Pernambuco será representado por quatro clubes na 46ª Copa São Paulo de Futebol Júnior. Além dos grandes da capital, o Porto volta a figurar na disputa. A palavra “figurar”, aliás, se encaixa bem no histórico local na Copinha.
Desde 2001 foram 32 participações e em apenas seis delas os times do estado avançaram ao mata-mata. O máximo no período foi a fase de oitavas de final, sendo duas vezes com o Santa Cruz e uma com o Porto.
De fato, se disputa de forma regular por aqui os estaduais infantil, juvenil e júnior. Porém, os testes ficam praticamente restritos ao limite geográfico do estado. E limitar o teste nacional a três jogos na fase de grupos é muito pouco.
Do quarteto, três têm centro de treinamento, com dezenas de jovens tentando tornar realidade o sonho de ser um profissional. Aos clubes, naturalmente, vale o empenho em ver retorno no investimento na base.
Por tudo isso, a tradicional disputa paulista precisa ser encarada com seriedade, com uma boa campanha. Mais uma chance, de 3 a 25 de janeiro de 2015.
Até hoje, o melhor resultado obtido pelos representantes pernambucanos foi alcançar as quartas de final, em 1992 (Santa Cruz) e 1997 (Sport).
Participações pernambucanas no século XXI
2001 – Santa Cruz (8as de final), Sport e Náutico (ambos na 1ª fase)
2002 – Santa Cruz (1ª fase)
2003 – Santa Cruz (8as de final) e Náutico (1ª fase)
2004 – Náutico, Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2005 – Santa Cruz, Sport e Porto (todos na 1ª fase)
2006 – Porto e Santa Cruz (ambos na 1ª fase)
2007 – Porto (8as de final)
2008 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2009 – Porto e Ypiranga (ambos na 1ª fase)
2010 – Porto e Atlético Pernambucano (ambos na 1ª fase)
2011 – Porto e Vitória (ambos na 1ª fase)
2012 – Sport, Porto e Vitória (todos na 1ª fase)
2013 – Náutico e Santa Cruz (ambos nos 16 avos de final), e Sport (1ª fase)
2014 – Sport (16 avos de final), Náutico, Porto e Santa Cruz (todos na 1ª fase)
Eis os grupos dos representantes locais espalhados no interior paulista.
Muito bom Lucio!
sonho que haja real desenvolvimento em nosso estado e principalmente lideres que possam seguir vida politica pra mudar essa classe para dar oportunidades tambem ao esporte nos municipios pernambucanos.
Não me recordo bem, mas em 93 ou 94 o santa foi semifinalistas, saindo pro São Paulo, que foi campeão daquele ano.
O texto abaixo nada diz respeito ao conteúdo do post, mas serve para socializar algo do sucesso do futebol catarinense. Lendo as entrelinhas da reportagem do UOL, percebemos que planejamento é o essencial, e aqui, infelizmente, não temos: Para reflexão de dirigentes emídia;
”
Com quatro times na Série A do Brasileiro e um na Série B, Santa Catarina terá um aporte financeiro – apenas de cotas de televisão – em torno de R$ 100 milhões em 2015. Se você está surpreso com a força do futebol catarinense, que ficou de 2003 a 2013 com um ou dois times – Criciúma, Figueirense e Avai na Série A – saiba que os planos são muito maiores. “Esse valor é muito importante para nosso estado. Faz girar a economia, há contratações em hotéis e os clubes podem melhorar ainda mais”, diz Delfim de Pádua Peixoto. Para ele, a quadra é pouco, a quina virá rapidamente e a sena é um sonho com data marcada para acontecer. “Surpresa não foi Joinville e Avaí subirem e nem Chapecoense e Figueirense continuarem na A. Para mim, surpresa foi o Criciúma, nosso maior campeão e com mais poder financeiro, cair. Alguma dúvida que ele voltará em 2016? Então, poderá ser cinco clubes na A. Sem surpresa”. E há outra bala na agulha. “O Metropolitano de Blumenau tem um trabalho muito bom. Tem chance de ser campeão catarinense e já bateu três vezes na trave para chegar na Série C. É um clube bem estruturado e terá acessos contínuos”. O número de clubes competitivos é uma das forças de Santa Catarina. Desde 2003, o estado teve cinco clubes diferentes na Série A. Apenas São Paulo, com dez clubes, o supera. Santa Catarina está a frente do Rio e de Minas, com quatro e Rio Grande do Sul, com três representantes. Todo o Nordeste teve apenas