Um daqueles famosos casos omissos vistos nas entrelinhas dos regulamentos.
No planejamento traçado entre a diretoria do Náutico e o técnico Alexandre Gallo para este ano é improvável que alguém tenha questionado algo como…
“E se Gallo for convidado para a Seleção Brasileira Sub 20?”
Não por acaso a saída do técnico que fez um bom trabalho na Série A da temporada passada pegou todo mundo de surpresa.
Hora de buscar um novo técnico. A princípio, de perfil semelhante.
Na prática, não foi assim. Surgiram na mesa nomes mais experientes, outros com bons trabalhos recentes, aqueles com o perfil feijão com o arroz e a tradicional mesmice.
Aos poucos, com vários telefonemas, articulação de empresários e avaliações, eis o técnico que encabeçou a lista.
Vágner Mancini, amigo de infância de Gallo, diga-se.
Negociação rápida, com o paulista desembarcando no Recife um dia depois.
Aí, cabe um novo questionamento, sobre o acordo, feito por torcedores, imprensa e até membros do próprio Timbu.
Qual é o lastro de rendimento para acertar com Mancini?
Como treinador, Mancini, hoje com 46 anos, surgiu em 2004, com o Paulista de Jundiaí. Vice estadual naquela ano e campeão da Copa do Brasil na temporada seguinte.
O bom trabalho não continuou. Primeiramente, irregular. Depois, uma sequência ainda vigente de resultados adversos.
Assim como ocorreu no ano passado, ao chegar na Ilha do Retiro, Mancini surge nos Aflitos tentando reestruturar a sua carreira após passagens pífias no Grêmio, Vasco, Santos, Guarani, Cruzeiro e Ceará.
Hoje, Mancini precisa mais do Náutico do que o Náutico de Mancini. O seu cartaz, contudo, é sempre o mesmo. O investimento caríssimo, também…