Impacto profundo

Copa do Mundo de 2014

O Ministério do Esporte encomendou um detalhado estudo sobre o impacto econômico da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Antes, já existia a expectativa de que o país chegará até lá com a 5ª maior economia do planeta.

Abaixo, alguns dados do novo estudo, que aponta um crescimento relativo no país superior aos últimos quatro Mundiais: 1998 (França), 2002 (Coreia do Sul/Japão), 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul).

R$ 183 bilhões. Esse deverá ser o valor total de recursos investidos e gerados no país (antes e durante a competição), de forma direta ou indireta. 😯

Para calcular esse montante, foi colocado tudo na mesa, da matéria-prima de todas as obras ao consumo da população, passando por novos empregos e tributos ao país.

R$ 33 bilhões, o investimento em infraestrutura (estradas, aeroportos etc). Deste total, 78% será bancado pelo setor público.

710 mil novos empregos, sendo 330 mil permanentes.

3,1 milhões de turistas nacionais.

600 mil turistas estrangeiros.

Os números são animadores. Mas está na hora de sair algo do papel.

Impacto profundo… Ainda que virtual.

2014, no papel // 2022, construído

Jornal da Câmara dos DeputadosResquício da breve passagem em Brasília. Mas não menos importante.

Na visita ao Congresso Nacional, peguei um exemplar do Jornal da Câmara, que informa o movimento da casa. Quase todo…

Na capa da edição desta semana (que vence justamente nesta sexta-feira), a notícia de que metade (repito: metade) dos estádios da Copa do Mundo de 2014 vão atrasar novamente o início das obras.

A Fifa perdeu a paciência e cravou o dia 3 de maio como último prazo para o início. As 12 subsedes (com projetos revistos, licitações arrastadas etc) correm para aliviar a data.

Em Pernambuco, a Comissão da Copa quer uma semana de crédito, até 10 de maio.

A reportagem, cuja fonte é o presidente da subcomissão que fiscaliza a organização do Mundial, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), não cita quais são os estádios. Por que…?!

Mas a matéria do Jornal da Câmara dá algumas dicas:

Vão começar em 3 de maio: Amazonas e Mato Grosso.
Vão atrasar: São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Abaixo, um vídeo com os estádios que poderão ser utilizados pelos Estados Unidos, que concorrem para sediar a Copa do Mundo (2018 ou 2022). Detalhe: todas as arenas já estão prontas e têm capacidade acima de 60 mil pessoas. Sem mais! A decisão da Fifa sobre as duas sedes será anunciada em dezembro deste ano.

Robston reescreve a história coral

Robston, atacante do Atlético-GOCarlos Robston Ludgero Júnior.

Ou simplesmente Robston.

Meia de 28 anos. Nasceu na cidade-satélite do Gama, no Distrito Federal. Ele começou a sua carreira no time do Gama, diga-se.

E nem tão cedo os torcedores do Santa Cruz vão esquecer este nome incomum.

O jogador praticamente definiu o confronto das oitavas de final a favor do Atlético-GO.

No Arruda, comandou a virada por 2 x 1, marcando dois gols. Na noite desta quinta-feira, abriu o placar aos 29 minutos do 2º tempo.

Ali, cobrando uma falta do meio da rua, Robston praticamente selou o destino coral em Goiânia.

Com apenas 4.805 torcedores no Serra Dourada (o time goiano será mais um clube sem torcida na Série A), o Santa foi eliminado pela 7ª vez nas oitavas de final da Copa do Brasil. No fim, o Dragão ainda ampliou para 2 x 0. Lá e lô.

A classificação às quartas de final ainda continua sendo uma barreira para o clube pernambucano. Desta vez, com um “culpado”: Robston.

De certa forma, porém, Robston reescreveu a história da Copa do Brasil. Com a classificação do clube goiano, a Copa do Brasil terá apenas times da Série A entre os 8 melhores. A última vez havia sido em 2000.

Se na Copa do Brasil a história não pôde ter um novo capítulo, a Cobra Coral volta voando para o Recife para mirar o Timbu. O Pernambucano ainda é um livro aberto.

Rádio desvenda segredo coral

RadialistaJogo secreto em Goiânia.

