Uma contratação de peso, com apresentação oficial concorrida no clube.
Bastante dinheiro na assinatura do contrato, regalias no dia a dia, um salário top no elenco e outras benesses, como um automóvel de luxo até o fim do acordo no BID.
No primeiro jogo, um passe de efeito, muitos gestos, uma ou outra finalização e poucos minutos em campo. É preciso um melhor condicionamento físico.
Nas primeiras rodadas, quase sempre uma bela atuação. Em alguns casos, até mesmo em um clássico. Manchetes nos jornais no dia seguinte e entrevistas na TV, ao vivo.
Vem uma sequência de jogos mais pesada e as apresentações do tal reforço não mantêm o nível daqueles primeiros toques na bola. É a hora da primeira dose de pressão.
O discurso, onipresente, é de que “é preciso conviver com a pressão em um grande clube”. Desde que não seja duradoura, claro.
Existem aqueles conseguem dar a volta por cima, justificando os chutes a peso de ouro. Mas também estão por aí, e como, aqueles que aceitam a má fase com passividade.
As voltinhas no campo, e olhe lá, são o máximo de esforço físico. Nos jogos, a marcação adversária se torna algo quase impossível de vencer. Para este jogador, que fique claro.
Nos grandes duelos, vai de protagonista a coadjuvante em 90 minutos. A lacuna técnica se torna visível. O lugar entre os 11 acaba sendo alvo de contestação.
O contrato, aquele mesmo com cifras generosas, transforma-se em um empecilho para o clube em questão, já tentando repassar o atleta para outra agremiação . Conversas sobre rescisão, acerto das bases financeiras e, enfim, o distrato. Amigável ou não.
Trata-se de um roteiro batido, sobretudo no futebol pernambucano…
Mas ainda há um capítulo especial. Todo esse desempenho quase nunca é levado em consideração pelos rivais. Portanto, não se surpreenda se o mesmo ator for o astro de uma nova contratação de peso algum tempo depois, pelo co-irmão…