17 homens e nenhum segredo no Náutico

Colegiado do Náutico em 2013. Foto: Simone Vilar/Náutico

Há exatamente quatro meses, o presidente timbu, Paulo Wanderley, anunciou na sede do clube a criação de um colegiado de diretores para comandar o futebol do Náutico. Faltavam cinco dias para a largada da Série A, no ano de maior orçamento da história do clube, com R$ 45 milhões. O objetivo era captar forças para a montagem do time e a organização no restante da temporada.

Foram nada menos que 17 dirigentes, entre eles, caciques como André Campos e Ricardo Valois. Com uma campanha vexatória desde o início, sempre presente na zona de rebaixamento, as rusgas foram reaparecendo. A cada novo nome para o elenco, a discussão era grande. De fato, não parece fácil o entendimento de um colegiado tão grande. Velhas arestas ideológicas ficaram escancaradas.

Aos poucos, alguns diretores foram escanteados, outros foram soltando o verbo nas redes sociais e alguns optaram pelo descaso. Quatro meses depois, com o rebaixamento virtualmente consumado e o dinheiro do clube comprometido para a próxima temporada, o colegiado, já rachado, chegou ao fim, numa breve reunião em um restaurante. Dos 17, apenas dois permaneceram com o atual mandatário, Carlos Hunka e Alexandre Homem de Melo.

No texto sobre a criação do colegiado, em 20 de maio, o blog escreveu “caberá ao colegiado conviver com as diferenças para fazer valer a quantidade de nomes neste modelo.” Sem segredo, a convivência está difícil nos Aflitos…

Fim do colegiado alvirrubro, em 20 de setembro de 2013. Foto? João de Andrade Neto/DP/D.A Press

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