Hexacampeão pernambucano em 1968, na sua conquista inalcançável, o Náutico só voltou a ser campeão sete vezes depois disso.
O clube ergueu a principal taça do futebol estadual em 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004.
Nesse tempo, o Timbu viveu três grandes jejuns, de 9 anos, encerrado em 1984, 11 anos, encerrado em 2001, e 10 anos, ainda em vigor.
Esse terceiro hiato tornou-se um divisor de águas no clube. Esteve entre os principais motivos para a vitória da oposição pela primeira vez em uma eleição presidencial no Alvirrubro.
E se mantém há anos como promessa de gestão.
E promessa é dívida…
Por mais que o hexa seja o luxo de Rosa e Silva, a sede de novas conquistas aumenta ano a ano. A faixa de protesto colocada pela torcida no clássico contra o Santa na arena (“não vivemos de hexa, queremos títulos!”) foi só mais um recado.
A má campanha, fora do G4 do Pernambucano, não é a resposta ideal…
Foram marcados três pênaltis na 6ª rodada do hexagonal do título de 2015. O domingo viu a bola na marca da cal na Arena Pernambuco e no Cornélio de Barros. No clássico, o alvirrubro Júlio César defendeu a cobrança do tricolor Betinho. Foi a primeira cobrança favorável aos corais. Enquanto isso, no Sertão, foram duas penalidades assinaladas pelo árbitro Gilberto Casto Júnior, sendo uma para o Serra e outra para o Salgueiro, ambas convertidas. Não houve expulsões nas três partidas da fase principal do Pernambucano. Confira os rankings de pênaltis e cartões atualizados após 18 jogos.
Pênaltis a favor (6)
2 pênaltis – Sport e Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz e Serra Talhada
Sem penalidade: Náutico e Central
Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa desperdiçou um pênalti Sport evitou uma penalidade
Náutico evitou uma penalidade
Pênaltis cometidos (6)
2 pênaltis – Serra Talhada
1 pênalti – Santa Cruz, Sport, Náutico e Salgueiro
Sem penalidade: Central
Cartões vermelhos (4)
1º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
2º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
Nenhum cartão: Náutico, Central e Serra Talhada
O início do returno do hexagonal deixou a tabela ainda mais imprecisa. Náutico e Santa Cruz, que ficaram num empate, graças a Júlio César, estão embolados com os demais times do interior. Mesmo perdendo a invencibilidade nesta 6ª rodada do hexagonal – o time buscava repetir as conquistas invictas de 1917, 1941, 1998 e 2009 -, o Sport mantém uma tranquila liderança em 2015, com cinco pontos de vantagem. Do Central (2º) ao Salgueiro (6º), outros cinco pontos. E nada de tranquilidade.
Saíram 38 gols nos 18 jogos desta fase do #PE2015, com média de 2,11. Em relação à artilharia, na qual a FPF só considera o hexagonal e o mata-mata, Élber (Sport) e Josenildo (Serra) estão na liderança isolada, com 3 gols.
Hoje, as semifinais seriam: Sport x Santa Cruz e Central x Serra Talhada.
Santa Cruz 0 x 0 Náutico – O pior clássico até aqui. Tava difícil sair um gol (coral). Quando entrou, estava impedido. Quando teve pênalti, perdeu.
Central 1 x 0 Sport – No 4º jogo seguido contra os grandes, enfim uma vitória da Patativa. Três pontos que dão lastro à campanha caruaruense.
Salgueiro 2 x 2 Serra Talhada – O Cangaceiro vencia até os minutos finais, chegando a nove pontos. Tomou o empate e embolou a tabela do torneio.
Destaque: Madona. O reserva ganhou a chance no Central e foi o autor do gol que acabou com um jejum de 21 partidas sem vitória sobre o Sport.
Carcaça: Betinho. Bolas trave contra o Salgueiro, gol decisivo contra o Náutico e pênalti perdido no jogo seguinte contra o mesmo Náutico. Falta regularidade.
