a tendencia do torcedor a distancia. Isso é um fato global e irreversivel. Veio com a televisão e com a sinal de cabo e os pacotes de pay-per-view. Não se pode condenar um sujeito nascido em Rondonia !!!! Por qual motivo ele terá que ser torcedor de um time local ? Existem meios hoje de se saber se os dados de pesquisa de torcida são ou não corretos. Por exemplo , venda de camisas oficiais ao longo de uns cinco anos , para eliminar efeitos ciclicos de uma temporada.
     

  12. Cassio ,
     
    Pelos seus novos calculos , são cerca de 2.5 milhões de moradores da Grande Recife que torcem para os três times da cidade. Ainda sim é um percentual semelhante a da RM de Belo Horizonte , onde existe uma clara influencia de times de São Paulo e do Rio. Sendo assim , existem cerca de 1.2 milhões de moradores da região que são potenciais torcedores-consumidores. Se adotarmos a taxa das RM de Porto Alegre e do Rio , onde há a maior taxa de fidelização , cerca de 90% , tiramos então cerca de 350-400 mil moradores da RM , restando ainda cerca de 800 mil moradores passiveis de fidelização.
     

  13. Pra mim esse pessoal do interior que torce por Flamengo, Corinthians, São Paulo, etc… são um bando de “modinhas” esses caras nem devem gostar tanto de futebol, vão só pela onda do momento, isso é comum no mundo inteiro: em manchester dizem que o City têm mais torcida que o United, na cidade de manchester, mas como o United ganha tudo, têm torcedor espalhado no Reino Unido Todo, sendo assimo a maior torcida do UK, aí na terra do Oasis(manchester) a turma chama esses torcedores forasteiros do United de Glory Hunters, em Turim acontece o mesmo, segundo Mauro Betting, o Torino têm mais torcida que a Juve, que têm os modinhas no resto da bota, torcedor de verdade são poucos, sócios, conhecem a história do clube, possuem SÓ produtos oficiais do clube e estão nas boas e nas más situações.

  14. Cassio ,
     
    Aproveitando esse post e fazendo um mix com um outro post , onde você abriu uma discussão sobre os chamados 12 grandes , passo a você a atual situação da torcida do Botafogo , por faixa etária.
    UNIVERSO TOTAL NO BRASIL – 3.1 milhões de torcedores ( ultima pesquisa IBOPE 2009 )
    UNIVERSO TOTAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 1.5 milhões de torcedores ( equivalente a 8.8% do estado )
    POR FAIXA ETÁRIA EM TODO O BRASIL
    12-19 anos – 10%
    20-24 anos – 9%
    25-34 anos – 9%
    35-44 anos – 23%
    45-54 anos – 32%
    55 em diante – 18%
     
    A conclusão é obvia. Em clara decadencia desde o começo dos anos 70 , a torcida do Botafogo sofre um processo de envelhecimento quase irreversivel. Metade dos 3 milhões de torcedores que tem está acima dos 45 anos , enquanto que nas duas primeiras faixas , que vão até os 24 anos , tem apenas 19% , representando apenas 38% do total da faixa mais velha.
     

  15. Eduardo,

    Eu havia postado 73%, mas estava errado. A conta correta (Sport + Santa + Náutico_ na RMR é de 68,7%. Porém, repito, isso considera a parte da população sem time algum!

  16. Cassio ,
     
    Pelo que entendi , são 68% e não 73% dos moradores da Grande Recife que torcem pelos 3 times da Capital , certo ? Se for , é primordial saber o percentual que não torcem para nenhum dos times e acompanhar a evolução por faixa etária.
     

  17. Henrique Hazin ,
     
    Mas o ódio tem que morrer dentro das quatro linhas. Veja o exemplo das direções de Corinthians e Palmeiras , que criaram uma marca “Corinthians x Palmeiras” , que é responsavel pelas ações de marketing durante a semana que antecede o clássico , negociando inclusive patrocinios de ocasião para a partida.
    Uma coisa é o sentimento da torcida , dos jogadores. Mas os dirigentes tem a obrigação de fazer prevalecer a razão.

  18. Simmons,

    Que eu me lembre, foi Santa Cruz x Sport, em 1986, no Laderdão, lotado. O Santa conquistou o turno.

  19. Quando foi a última vez que houve um clássico recifense no interior? 1982, 1983? Faz tanto tempo que nem dá pra lembrar… é importante essa ação conjunta, que seria fortalecida com clássicos em Caruaru, no Cornélio de Barros, em Salgueiro (por que não jogos de inauguração do novo estádio com um ou dois clássicos lá?) e em Petrolina (que parece ter um projeto de um estádio nos moldes do de Salgueiro). O problema é o que o Henrique Hazin ressaltou: profissionalismo zero dos dirigentes. Essa animosidade feia e violenta é perniciosa, coisa de um monte de caranguejo dentro de um caçuá, onde ninguém efetivamente consegue subir porque nenhum deixa o outro vir à tona…

  20. Eu particularmente acho impossível uma ação conjunta. O Náutico tem uma raiva exacerbada demais pelo sport. Beira o ridículo, basta ver os episódios do suposto suborno, as declarações do presidente do náutico na época que ambos caíram onde o mesmo veio à ráadio dizer que a “merda” caiu primeiro, etc. Nossos coirmãos (náutico e santa) têm um histórico recente de muita hostilidade com o sport, coisa que não vem sendo recíproco nas últimas tres administrações rubro negras.

  21. Cássio, o que seria mais importante para desbravar o interior seria a realização de clássicos. Assim como no futebol paulista e gaúcho. Esbarraríamos na estrutura dos campos do interior, mas ganharíamos a longo prazo. É simples, basta ter corajem.

  22. Eduardo,

    Mas você esqueceu de um detalhe importante. Nos 32% da RMR que não torce pelo trio está o percentual que não torce para nenhum time!

    Se for considerar apenas a massa que torce por algum clube, o dado do trio na capital é acima de 68%…

  23. Cassio ,
     
    Pelos dados que você mostrou , existem cerca de 1 milhão de pessoas na RM de Recife que não torcem para nenhum dos 3 grandes. Se tomarmos como exemplo o que ocorre na RM do Rio e na RM de Porto Alegre , os dois lugares onde há uma maior fidelização dos torcedores com os times locais , esse percentual chega a 90%. Como existem cerca de 3.7 milhões de habitantes na Grande Recife podemos dizer que há um exercito de uns 600 mil moradores alvos dos 3 grandes. Esse é o primeiro passo.
    Para mim , o melhor caminho seria criar um G3 , inspirado nos exemplos de São Paulo e do Rio , onde os grandes se uniram para ações de marketing. O objetivo seria traçar a melhor estratégia para se alcançar o patamar de fidelização existente no Rio e em Porto Alegre e ter um raio X preciso da situação das diversas sub regiões do interior do estado. Talvez uma das alternativas seja levar mais os times para o interior. Eu defendo uma teoria de que , para se equilibrar um pouco mais os fraquissimos estaduais que cortam o país até o começo de maio , o ideal seria fazer com que os grandes de cada estado jogassem o máximo de partidas possiveis no interior do estado.

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