A rodada de abertura da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017 foi a pior em termos de público e renda desde que a competição passou a ter este formato. Já são quatro temporadas com o hexagonal do título e esta edição foi a única a não reunir sequer dez mil espectadores nos três primeiros jogos. Com 4.622 na Arena (e tevê aberta na capital), 3.821 na Ilha do Retiro (e exibição no pay-per-view) e 228 no Antônio Inácio, em Caruaru, o público total chegou a 8.671 pessoas, um fiasco. Em todos os anos neste formato houve um clássico na abertura, inclusive em 2014, num confronto que acabou adiado – o Clássico dos Clássicos daquela 1ª rodada só ocorreu em fevereiro.
Clássicos na abertura do Estadual:
2014 – 8.784 pessoas (Náutico 2 x 1 Sport)
2015 – 24.143 pessoas (Santa Cruz 0 x 3 Sport)
2016 – 9.296 pessoas (Náutico 2 x 0 Santa Cruz)
2017 – 4.622 pessoas (Náutico 1 x 1 Santa Cruz)
Abaixo, o comparativo nos anos com hexagonal do título. Nos dois primeiros anos os ingressos foram subsidiados pelo governo do estado, via Todos com a Nota. De qualquer forma, caso a comparação seja apenas com 2016, a queda foi de 31% no público e 48% na arrecadação, mesmo com dois jogos no Recife.
Sobre a corrida das multidões (por enquanto, longe disso), o Náutico começou liderando. Dos seis times no hexagonal, apenas o Santa ainda não atuou como mandante, somando todas as fases. Por sinal, considerando toda o torneio, a FPF, mesmo com o quadro pífio, já arrecadou R$ 24.678, ou 8% da renda bruta.
1º) Náutico (1 jogo como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 4.622
Taxa de ocupação: 10,0%
Renda: R$ 75.615
2º) Sport (1 jogo como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 3.821
Taxa de ocupação: 13,9%
Renda: R$ 60.780
3º) Salgueiro (3 jogos como mandante, no Cornélio de Barros
Público: 6.449 torcedores
Média de 2.149
Taxa de ocupação: 17,8%
Renda: R$ 26.729
Média de R$ 8.909
4º) Central (3 jogos como mandante; 2 no Lacerdão e 1 no Antônio Inácio)
Público: 3.856 torcedores
Média de 1.285
Taxa de ocupação: 8,1%
Renda: R$ 51.730
Média de R$ 17.243
5º) Belo Jardim (4 jogos como mandante, no Antônio Inácio)
Público: 818 torcedores
Média de 204
Taxa de ocupação: 2,7%
Renda: R$ 6.872
Média de R$ 1.718
Geral – 26* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 28.009
Média: 1.077 pessoas
Arrecadação: R$ 308.486
Média: R$ 11.864
* Mais 4 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 3 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 8.671
Média: 2.890 pessoas
Arrecadação total: R$ 138.385
Média: R$ 46.131
Para além do formato esdrúxulo do campeonato “organizado” pela CPF, há que se considerar que o respeito pelo torcedor e pelos clubes está muito distante. O valor dos ingressos não leva em consideração o momento econômico e social que estamos vivendo. Em relação ao torcedor, o futebol, aquilo que deveria ser um show, vem se constituindo um xo.
Esse formato ridiculo… Onde um time do interior tem que fazer um milagre pra chegar na final. O unico que salva é o Salgueiro… Uma cidade com 60 mil hab, com melhor media do que uma cidade com 350. Salgueiro é o unico time que não para no interior. O resto desmonta todo ano pq futebol acaba no estadual pq esse primeiro turno é a segunda divisão. Campeonato boxta!
Tem que jogar o sub 23.
Ou seja: só dá público no clássico das multidões.
com um salario mixuruca,de 880 reais,o trabalhador assalariado,não tem condições de estarem,em estadio de futebol no decorrer da semana,nem tão pouco sabado e domingo. e muita usurpação.sem contar que e pior ainda,para quem paga aluguel residêncial.
esses são um dos principais motivos,da materia publicada.
A FPF quer que os clubes se virem para dar $$$ a “ela”. O Evandro enlouqueceu, reclamou publicamente porque o Sport ia jogar com o reserva e sub20, já prevendo diminuição no público e renda. Mas até o clássico com os titulares foi pífio. O formato do campeonato não é atrativo, não há atração paralela ao jogo, início de temporada com os times se arrumando… A FPF precisa se mexer ou o PE vai morrer.