O único das oitavas de final que não será transmitido pela TV para nehuma cidade.

Uma noite de mistério visual.

Qualquer informação, só via rádio. Só confabulando com a imaginação.

Certamente, uma partida repleta de lances espetaculares, mesmo que a bola ainda esteja no centro o gramado! O chute mais perigoso de todos, ainda que a bola tenha saído torta, sem tanta vontade assim…

A emoção via locução. Via bordões.

Um jogo para matar o torcedor. A ansiedade de esperar aqueles dois ou três segundos até o grito que desvenda o lance: “GOOOOL!” ou “UHHHHH!”.

Assim será a saga coral na Copa do Brasil. A última cruzada pernambucana em 2010, diga-se. É o Santinha.

Atlético-GO x Santa Cruz, direto do Serra Dourada. Mas não na sua TV.

A partir das 21h, hora de voltar no tempo. Até a Era de Ouro das rádios. Os vozeirões, pela AM ou FM, comandam as jogadas de Jackson, Brasão e companhia.

Se o Tricolor conseguir o feito inédito de avançar até as quartas de final do mata-mata, novamente fora de casa e mais uma vez revertendo uma derrota no Arruda, sintonize bem no velho “radinho”. A emoção está lá.

50 anos, 3 poderes, 1 lixeira e 70.000 lugares

BrasíliaA capital do Brasil completa 50 anos nesta quarta-feira. Cinquentenário do planejamento.

Em 21 de abril de 1960, Brasília “saía” do papel. Completamente planejada. Hoje, com mais de 2 milhões de habitantes, a cidade já enfrenta alguns empecilhos de uma metrópole.

Mas estive lá no último fim de semana e pude ver de perto que Brasília ainda segue aquela cartilha imaginada por Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa, e “bancada” pelo presidente Juscelino Kubitschek.

Hoje, uma cidade “cristalina”, com gente de todo os cantos do país. Todos os sotaques. Uma cidade onde quase 60% da população é concursada, com uma renda per capita de R$ 40 mil. Número altíssimo.

Na Praça dos Três Poderes, o foco político do país. Na foto ao lado, a única lixeira que eu vi na frente do Congresso (talvez fosse mais interessante ter uma lixeira grande lá dentro também).

Em 2014, a capita federal será uma das 12 subsedes do Mundial. O velho estádio Mané Garrincha vai dar lugar ao Estádio Nacional, com 70 mil lugares. Será o primeiro estádio brasileiro com a denominação “Nacional”. Um estádio com a beleza da cidade.

Abaixo, um vídeo sobre a candidatura da cidade para a Copa do Mundo de 2014.

Parabéns, Brasília! Parabéns, “BSB”!

Sai Sport. Entra Central

Rooney, do Manchester UnitedNão… O post não tem relação alguma com o Pernambucano de 2010.

Leão e Patativa ainda vão começar a decidir uma vaga na final do Estadual.

O confronto começa no domingo, diante de 15 mil pessoas no Lacerdão.

Fora dos limites de Pernambuco, porém, os dois clubes podem estar relacionados numa mudança interessante no Campeonato do Nordeste.

Produtiva para os dois lados, diga-se!

Com a desistência oficial do Sport, que não aceitou a segunda proposta feita pela Liga do Nordeste, a 3ª vaga do estado no regional poderá ser ocupada justamente pelo Central!

Enquanto o mandatário leonino, Silvio Guimarães, dizia ao blog nesta terça que a chance do clube disputar a competição era de “0,01%”, o presidente alvinegro, João Tavares, acordou cedo em Caruaru e veio até o Recife para conversar com a diretoria da FPF.

Manter a tabela original com 16 times é o principal objetivo da liga nordestina. Já os 15 times inscritos querem dividir o bolo de R$ 500 mil que ficaria com o Sport e deixar a competição com um time a menos. Assim, o Leão vai focar só a Série B.

Ao Central, a chance de tornar o restante do ano ainda mais efetivo, pois, além da semifinal local, o time jogará novamente a Série D do Brasileiro. À Liga, uma bronca grande com a refugada de um dos seus maiores filiados.