seis representantes. “A força econômica do nosso interior é muito grande, supera a capital, ao contrário de outros estados. Isso cria pólos de desenvolvimento que bancam clubes fortes”, diz Delfim. Uma conversa com os presidentes de clubes catarinenses faz com que as anotações se confundam, tamanha é a semelhança de projetos. Todos falam em chegar e ficar, cair nunca mais. E a confiança é baseada na frase “tenho o pé no chão e não gasto mais do que tenho” “Buscamos planejamento, comprometimento, responsabilidade e transparência”, afirma Sandro Pallaoro, empresário e presidente da Chapecoense. O clube chegou à Série D em 2009. Foi campeão. Em 2010, houve problemas e o time quase caiu para a segunda catarinense. Aí, engrenou: em 2012, subiu para a B e em 2013, para a série A. “Aqui não tem ‘loucuragem’, não se contrata figurão e não se paga salários astronômicos. O mês tem 30 dias, o que é um chamariz no futebol brasileiro”, diz o presidente. O teto salarial é de R$ 80 mil. A folha total é de R$ 1,5 milhão. “Quando a gente estava na B, o maior salário era de R$ 25 mil e a folha chegava a R$ 500 mil. Nossa cota aumentou muito e não torramos tudo. Os gastos aumentaram menos do que nossas receitas”, explica Pallaoro. A busca pela estabilidade faz com que o clube busque cortes. “No Brasileiro, a gente tinha um elenco de 35 jogadores. No catarinense, são 26 e muitos vêm da base. Quem for bem, continua e pode sonhar com disputar a série A no segundo semestre”. Chapecó tem 210 mil habitantes e fica 630 quilômetros a oeste da capital. Os dirigentes da Chapecoense querem mais do que representar apenas sua cidade. “Temos gente de toda a região em nossos jogos. Temos torcedores no sul do Paraná”, diz o presidente. Nereu Martinelli, presidente do Joinville, aponta a gestão empresarial como a razão do sucesso catarinense. “Enquanto ninguém falava de nós, construímos um centro de treinamentos, passamos a dar alimentação adequada e balanceada aos jogadores, os campos ficaram ótimos, há ótima fisiologia e departamento médico de qualidade. Passamos a ter uma boa categoria de base. Aqui, é 70% gestão e 30% emoção porque ninguém vive sem emoção”. Joinville tem 560 mil habitantes e se localiza 150 kims ao norte da capital. Era pedra cantada no boom do desenvolvimento do futebol. “É, a gente não podia ficar de fora, mas não se consegue nada por decreto. Em 2013, ficamos fora do acesso por um ponto. Procuramos o César Sampaio, que ajudou a planejar o elenco do 2014. Só veio gente comprometida. Mantivemos o treinador, não é como em 2008, quando tivemos seis técnicos”, diz Martinelli. O clube não deve a ninguém. Nem aos jogadores. “Nosso prêmio era de R$ 700 mil pelo acesso e mais R$ 300 mil pelo título. Todo mundo já recebeu. Temos R$ 380 mil de patrocínio mensal e estamos negociando com um patrocinador máster. E no catarinense, teremos 14 meninos da base jogando. É como um laboratório para a Série A”, diz o presidente. O Avai sonha com a sul-americana em 2016, mas ficará feliz em manter-se na Série A. “Não adianta ficar imaginando o que não se consegue. O jeito é trabalhar com teto salarial enxuto e com jogadores de caráter. Não aceitamos mercenários e queremos jogadores que sonhem em crescer.” O acesso só veio na última rodada, com uma série de resultados. “Nosso planejamento era para que fosse mais fácil, mas tivemos problemas financeiros que estamos resolvendo. Subimos para ficar”, diz o presidente. Todos os entrevistados falam em uma mudança de pensamento dos dirigentes do futebol catarinense. “Ninguém mais torce para o outro cair. Se tivermos mais representantes, ficamos mais fortes individualmente”, repetem, com uma outra diferença de enfoque. Unidos e com dinheiro, não aceitam ser ioiô. São quatro, têm certeza que serão cinco e sonham com o sexto elemento. São os catarinenses. “
O objetivo dos times locais, em especial o SPORT não é vencer essa copinha, é dar experiência e competividade aos moleques, até pq com arbitragem caseira e algumas manipulações “empresários”, ” logística “, a seriedade dessa copinha é questionável.