A emoção no clássico internacional foi até o limite deste 28 de agosto de 2013…
Até a agônica disputa de pênaltis, a primeira na história da Arena Pernambuco, com 8.320 torcedores presentes num dia de caos, com apagão e tudo mais.
Mas ainda havia tempo para um personagem iluminado nesta noite.
Em uma quarta-feira pioneira para o futebol pernambucano, com o primeiro clube do estado classificado às oitavas de final da Copa Sul-americana, o Sport.
Foi uma disputa de parar o estado, sobretudo diante da televisão, ligadíssima, após a vitória timbu por 2 x 0 no tempo normal.
Com uma cabeçada de Elicarlos, nos descontos do primeiro tempo, e um golaço do uruguaio Oliveira, no início da etapa final, o Alvirrubro reverteu o quadro da Ilha, sendo bem superior ao Leão, ocupando os espaços e atacando no embalo de Morales, ao contrário do visitante, tentando controlar a partida.
Só a partir daí o dono da noite só seria conhecido. Um velho conhecido.
Olivera abriu a série de cobranças. Chutou no canto esquerdo do goleiro Magrão. Com os dois braços bem esticados, firmes, o ídolo leonino espalmou, abrindo o caminho para a histórica vaga.
Felipe Azevedo, ao contrário de sua finalização nos minutos finais do jogo, quando estava livre, desta vez bateu forte, sem chances para Berna.
Mais um alvirrubro na cal. Tiago Real, outro protagonista da vitória no tempo normal. Escolheu o mesmo canto do uruguaio. Magrão também. Triscou na bola, que bateu no travessão, quicou em cima da linha e não entrou. Naquele momento, o camisa 1 da Ilha já deixava o Sport com uma vantagem enorme.
Marcelo Cordeiro, que entrara para cobrir o rombo deixado pelo expulso Peri, só confirmou a vantagem de dois gols nos tiros livres diretos. No anel superior a gritaria já era grande no cantinho esquerdo.
Veio Belusso, que enfim marcou para Timbu, num alento. Magrão saltou novamente para o seu lado esquerdo, inverso ao chute do atacante.
Patric, enchendo o pé, deixou o Rubro-negro com o aproveitamento perfeito nas cobranças. A partir dali, qualquer erro alvirrubro ou conversão leonina liquidaria a fatura para o Sport.
Aconteceu logo na primeira oportunidade, de forma arrebatadora.
Rogério mandou à meia altura, no lado direito de Magrão. Lá estava o atleta com mais de 400 partidas pelo Sport, pronto para mais uma defesa, novamente escrevendo seu nome na história do clube.
Magrão, ou “Magrón”, definiu o triunfo nos pênaltis, por 3 x 1 , num daqueles jogos que estarão sempre presentes na antologia do Clássico dos Clássicos em qualquer listinha de torcedor. Com um nome especial na lembrança.