O impasse está na mesa. Telefonemas e mais telefonemas articulando um acordo… O relógio segue na contagem regressiva. O Nordestão deve começar dia 9 de junho.

Sport volta atrás e disputará o regional? Central na jogada? Competição com 15 times? Nordestão adiado para 2010…? Opine!

Post com a colaboração do repórter Rodolfo Bourbon

Esperança é a única que morre

TardelliPreocupa ou não?

Na foto tirada na segunda-feira pelo repórter Lucas Fitipaldi, do DP, o atacante Diego Tardelli, convocado por Dunga para a Seleção Brasileira no ano passado… Jogou 4 vezes lá.

Sentado e demonstrando preocupação com uma lesão.

O atacante que sagrou-se artilheiro do Brasileirão de 2009 com 19 gols, empatado com Adriano.

No primeiro treino do Atlético-MG no CT do Timbu, visando a “decisão” contra o Sport pelas oitavas da Copa do Brasil, uma dor forte no tornozelo esquerdo o tirou do campo.

Susto no Galo. O jogador pode não viver uma ótima fase (o artilheiro do Galo na temporada é o meia Fabiano, com 11 gols), mas é letal.

Tensão no Atlético, confiança no Sport, ok? Nem tanto. O torcedor rubro-negro Luciano Bushatsky enviou um e-mail para o blog com o temor de passar de fase… Confesso que achei curioso. Ele alega que o Leão pode sentir o peso de enfrentar o Santos nas quartas de final ao mesmo tempo de uma possível final do Estadual.

“Será que o Sport, em plena final do Pernambucano, conseguirá se reabilitar de uma goleada a tempo de enfrentar nova decisão? Ou alguém acredita piamente que César, Igor e Tobi, serão capazes de parar Neymar e Robinho? Eu não acredito.”

Respeito a opinião dele, mas prefiro acreditar na campanha “Ilha em Chamas”, com o objetivo de deixar o estádio como no vídeo abaixo. Futebol é no campo. Não existe “se”. Existe, sim, esperança, Bushatsky… É o papel da torcida.

É exatamente nessa esperança se agarra a massa do Galo, torcendo pela recuperação de Diego Tardelli. Certamente, 99,99% da torcida do Sport acredita na “Ilha em Chamas” contra qualquer adversário. Por mais surreal que seja.

Em tempo: o Santos marcou 56 gols nos últimos 11 jogos. Tenso.

Meio século sem futebol candango

Gama x Brasiliense

Brasília – A capital federal completará 50 anos na próxima quarta-feira (21 de abril). Pela primeira vez, estou conhecendo a cidade projetada. A metrópole projetada. De fato, ruas largas, acessos por todos os lados e quase nenhum semáforo.

Mas é produtivo falar um pouco de esportes nessa folguinha de leve aqui… 😎 Mesmo “livre”, foi possível constatar a força da torcida do Flamengo em Brasília. No voo saindo do Recife a dica já havia sido dada. Dois torcedores com a camisa do Rubro-negro carioca no lotado voo da TAM.

Chegando aqui (“BSB”), camisas por todos lados. Táxi, restaurantes, ruas etc. Ok, isso era até obvio para a maior torcida do país. Mas também existe uma explicação. Estou hospedado na casa de um pernambucano torcedor do Timbu que cravou: “Aqui não tem outra opção sobre 1987. O Flamengo é hexacampeao brasileiro e pronto”.

Enquanto isso, nenhuma camisa de Brasiliense, Gama e muito menos do semiamador Brasília, eliminado pelo Leão na primeira fase da Copa do Brasil desta temporada. E olhe que que o Gama foi campeão da Serie B de 1998, enquanto o rival Brasiliense ganhou a Segundona de 2004.

Mesmo assim, não conseguiram formar a base de uma torcida fiel. E assim complica!

Numa análise rápida: Brasília deverá chegar aos 60 anos com a massa flamenguista. Quem sabe até aos 70 anos também…

Abaixo, um vídeo de Moby, a atração da cidade na noite deste sábado.

Atualização às 18h30 de 18/04: Brasília está de luto com o título carioca do Botafogo, sobre o Flamengo. O tetra não veio.

