Todos com a Nota gera R$ 13 milhões no futebol local. Falta a contrapartida justa

Balanço do Todos com a Nota no futebol pernambucano em 2013. Crédito: FPF

A FPF apresentou dados sobre o uso da receita do Todos com a Nota em 2013.

O subsídio do governo do estado – presente neste cenário desde 1998 – foi utilizado pelos clubes locais em oito competições oficiais, incluindo as quatro séries do Brasileiro e as duas divisões do Pernambucano. Como curiosidade, o Estadual de juniores, com um investimento de R$ 309 mil.

Ao todo, o estado injetou um montante de R$ 13 milhões em troca de notas fiscais. A maior parte foi para Náutico, Santa e Sport, que na capital contam com 367 mil torcedores portadores de cartões magnéticos do TCN.

A parceria é importante, sem dúvida alguma, sobretudo para público de renda mais baixa. Porém, a recorrente má utilização, com estádios vazios no interior, paralelamente aos borderôs com públicos irreais, vem sendo alvo de queixas.

O TCN existe para que o torcedor frequente os jogos, não para dar sobrevida aos clubes. Na opinião do blog, então, é preciso estimular a ida do público.

Nota-se que há bastante dinheiro envolvido. Dinheiro público, diga-se. Por isso, a necessidade de se cobrar o uso correto do programa.

O futebol pernambucano no PowerPoint, via FPF

“Clubes garantiram acessos no Brasileirão, vários projetos entraram em campo, novas parcerias de sucesso foram feitas, além de muitas outras conquistas que comprovam a competência da estratégica e moderna gestão do presidente Evandro Carvalho”.

A declaração faz parte do balanço de ações da FPF em 2013, o “Pernambuco – Futebol de Primeira”, apresentado durante a assembleia que marcou a aprovação por unanimidade da federação pernambucana de futebol, entre 74 clubes e ligas municipais presentes na sede da entidade.

Confira o relatório completo e tire as suas próprias conclusões.

Estadual segue com dois públicos divulgados a cada jogo no interior

Pernambucano 2014, 6ª rodada: Porto 1x4 Náutico, Santa Cruz 7x0 Salgueiro e Central 0x2 Sport. Fotos: Daniel Leal (as duas de Caruaru) e João de Andrade Neto (Arruda), ambos do DP/D.A Press

O estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, recebeu duas partidas na 6ª rodada do hexagonal do título. Nas duas ocasiões, uma situação que mancha a credibilidade do público oficial do centésimo Campeonao Pernambucano.

No sábado, durante Porto x Náutico, o sistema de som anunciou 3.912 pessoas, num dado que já não correspondia com o público ínfimo no Lacerdão. Pois subiu para 7.412 no borderô. No domingo, com Central x Sport, o anúncio de 8.058 presentes. No borderô, nova mudança no público total, subindo para 9.069. Os dois jogos passaram na tevê e as informações foram repassadas ao vivo.

E assim segue o Estadual. No hexagonal do rebaixamento, todos os 12 mil ingressos do Todos com a Nota oferecidos nas três partidas foram trocados. Nos estádios, lacunas inexplicáveis nas arquibancadas (o famoso “mosaico”).

O blog continuará acompanhando a média de público do Estadual, como faz há anos. Contudo, os números registrados no interior não parecem confiáveis. Na capital, com a utilização do cartão magnético, o cenário é mais factível.

1º) Santa Cruz (3 jogos como mandante)
Total: 48.642
Média: 16.214
Taxa de ocupação: 27,00%
Contra intermediários (2) – T: 19.930 8.009 / M: 9.965

2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 43.066
Média: 14.355
Taxa de ocupação: 43,52%
Contra intermediários (2) – T: 25.013 / M: 12.506

3º) Salgueiro (11 jogos como mandante)
Total: 87.149
Média: 7.922
Taxa de ocupação: 79,89%

4º) Central (11 jogos como mandante)
Total: 82705
Média: 7.518
Taxa de ocupação: 38,60%

5º) Náutico (3 jogo como mandante)
Total: 18.196
Média: 6.065
Taxa de ocupação: 13,12%
Contra intermediários (2) – T: 9.412 / M: 4.706

6º) Porto (11 jogos como mandante)
Total: 62.722
Média: 5.702
Taxa de ocupação: 29,27%

Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).

