Após sete empates consecutivos, três vitórias seguidas. O Santa Cruz parece mesmo ter tomado gosto pela “regularidade” neste retorno à Segundona, mas agora em um nível melhor.
Após frequentar a zona de rebaixamento, repleto de críticas pela falta de padrão de jogo, o Tricolor vai se recuperando, em campo e na arquibancada. Aos poucos, mas vai. Consequentemente, vai subindo na classificação. Em vez de Z4, agora o horizonte aponta para o G4.
Um mês após a morte do torcedor Paulo Ricardo, o povão voltou à sua casa. O departamento jurídico coral conseguiu derrubar no dia anterior o ato administrativo da CBF, liberando o Arruda.
A cicatriz permanece, mas a imensa maioria, aquela que realmente ama o Santa Cruz, sabe que a lição foi grande, para a vida toda. Futebol é esporte, sempre foi, sempre será. A sua premissa é a diversão, e isso não faltou na noite desta terça, na última apresentação do clube antes do Mundial de 2014.
Gol de letra de Renatinho e Pingo driblando o goleiro e mandando para as redes, no 2 x 1 sobre a Ponte Preta, historicamente uma pedra no sapato dos tricolores. Aplausos no intervalo e no apito final, mesmo com algumas queixas (justas) sobre o excesso de passes errados.
Santa Cruz esse gigante
Está invicto há dez jogos
Fazendo-nos soltar fogos
Pra comemorar bastante
Essa campanha brilhante
Que o time está fazendo
Deixando a gente prevendo
Vendo a possibilidade
Que essa invencibilidade
Faça-o seguir crescendo.
Nas duas principais Séries
Santa Cruz é único invicto
E a gente está convicto
Que apesar das intempéries
Vamos ajuntar congéries
De empates e vitórias
Nessas duas trajetórias
Antes e depois da Copa
Para no final, a tropa,
Vangloriar suas glórias.
Quem pensava que o Santa
Não venceria a macaca
Levou o drible da vaca
Ficou com cara de anta
Pois a cobra se agiganta
Quando a luta é mortal
E com seu bote fatal
Deixou o símio perneta
A Ponte pode ser Preta
Mas a Cobra é Coral.
Ivan Patriota