O contrato do Todos com a Nota com os clubes do estado é renovado anualmente. Ainda não foi assinado o acordo para 2015, mas já é possível garantir que o TCN está garantido no futebol pernambucano no mínimo até 2018.
A avassaladora eleição de Paulo Câmara para governador já no primeiro turno é a chave. O futuro chefe do executivo do estado foi durante um bom tempo o secretário da fazenda na gestão de Eduardo Campos. A pasta é a responsável pelo programa.
Era a Paulo Câmara que a coordenação do TCN se reportava a cada decisão. Considerando a manutenção como matéria vencida, vamos ao segundo ponto, à necessidade de acabar com os públicos fantasmas.
Indagado durante a campanha sobre a fiscalização, o então candidato afirmou que pretendia ampliar a implantação da bilhetagem eletrônica em todo o estado.
Porém, a mudança não pode passar apenas no lançamento de mais cartões, mas numa forma de enxergar a execução do TCN. O sucesso é a soma da arrecadação de ICMS e do bom uso público, com a presença do público nas arquibancadas, outrora um orgulho local.
O subsídio estatal vem de 1998. Perto de completar duas décadas, a dependência dos clubes já está enraizada. Que Paulo Câmara, ligado ao programa de forma umbilical, realmente enxergue a necessidade de melhora.
Considerando os dados de 2007 a 2011 – os únicos divulgados – e projetando os números até 2014, a conta bruta seria a seguinte:
120 milhões de notas fiscais
2,08 bilhões de reais em notas fiscais
9,44 milhões de ingressos trocados
370 mil cartões magnéticos cadastrados no Grande Recife
R$ 36 milhões, o subsídio injetado nos clubes via Estadual (2008/2014*)
* O Todos com a Nota não foi estruturado a tempo de integrar o Estadual de 2007. Assim, o TCN só voltou no segundo semestre, no Brasileirão.