Aumentou a receita de forma considerável em dois anos de gestão.
Firmando um contrato milionário com a televisão e angariando novos patrocinadores.
Também aumentou o quadro de sócios, reforçando a categoria sócio-torcedor. Por sinal, modernizou o sistema de cadastro e pagamento.
Estendeu a gama de produtos licenciados, da imagem do time em jogos de videogame à lata de cerveja. Abriu uma filial da loja oficial do clube.
Deu sinal positivo para elogiados projetos sociais, dando crédito à imagem do clube.
Enfim, investiu pesado na infraestrutura do centro de treinamento, com novos campos e alojamentos. Trocou todo o gramado do estádio, depois de décadas de espera.
Desenvolveu o projeto de uma nova arena e articulou a participação de investidores.
Renegociou dívidas antigas e gigantescas e equacionou o passivo da agremiação. Trabalhou nos bastidores pela isenção do IPTU do clube.
Não atrasou salários. Nem do setor administrativo e nem do futebol. Trabalhou com uma folha de pagamento acima da média.
Chegou a pagar o maior salário de um jogador na cidade. Atletas renomados.
Essa descrição deixa transparecer uma boa gestão?
Pois tudo isso aconteceu no Sport sob o comando de Gustavo Dubeux, em 2011/2012.
Um empresário de sucesso no estado no ramo imobiliário. Um gestor acostumado às grandes cifras, metas de trabalho, execução e perfeccionismo.
Mas que viu no futebol um entrave para todo esse empreendedorismo.
Em seus primeiros dias como mandatário na Ilha do Retiro, Dubeux afirmou o seguinte.
“Não estou no Sport para colocar o meu dinheiro. Estou aqui para emprestar o meu tempo, que é muito mais valioso.”
De fato, ele estava certo.
Não havia necessidade de tirar dinheiro do bolso, repetindo um costume dos cartolas nos grandes clubes até a década de 1970.
Havia, sim, a necessidade de obter resultados práticos com a bola rolando.
Ao gerir um clube do porte do Leão, deve-se ter em conta a missão de controlar uma massa. Que apoia e que cobra na mesma intensidade.
O revés no jogo faz parte, naturalmente.
A sucessão disso, por outro lado, atrapalha qualquer avanço externo.
Ao entrar nas dependências do clube, Gustavo Dubeux era visto como um homem bem sucedido. Não por acaso, teve 98% de aprovação nas urnas.
Por mais que tenha emprestado o seu tempo e tenha dado o aval para uma série de atos importantes para a estrutura, a sua imagem diante de milhares ficou comprometida.
A perda de dois títulos estaduais emblemáticos, eliminações precoces na Copa do Brasil e o rebaixamento. Tudo pontuado por um planejamento discutível nas quatro linhas.
Sempre com o mesmo perfil no plantel e, sobretudo, na diretoria de futebol.
Sim, existem coisas que o dinheiro não compra. Como a opinião de uma imensa torcida.
SOU SPORT MAS NAO GOSTEIII ARENA 🙁