Próxima rodada:
08/03 (16h00) – Serra Talhada x Sport
08/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz
08/03 (18h30) – Náutico x Central
O futebol é feito de heróis e vilões. Há mais de um século assim, perante as massas. O nome da partida, hoje, pode ser o motivo do fracasso amanhã. Desde cedo, já nas categorias de base, os jogadores vão se acostumando à montanha-russa proporcionada pelo esporte. No Clássico das Emoções, historicamente um dos nomes mais justos para um confronto no país, o 8 ou 80 se faz presente. O lance da vez, no 505º duelo, ocorreu aos sete minutos do segundo tempo. Um pênalti bobo cometido pelo Timbu.
Sem reclamação dos alvirrubros, restava conferir a cobrança coral. O atacante Betinho, autor do gol da vitória no clássico passado, se ofereceu para a cobrança. Confiante, claro. Andou a passos lentos e cobrou, mas telegrafou. Júlio César caiu para o lado esquerdo e espalmou, bem, sem qualquer chance para o rebote. E Betinho perdeu a chance de entrar na história pela porta da frente mais uma vez.
Poderia ter sido o 700º gol tricolor no clássico contra os alvirrubros. Portanto, a história deste domingo, na Arena Pernambuco, pertence ao goleiro Júlio César, o mesmo que falhou feio no confronto anterior, mas desta vez se mostrou firme com a camisa 1, com potencial para se tornar um verdadeiro ídolo do Náutico. Fez bem o seu papel. Infelizmente, à frente, os seu companheiros pouco produziram. Pouco é até elogio.
Por sinal, o paupérrimo empate em 0 x 0 manteve os dois times numa situação complicada no hexagonal, com ambos atrás de Central e Serra Talhada na classificação. Há uma possibilidade real de que um grande clube da capital não avance à semifinal do Campeonato Pernambucano de 2015? Seria inédito, marcando os envolvidos com o vexame. Por sinal, a resposta depende diretamente dos heróis e dos vilões. Os pontos perdidos aqui podem fazer a diferença. O pontinho somado, também. A conferir.
O Central não vencia o Sport desde 2006. Um tabu de 21 partidas. Enfrentar o rubro-negro era quase sinônimo de derrota para a torcida alvinegra, alimentando há tempos a chance de dar o troco. Pois esse dia chegou, com sofrimento, como qualquer capítulo da história centralina.
A começar pelo gol, numa falta cobrada pelo galego Madona com desvio, indo para as redes no limite da trave. O cronômetro apontava apenas três minutos de bola rolando em Caruaru. Havia tempo demais para uma reviravolta, como quase sempre ocorre neste confronto. Daí, a desconfiança no início da tarde. Não por acaso, o jejum era ainda maior no Lacerdão, desde 2002.
O time reserva do Sport – escalado assim por Eduardo Batista, acertadamente, com o objetivo de poupar o titular para o Nordestão – não reagiu. Criou pouquíssimas chances claras, uma delas numa cabeçada de Wendel, bem defendida pelo goleiro Murilo, o terceiro goleiro do elenco da Patativa – em outros tempos, isso seria um mau sinal. Faltando dez minutos, os jogadores alvinegros diziam entre si “acabou, acabou!”.
Restava, então segurar o placar, sem espaço para vacilos, como no último jogo em casa, contra o Náutico. Travando bem o jogo, com muita raça, o Central venceu por 1 x 0, tirou a invencibilidade do Leão e manteve a vice-liderança no hexagonal do Estadual. Mais do que isso, o triunfo retomou a confiança de uma torcida ansiosa, fiel.
O Corinthians receberá R$ 30 milhões da Caixa Econômica Federal, em 2015, para estampar a marca do banco no peito do seu uniforme. É o chamado “patrocínio master”, comum nos grandes clubes do país. No entanto, nem todos os times conseguem encontrar investidores com facilidade… e o jeito acaba sendo submeter o padrão a sugestões incomuns.