Geral – 108 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 570.209
Média: 5.279 pessoas
TCN: 487.781 (85,54% da torcida)
Média: 4.516 bilhetes
Arrecadação total: R$ 4.298.050
Média: R$ 39.796

Fase principal – 18 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 183.583
Média: 10.199 pessoas
TCN: 117.555 (64,03% da torcida)
Média: 6.530 bilhetes
Arrecadação total: R$ 2.076.202
Média: R$ 115.344

Confira todas as médias desde 1990 clicando aqui.

Veja também as médias de Náutico, Santa e Sport desde 2005 aqui.

A cueca da sorte no futebol, ou quase isso

Ceca da sorte. Crédito: Lupo Brasil/Youtube

Superstição é algo forte no torcedor brasileiro…

Aquele fanático que há anos só senta no mesmo lugar, mesmo que seja debaixo de sol forte no cimentão da arquibancada. Tudo por causa de uma grande vitória do time, quando ele esteve no mesmo local.

Outros, com uma dezena de uniformes do clube no armário, só vestem as camisas mais velhas, costuradas, mas presentes na volta olímpica inesquecível.

Outras manias estão bem enraizadas na cultura do futebol nacional.

Há até quem só use a mesma cueca, aquela cansada…

O terror das namoradas, esposas e mães.

Basta a preparação não sair perfeita, com o lugar ocupado, a camisa suja ou a cueca rasgada. E bate o desespero na superstição.

Essa foi a ideia pra um comercial brasileiro, produzido pela agência Africa.

Padrão Fifa até nos preços de caixas de pipoca, hot-dog e prato cartonado

Produtos oficiais da Copa do Mundo de 2014. Crédito: www.americanas.com.br

No embalo dos 64 jogos agendados, mais de 1.500 produtos foram criados por 34 empresas brasileiras e estrangeiras, todos devidamente licenciados pela Fifa para utilizar a marca da Copa do Mundo de 2014 (veja aqui).

Fuleco, Brazuca, miniaturas de estádios, camisas, mochilas… Até aí, ok.

Mascote, bola e roupas estão entre os produtos mais procurados no Mundial há tempos. No entanto, existem itens bem curiosos na lista. E o que realmente chama a atenção é o preço, no legítimo “Padrão Fifa”.

Já à venda na internet, encontramos caixa de pipoca, prato e caixa de hot-dog, todos comercializados apenas em pacotes. São produtos cartonados, com impressão de alta resolução e o lema da copa: “Juntos num só ritmo”.

A concorrência com os genéricos deve marcar a disputa no mercado…

Atualização: a loja Americanas “identificou o equívoco de preço, já corrigiu e nenhum cliente foi prejudicado”. Porém, o preço da caixa de pipoca foi mantido. No post, então, os preços novos e “antigos”.

8 caixas de pipoca em papel cartonado (10cm x 23cm) = R$ 139,90.
Valor médio por unidade: R$ 17,48

Caixas de Pipoca da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 caixas de hot-dog em papel cartonado (37cm x 4cm) =  R$ 9,90
Valor médio por unidade: R$ 0,99
Valor anterior: R$ 84,90 (média de R$ 10,61

Caixas para hot-dog da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 pratos em papel cartonado (22cm) = R$ 16,90
Valor médio por unidade: R$ 2,11
Valor anterior: R$ 169,90 (média de R$ 21,23)

Pratos cartonados da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

Confira mais detalhes dos produtos clicando aqui.