Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2017, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos para a realização da peleja, ampliados a cada fase. Se na etapa preliminar basta a arbitragem e um delegado de jogo, no mata-mata são dez funções! Árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF.
Além disso, cada partida é precificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores que os da primeira fase. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 2.725 a R$ 14.957 – no caso dos assistentes, a cota equivale a 75% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 35% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 8,4%. No caso do Árbitro Fifa, R$ 322 a mais. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros. Em vez de estipular metas de distância, como e 2016, desta vez a federação já determinou o valor de cada cidade, com Salgueiro sendo a mais cara, R$ 210.
A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.
Os “clássicos” envolvem, claro, os jogos entre Náutico, Santa e Sport, com até cinco categorias de árbitro – com os níveis CBF e Fifa sendo mais requisitados.
O quadro seguinte é válido no hexagonal do título, nos jogos do Trio de Ferro no Recife diante dos três classificados da fase preliminar. No Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro os jogos já contam com dez funções.
Os jogos entre clubes intermediários (nove clubes ao todo) têm um preço diferente, necessitando de apenas uma função administrativa. Cenário válido na fase preliminar e hexagonais do título e da permanência. Ou seja, a tabela só mudaria num confronto do tipo a partir da semifinal (o que nunca ocorreu).
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Variação na taxa entre os Campeonatos Pernambucanos de 2016 e 2017
Árbitro Fifa:
Mata-mata: +R$ 322 (+8,2%)
Clássico: +R$ 264 (+8,4%)
Grandes*: +R$ 120 (+8,3%)
Demais jogos**: -R$ 110 (-10,8%)
Árbitro CBF
Mata-mata: +R$ 303 (+8,5%)
Clássico: +R$ 243 (+8,5%)
Grandes*: +R$ 110 (+8,3%)
Demais jogos**: -R$ 28 (-3,0%)
Árbitro FPF
Mata-mata: +R$ 275 (+8,4%)
Clássico: +R$ 220 (+8,4%)
Grandes*: +R$ 100 (+8,3%)
Demais jogos**: +R$ 56 (+6,6%)
* Jogos de Náutico, Santa Cruze Sport contra times intermediários no hexagonal
** Jogos com mando de campo de clubes intermediários na fase preliminar e nos hexagonais (título e permanência)
Gasto com taxas de arbitragem e administração na final do Estadual 2016, na Ilha: R$ 13.371