Botafogo e Rio Claro abusaram neste domingo. No clássico carioca contra o Fla, a Estrela Solitária estampou o preço de um celular! Por R$ 179, seria possível comprar o aparelho na “liquidação maluca da Casa & Vídeo”. Tudo isso presente na camisa. O mesmo Fogão, em 2014, estampou a polêmica Telexfree, acusada de pirâmide financeira (veja aqui).
E o que dizer do Rio Claro, recebendo o São Paulo no Paulistão? No calção, na parte de trás, o clube do interior colocou o logotipo do grupo de humor Portas dos fundos. Mais objetivo, impossível. Pelo fator bizarro, o marketing funcionou nos dois casos, gerando algum dinheiro aos dois clubes. Também ficou provado que tem quem se submeta a qualquer coisa por dinheiro.
Qual foi a marca mais “incomum” já estampada na camisa oficial seu clube?
Surpreendeu o anúncio do Santa Cruz de que 2 mil ingressos promocionais do Todos com a Nota poderiam ser reservados por torcedores do Náutico. Foi a primeira vez que o visitante em um clássico teve direito a isso, através de uma reserva mista. Nas redes sociais, alguns corais se queixaram da decisão, sobretudo porque no Clássico das Emoções na Série B de 2014, com o Tricolor num momento melhor, o Timbu não cedeu mais bilhetes (pagos) à torcida adversária. Rivalidade à parte, a ideia do Santa teve o claro objetivo de gerar uma arrecadação maior. Ao menos nos clássicos.
Explica-se: os grandes clubes da capital não vêm conseguindo trocar todos os ingressos disponíveis do TCN. Longe disso. E a verba só é paga pelo governo do estado em caso de reserva (“troca”), através dos portadores de cartões magnéticos do programa residentes na região metropolitana (hoje, existem 420 mil). Até o clássico entre tricolores e alvirrubros, no returno do hexagonal estadual de 2015, foram realizadas oito partidas tendo Náutico, Santa ou Sport como mandantes.
Neste contexto, foram disponibilizados 84 mil bilhetes promocionais – já considerando as cargas do TCN na Arena (15 mil nos clássicos e 10 mil contra intermediários), Arruda (10 mil nos clássicos e 8 mil contra intermediários) e Ilha (8 mil). Apenas 36.895 foram reservados, o que corresponde a 43,92%. Calculando os ingressos promocionais que sobraram (variando de R$ 7,5 a 25, dependendo do jogo), o trio deixou de arrecadar R$ 918.119, ou cerca de R$ 114 mil a cada partida. Nota-se que a gentileza foi bem fundamentada…
Considerando que a sua torcida não esgote a carga máxima do TCN, o que você acha do repasse de ingressos ao rival num clássico? Comente.
Ingressos reservados no TCN
6.361 – Santa Cruz 0 x 3 Sport
3.519 – Náutico 0 x 0 Salgueiro
7.974 – Sport 1 x 0 Náutico
1.540 – Náutico 4 x 0 Serra Talhada
4.139 – Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro
5.482 – Sport 4 x 2 Serra Talhada
2.547 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz
5.333 – Sport 1 x 0 Central
Entre 2007 e 2012, projetos grandiosos voltados para o esporte foram lançados na capital de Pernambuco. Os investimentos viriam tanto da esfera pública quanto da iniciativa privada. Na verdade, houve até acerto público-privado. Três novos estádios, no Padrão Fifa, um moderníssimo centro de esportes, incluindo atletismo e natação, dois ginásios poliesportivos de última geração e até um novo bairro na cidade. Somados, esses projetos estão avaliados em R$ 2,96 bilhões. Boa parte deste montante deveria ter sido aplicado até este ano. Porém, todos os prazos de execução das obras expiraram. Sem resultado.