Foto: Correio Braziliense

Nome e sobrenome do título de 1987: Hugo Napoleão

Brasília

Causo de 1987. Abaixo, a história secreta do título brasileiro do Sport, revelada com exclusividade ao blog por Homero Lacerda. O arquivo empoeirado da briga infindável.

Em 15 de janeiro de 1988 foi realizado o histórico Conselho Arbitral do Brasileirão de 1987. Na pauta, a votação para modificar o formato da competição, excluindo o cruzamento dos Módulos Verde e Amarelo.

Dos 32 clubes, 29 mandaram representantes. Na votação, 24 x 5 a favor da proposta de Márcio Braga, presidente do Flamengo, que queria homologar o seu título da Copa União. Apenas Sport, Guarani, Náutico, Fluminense e Vasco votaram contra.

Apesar disso, a eleição favoreceu o Sport, já que apenas a unanimidade dos participantes poderia mudar o regulamento, baseado no artigo 5º da Resolução nº 16/86 do extinto (em 1993) Conselho Nacional de Desportos.

Na articulação do Clube dos 13, porém, o contragolpe estava pronto. O presidente do CND, Manoel Tubino, enviaria uma retificação na resolução da entidade ao ministro da Educação, Hugo Napoleão, cuja pasta englobava o órgão.

Uma assinatura do ministro piauiense, tirando a necesidade de unanimidade na votação, e a vaca iria para o brejo, como diz o próprio Homero Lacerda.

Na Ilha do Retiro, todos foram pegos de surpresa. A cavalaria dos adversários avançou com força pelos flancos diante de uma barreira frágil.

Daí, a correria pernambucana nessa guerra campal. Nos bastidores, na verdade. Ou arrumava uma solução rápida ou, então, fim do pleito. Fim do sonho.

De cara, era preciso marcar um encontro com o ministro, em Brasília. Dissuadi-lo da ideia. Mas a assessoria do ministério alegou que o titular da Educação não poderia receber mais ninguém pelos próximos 30 dias. A sua pauta estava lotada.

“Eu estava perdido lá Brasília”, lembra Homero, que viajou mesmo sem direção. Sem eira nem beira, o então mandatário leonino já aguardava o desfecho. Com a assinatura que estava por vir. A decisão seria irrevogável.

Perdendo cada vez mais terreno, Homero contatou o senador Marco Maciel. O tricolor Marco Maciel. Solidário com a causa rubro-negra (e pernambucana), o político costurou o encontro em Brasília.

Maciel conversou bastante com Napoleão, seu colega de longa data no Senado, e que só havia deixado a cadeira após ser nomeado ministro pelo presidente José Sarney.

Encontro marcado.

Depois do agendamento, o perdido Homero achou até o elevador privativo do ministro para chegar ao seu gabinete. Havia pressa naquele agitado dirigente. Ao lado dele, o paciente Marco Maciel, profundo conhecedor das entranhas da capital federal.

Esguio e com a linguagem sempre pausada, o senador pernambucano se aproximou da mesa do ministro. E lá estava o documento na mesa… Venal.

Maciel olhou diretamente para o interlocutor e começou a argumentar sobre o peso daquela mudança, que rasgaria todo o regulamento. Ao mesmo tempo em que usava a sua oratória em tom baixo, ele colocou a mão na mesa, exatamente em cima da ata.

Foi arrastando levemente o papel pela mesa, com um sorriso aberto… Sarcástico.

“Não tem a mínima necessidade de assinar isso aqui, ministro…”

Napoleão também abriu um sorriso, evasivo. O recado já estava dado. Mesmo assim, a assinatura “Hugo Napoleão” naquele documento de poucas páginas seria o fim.

Mas o ministro não assinou.

Hugo Napoleão ponderou e optou por ficar à parte do processo e manteve o artigo 5º da Resolução nº 16/86. Manteve a necessidade de unanimidade.

O ato referendou a decisão do Conselho Arbitral. A favor do Sport.

Enquanto Homero Lacerda vibrava no sala, Maciel e Napoleão já davam continuidade à vida pública, com um rápido bate-papo sobre projetos e votações na Casa.

Práticos.

