Em 1994, João Caixero, então com 59 anos, começou a escrever um livro sobre a história do Santa Cruz. Presidente tricolor em 1974, ele queria registrar tudo acerca do clube, da fundação, títulos, torcida, Arruda, craques, colaboradores e relatos, positivos ou não. A ideia cresceu tanto que não saiu naquele ano. Aliás, demoraria bastante, 22 anos. Já octogenário, Caixero enfim concluiu. Um não, três livros, com 1.238 páginas ao todo. A obra “Santa Cruz de corpo e alma” foi finalizada após o inédito título da Copa do Nordeste, num trabalho com inúmeras colaborações, de pesquisa (são 2.003 imagens!), texto e edição.
Se o projeto inicial consistia numa homenagem aos 80 anos do Santa, o tempo ampliou o horizonte. Em vez de apenas celebrar o passado, que se fomente o futuro. A tiragem de mil edições especiais visa um faturamento de R$ 1 milhão, com a obra (incluindo os três volumes) saindo por R$ 1.000. Sendo 600 no lançamento e em venda avulsa e 400 para as empresas patrocinadores. Popular desde sempre, o clube deve criar uma edição mais barata, de R$ 30. Toda a receita será repassada o Centro de Treinamento Rodolfo Aguiar.
O CT, essencial para a estruturação coral, foi lançado em 2012 e estimado em R$ 5 milhões. Se gastou apenas na aquisição do terreno, R$ 1 milhão, segundo o balanço publicado em 2014. Pedra fundamental à parte, nada desde então. Pelo projeto, a área de dez hectares, em Aldeia, contaria com três campos de futebol, vestiários, sala de imprensa e um alojamento para até 128 pessoas. Com a obra literária, espera-se construir até dois campos oficiais.
“Com esse dinheiro, vamos construir dois campos no CT até dezembro e dar um descanso ao nosso gramado do Arruda.”
E ao próprio Caixero, cujo engajamento data há muito tempo… e ainda presente.
Pela Iniciativa do Livro, já vale o nome do CT – João Caixeiro.
Comprá-los-emos!
Será verdade? Bem, há principio devemos olhar com cautela, onde as vezes o vendedor vende gato por lebre.Entretanto, estávamos esperando um cacique que tomasse uma postura desta de sairmos do ostracismo, pois um clube centenário não poderia ficar sem um CT, visto que, clubes de orçamentos menores possuem centro de treinamento a muitos anos. Também é verdade que, sempre foi assim no clube das três cores, onde a torcida sempre participou das empreitadas realizada pelo clube. Não esquecendo que, seria imprescindível o clube disponibilizasse uma conta bancaria com a finalidade de arrecadar dinheiro para construção do CT. Por fim, é também prudente que toda essa soma de dinheiro tenha transparência em sua construção, pois todos nós sabemos que quando se trata de dinheiro muitos perdem a cabeça.
Esse CT ficará pronto no bicentenário da lombriga. Foi assim pra ser o “terror do nordeste”…