As arenas de Náutico, Santa Cruz e Sport não saíram, o Santos Dumont segue abandonado, o Geraldão está com as obras paradas e a Cidade da Copa é apenas um pedaço de papel na mesa. Na prática, dos modelos projetados em 3D tornaram-se realidade apenas a Arena Pernambuco (ao custo de R$ 532 milhões, fora o imenso aditivo – não revelado – para a sua conclusão), que é apenas uma parte da Cidade da Copa, além de parte da reforma do tradicional ginásio na Imbiribeira (R$ 19,2 milhões).
Casos as ideias e/ou promessas tivessem sido cumpridas, o Recife teria, hoje, capacidade estrutural para organizar, sozinho, uma Copa das Confederações de futebol e, praticamente, uma edição dos Jogos Pan-Americanos. Uma “potência esportiva”, ao menos no campo da fantasia…
Cidade da Copa
Lançamento: 15/01/2009
Custo: R$ 1,59 bilhão (4 módulos)
Prazo original de conclusão (1º módulo): 2014
A Cidade da Copa foi apresentada pelo governador do estado, Eduardo Campos, no início de 2009. Um projeto bilionário a 19 quilômetros do Marco Zero, às margens da BR-408. Além da Arena Pernambuco, que eventualmente saiu do papel, um novo bairro, com até 40 mil habitantes, estava planejado. O projeto recebeu inúmeros elogios da Fifa, como um verdadeiro “legado”. Essa nova centralidade urbana, com centro comercial, hotéis, escolas e órgãos públicos seria construída em quatro etapas: 2014, 2015-2019, 2020-2024 e 2025. O primeiro módulo (abaixo) teria uma Arena Indoor (15 mil lugares), um centro de convenções (9.500 m²), um hotel com 300 quartos, campus educacional e o Centro de Comando e Controle Integrado. Basta passar na área para saber que apenas o estádio corta o horizonte verde. O interesse do empresariado esfriou e hoje não há prazo prático para que a Cidade da Copa realmente saia do papel.
Ginásio Geraldão
Lançamento: setembro de 2012
Custo: R$ 45,7 milhões (no lançamento seriam R$ 40 milhões)
Prazo original de conclusão: julho de 2014
Ainda na gestão de João da Costa, a Prefeitura do Recife anunciou “a primeira reforma estrutural no ginásio, após 40 anos de sua fundação”. Fundado em 1970, o Ginásio Geraldo Magalhães passaria por uma reforma completa, com recuperação estrutural, climatização do espaço para 10 mil espectadores, adequação da quadra poliesportiva aos padrões internacionais e novo placar eletrônico, além de um novo alojamento para 160 pessoas e sala de imprensa, possibilitando ao empreendimento torneios de grande porte, como ocorreu em 2002, na Liga Mundial de Vôlei. O prazo original para finalizar a reforma – publicado na licitação oficial – expirou há sete meses, mas apenas 42% dos trabalhos previstos foram executados (gasto de R$ 19,2 mi). Após uma viagem a Brasília, o atual prefeito da capital, Geraldo Júlio, recebeu uma sinalização positiva do Ministério do Esporte para mais recursos. Faltam R$ 26,5 milhões.
Centro Esportivo Santos Dumont
Lançamento: agosto de 2012
Custo: R$ 84,9 milhões
Prazo original de conclusão: primeiro semestre de 2014
O guia oficial de treinamento Pré-Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, enumera 176 pontos no país para a preparação das delegações internacionais. Apenas um em Pernambuco. Inaugurado em 1975, o Centro de Esportes e Lazer Alberto Santos Dumont reúne inúmeras modalidades. No papel, é o representante local na Olimpíada. Contudo, o estado de abandono é inacreditável, com equipamentos quebrados, sujos, sem manutenção. Utilizado por 2.500 pessoas, o empreendimento em Boa Viagem – com pista de atletismo, piscina olímpica e quadras – sobrevive com reformas paliativas. A grande promessa veio há três anos, com um orçamento de R$ 84.994.736 para a requalificação física e estrutural, através do decreto 38.395 no Diário Oficial do Estado. Na divisão, 65,32% do governo do estado e 34,68% do Ministério do Esporte. Pois bem, a obra visando os Jogos sequer começou.
