O confronto entre Sport e Danubio do Uruguai, pela Sula, reúne também a idolatria por um mesmo jogador, Raúl Bentancor. O meia uruguaio jogou onze temporadas na Franja e cinco no Leão, entre 1947 e 1963. Marcado em ambos.
No site do Danubio, o jogador é descrito da seguinte forma: “Está entre los más grandes goleadores danubianos de la historia” Começou no juvenil, ganhando a titularidade no segundo ano e ficando até 1957. Segundo o clube, marcou uma “infinidad de goles”, numa estatística não contabilizada. Chegou a ser vice-campeão nacional em 1954, época na qual já defendia a seleção celeste.
Bentancor no Danubio
11 temporadas (1947-1957)
280 jogos
Vice-campeão uruguaio em 1954
Em 1959, o Sport procurava um reforço internacional com a raça característica de argentinos e uruguaios. Indicado pelo conterrâneo Morel, campeão estadual um ano antes, Bentancor se encaixava no perfil. Na Ilha, vindo do Montevideo Wanderers, ele foi além, virando referência técnica e apelidado de “O Bigode que Joga”. Em 2011 foi eleito para a seleção histórica do Leão, quase unânime. Segundo dados de Carlos Celso Cordeiro, foi titular em quase toda a passagem, ou 250 jogos (98%), sendo um dos principais meias goleadores do clube.
Bentancor no Sport
5 temporadas (1959-1963)
254 jogos
91 gols
Campeão pernambucano em 1961 e 1962
Após pendurar as chuteiras, Bentancor seguiu no futebol. Tornou-se treinador, comandando, também, Sport e Danubio. O ex-craque faleceu em 4 de maio de 2012, aos 82 anos. Em 2017, espera-se uma (justa) homenagem dupla…
Ele foi eleito para a seleção do Sport em 2011 e faleceu em 2012. Tempo suficiente para o clube ter feito uma homenagem para ele em vida. Será que fez? Mandou ao menos uma placa para que ele soubesse que foi eleito para a seleção histórica do clube? Se não, o clube perdeu uma grande chance. Não é possível que ninguém tenha ao menos pensado nessa possibilidade. Trágico!