Munido de uma garantia essencial no processo pela manutenção da disputa original do Campeonato Brasileiro, Homero voltou ao Recife.

Fortaleceu o elenco e a torcida. A disputa da Série A estava aberta. O quadrangular final seria realizado. O troféu de campeão era um sonho possível!

E o título veio. Contra tudo e contra todos.

Mas a briga estava apenas começando. Aquele dirigente, então com 39 anos, não fazia ideia da luta homérica (com o perdão do trocadilho) que teria que enfrentar.

Já são 23 anos de batalha. Mais de 8 mil dias. Mas um deles foi o Dia D… Aconteceu na surdina, naquela saleta em Brasília. Quem garante é o próprio Homero.

“Ali eu senti que o Sport perderia a chance de ser campeão brasileiro. Eu tremi.”

Mas ele não assinou, Homero…

A leitura obrigatória da ata do Clube dos 13, para compreender o passado de 1987

LeituraRedação, tarde de quinta-feira.

A editora de Esportes do Diario de Pernambuco, Roberta Aureliano, atende ao telefone na mais barulhenta das bancadas.

“Cassioooo… Telefone! É um repórter de São Paulo.”

Atendi a ligação. Era um jornalista do Estado de S. Paulo. Ele queria uma ajuda. Um contato com o presidente do Sport, Silvio Guimarães.

Pude ajudá-lo, mas a minha curiosidade foi grande: “Isso tem algo a ver com 1987?”

O repórter riu, consciente de que trata-se de um assunto infindável, e confirmou.

“É sobre a Taça das Bolinhas sim. Ainda está rendendo por causa dessa ata que o Flamengo mostrou. Preciso repercutir com o Sport.”

Por via das dúvidas, perguntei novamente… “É válido repercutir sim, sempre. Mas você leu a ata? Leu toda a ata?”

“Não.”

Uma resposta incrível. Quase uma regra no país nesta quinta-feira durante a repercussão do famoso documento que havia sido especulado desde 1997.

A ata do Clube dos 13 que tem a “assinatura de todos os seus representantes concordando com a divisão do título brasileiro de 1987”. Inclusive com o rabisco de Luciano Bivar, mandatário leonino naquela reunião do C-13 (veja a ata aqui).

A conversa continuou. O repórter se mostrou interessado em ouvir o “outro lado”. Exatamente, pois é assim que a “versão pernambucana” é retratada em grande parte da imprensa. Se mostrou interessado em sair do eterno senso comum sobre o tema.

Eu disse ao repórter que antes de repercutir seria bom ler a ata completa. Não toma tempo algum. São apenas três páginas. Eu li… Duas vezes.

Para mim, a interpretação sobre a “assinatura do Sport” chega a ser inacreditável. Está expresso de forma claríssima no documento.

Um trecho da ata após a colocação do então presidente do Fla, Kléber Leite, que condicionou a entrada do Leão no Clube dos 13 à divisão do título: “o presidente do Sport manifestou surpresa com a colocação agora feita e que em nenhum momento teria sido condicionado o seu ingresso no Clube dos 13 ao reconhecimento do direito ora invocado pelo Flamengo. (…) e disse que não podia submeter-se à exigência”.

Em seguida, é dito que foi encaminhado um ofício à CBF com a opinião unânime do Clube dos 13. Daí, o entendimento de que o Sport teria concordado. No entanto, a 3ª folha da ata registra o último episódio da reunião, que foi a votação para a entrada de três novos membros. Novamente com a unanimidade dos votos do Clube dos 13.

Dos fundadores do Clube dos 13, diga-se. Alcunha que não cabe a Sport, Goiás e Coritiba, que entraram no bolo naquele 9 de junho de 1997.

O repórter paulista ouviu atentamente isso tudo e disse: “Interessante e coerente”. Agradeceu sobre o contato e pelas informações do Brasileirão de 1987. Não sei como ele vai pautar a sua reportagem para esta sexta no Estadao. Mas pelo menos teve a chance de se dar conta que ler a ata seria importante.

O post foi longo…? Foi. Mas você leu tudo? Caso a resposta seja “não”, fica difícil repercutir. Como sempre.