Arena Coral
Lançamento: 28/06/2007
Custo: R$ 190 milhões
Prazo original de conclusão: 2014
Era o grande projeto do Santa Cruz. Emplacar uma reforma completa no Arruda para colocar o estádio na Copa do Mundo de 2014. O tamanho (60 mil lugares) já era suficiente, mas a ideia contemplava uma ampliação, para receber até 68,5 mil pessoas, podendo se candidatar a palco de uma semifinal do Mundial. A “Arena Coral”, apresentada pelo mandatário do clube em 2007, Edson Nogueira, foi uma alternativa à Arena Recife-Olinda, apresentada numa parceria entre governo do estado e prefeitura de Olinda. O custo de R$ 190 milhões – ou R$ 145 milhões a menos que o concorrente, que sairia do zero – seria dividido entre reforma (R$ 150 mi) e construção de prédio de serviço, sede e estacionamento (R$ 40 mi). “O melhor é que o clube não vai precisar gastar nada. Todo o dinheiro virá da iniciativa privada. Hoje já temos contatos com quatro investidores interessados no projeto”, garantiu David Fratel, diretor da Engipar, a empresa paulista que firmou a parceria com o Tricolor, responsável pela captação de recursos. Os recursos não foram captados. Nem mesmo no relançamento, já com o presidente Antônio Luiz Neto, em março de 2012.
Arena Timbu
Lançamento: 18/11/2009
Custo: R$ 300 milhões
Prazo original de conclusão: 2014
A direção do Náutico anunciou a ideia de construir um novo estádio em 2007. Na época, outros dois projetos já tinham sido lançados. A Arena Coral, do Santa, e a Arena Recife-Olinda, em Salgadinho, o primeiro projeto pernambucano para o Mundial de 2014. Dois anos depois, o Timbu remodelou sua ideia e a apresentou ao então prefeito, João da Costa. Com capacidade para 30 mil pessoas, o projeto seguia os traços modernos dos novos estádios, já contendo um capítulo explicando detalhes de uma ampliação até 42 mil lugares. Localizado entre a rodovia BR-101 e a Avenida Recife, no Engenho Uchôa, o estádio seria operado durante 30 anos pelo consórcio envolvendo Camargo Corrêa, Conic Souza e Patrimonial Investimentos. O estádio, que não chegou a conseguir a autorização da PCR, foi deixado de lado quando o clube começou a negociar a assinatura de contrato para mandar seus jogos na Arena Pernambuco, o que acabou se concretizando em 17 de outubro de 2011. Arena Timbu abortada.
Arena Sport
Lançamento: 17/03/2011
Custo: R$ 750 milhões (no lançamento seriam R$ 400 milhões)
Prazo original de conclusão: 2015
À parte do estádio erguido em São Lourenço da Mata, o Sport sempre articulou a sua própria arena, no lugar da Ilha do Retiro. O plano era demolir o clube inteiro para erguer um estádio multiuso, um shopping center, dois empresariais e um hotel era a ideia. No entanto, a direção leonina não esperava tantas barreiras burocráticas junto à Prefeitura do Recife. A principal autorização, dada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), só viria em dezembro de 2013 – essa demora resultou numa mudança completa na arena, saindo da DDB/Aedas e para o escritório Pontual Arquitetos, cujo projeto foi revelado em março de 2012. Ainda assim, era preciso regularizar outros documentos. Quando tudo para iniciar a obra ficou ok, o investidor anunciado, a Engevix, acabou não entrando mais em contato com o clube. À procura de outro megainvestidor, o clube acredita que pode começar a construção já em agosto. Considerando este prazo, mesmo sem garantia, a arena ficaria pronta no mínimo em 2019.
