O Náutico parece abdicar das oportunidades de alcançar o G4. A derrota para o Londrina por 2 x 0, na Arena Pernambuco, é um duro golpe na confiança de quem faz o clube. E sobretudo de quem vive o clube. O segundo revés seguido como mandante, intercalado por um lampejo de recuperação em Goiânia, deixa o timbu na condição de “quase” na tabela da Série B, num momento de equipes mais encorpadas tecnicamente e mais consistentes taticamente.
Se o grupo de acesso já está a seis pontos, o que na prática deve demandar ao menos três rodadas (caso consiga), o time pernambucano ainda vê a ascensão do Bahia, candidato desde sempre, mas que havia largado muito mal. Na retomada pós-Olimpíada, o tricolor soteropolitano somou sete dos nove pontos disputados. Era essa competitividade que se esperava no reforçado Náutico.
Ao mostrar fragilidade ofensiva mais uma vez, além de um meio-campo com o freio de mão puxado (a composição com Hugo e Renan Oliveira precisa ser revista), a equipe acabou também sem poder de reação. O gol de Germano, concluindo uma falta na área, completamente desmarcado, deixou o segundo tempo quase inglório. O time mal conseguia chegar na meta parananense. E quando chegou, o individualismo atrapalhou, recorrente em momentos de pressão. O gol de Keirrison, algoz já no jogo da ida, “autorizou” a revolta dos três mil espectadores. Gente consciente de que nem sempre haverá chances…