O Santa Cruz segue à frente do Sport no campeonato das multidões, 17 mil x 10 mil. A verdade é que apelido serve apenas para esta disputa particular, pois o campeonato estadual em si é um dos mais fracos em presença de público na era do futebol subsidiado pelo governo do estado, desde 1998. A média geral é de 3.274 pessoas. O índice do Náutico, para se ter uma ideia, não passa de 4,2 mil torcedores. E o que dizer do hexagonal do rebaixamento? A 5ª rodada desta fase teve apenas 1.924 torcedores computados (média de 641). Vimos os estádios vazios de sempre, mas ao menos desta vez o Todos com a Nota parece estar sendo contabilizado corretamente. Sem fantasmas.
Voltando às duas principais correntes de público do Pernambucano de 2015, abaixo das últimas edições, a diferença na média entre corais e leoninos é de 6.207 pessoas. Caso se classifiquem, cada time fará sete jogos como mandante. A conferir. Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 85 jogos com portões abertos chegou a R$ 2,93 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Portanto, a federação já abocanhou R$ 234.685.
Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.
1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda)
Total: 34.135 pessoas
Média: 17.067
Taxa de ocupação: 28,4%
Renda: R$ 577.447
Média: R$ 288.723
Presença contra intermediários (1): T: 9.992 / M: 9.992
2º) Sport (3 jogos como mandante, 1 na Arena e 2 na Ilha)
Total: 32.581 pessoas
Média: 10.860
Taxa de ocupação: 29,04%
Renda: R$ 547.022
Média: R$ 182.340
Presença contra intermediários (2):T: 19.062 / M: 9.531
3º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 12.834 pessoas
Média: 6.417
Taxa de ocupação: 64,71%
Renda: R$ 95.095
Média: R$ 47.547
4º) Central (10 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 46.819 pessoas
Média: 4.681
Taxa de ocupação: 24,0%
Renda: R$ 406.895
Média: R$ 40.689
5º) Náutico (3 jogos como mandante, na Arena)
Total: 12.636 pessoas
Média: 4.212
Taxa de ocupação: 9,11%
Renda: R$ 247.325
Média: R$ 82.441
Presença contra intermediários (2): T: 8.010 / M: 4.005
6º) Serra Talhada (9 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 33.842 pessoas
Média: 3.760
Taxa de ocupação: 75,20%
Renda: R$ 254.426
Média: R$ 28.269
As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).
Geral – 85 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)*
Público total: 278.373
Média: 3.274 pessoas
TCN: 218.971 (78,66% da torcida)
Média: 2.576 bilhetes
Arrecadação: R$ 2.933.565
Média: R$ 34.512 * Foram realizadas 86 partidas, mas um jogo ocorreu de portões fechados.
Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 122.618
Média: 8.174 pessoas
TCN: 73.783 (60,17% da torcida)
Média: 4.918 bilhetes
Arrecadação total: R$ 1.733.844
Média: R$ 115.589
A 5ª rodada do hexagonal do título passou em branco em relação às penalidades marcadas e cartões vermelhos distribuídos. Assim, os rankings dos pênaltis e cartões do Campeonato Pernambucano de 2015 permaneceram inalterados os dados. Confira os rankings de pênaltis e cartões atualizados após 15 jogos.
Pênaltis a favor (3)
2 pênaltis – Sport
1 pênalti – Salgueiro
Sem penalidade: Náutico, Santa Cruz, Central e Serra Talhada
Salgueiro desperdiçou um pênalti Sport evitou uma penalidade
Pênaltis cometidos (3)
1 pênalti – Santa Cruz, Sport e Serra Talhada
Sem penalidade, Náutico, Central e Salgueiro
Cartões vermelhos (4)
1º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
2º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
Nenhum cartão: Náutico, Central e Serra Talhada