A volta do Ranking dos Pênaltis

Lecheva perde o pênalti na final do Pernambucano de 2006. Foto: Diario de Pernambuco

Foi ou não foi pênalti? O time de Fulano foi prejudicado, enquanto o de Cicrado foi beneficiado? Haja confusão na hora da penalidade. Por isso, desde 2009 o blog acompanha rodada a rodada todos os pênaltis marcados no Pernambucano.

Com o formato de turno e returno, em 2011 será mantido o modelo de 22 rodadas e 132 jogos na primeira fase. Em 2009 foram 48 pênaltis marcados (2,18 por rodada). O número subiu para 70 no ano passado (3,18). Nas duas edições do Estadual, o Náutico teve mais penalidades a favor, com 7 em 2009 e 11 em 2010.

O ranking também contabiliza quem mais cometeu infrações na grande área. Em 2009, o Ypiranga fez 11! A marca foi superada na temporada passada pelo Porto, com 12.

Confira todos os dados dos rankings dos campeonatos de 2009 e 2010.

Como bônus, o ranking também mostra quantos cartões vermelhos foram aplicados nos jogos de Sport, Náutico e Santa Cruz. Quem terá mais adversários expulsos?

Em 2009, o Sport viu 13 jogadores adversários com cartão vermelho. Ano passado, Santa e Náutico ficaram em vantagem, com 11 expulsões dos rivais.

Na foto, Lecheva desperdiça a sua cobrança na disputa de pênaltis na final de 2006. Essa cobrança não conta. Porém, o desfecho resultou no início do penta do Sport.

O preço da dependência

Dinheiro

Entre 1998 e 2010, nada menos que 12 edições do campeonato pernambucano foram subsidiadas pelo governo do estado, sempre com a compra de ingressos.

Apenas o torneio de 2007 ficou de fora, por causa da transição do Futebol Solidário para o Todos com a Nota. Saiba mais sobre a questão política dos programas AQUI.

Agora, os números de toda essa ajuda estatal apenas no Pernambucano da 1ª divisão. De acordo com o levantamento feito pelo blog, já foram repassados para os cofres dos nossos clubes desde então a bagatela de R$ 30.475.000.

PernambucoA resposta na arquibancada, é verdade, sempre foi forte, visível. Desde 1990, quando a Federação Pernambucana de Futebol passou a listar as médias de público do Estadual, 12.781.680 torcedores passaram pelas catracas em 2.538 jogos.

O público subsidiado corresponde a 66,1% de todos os bilhetes nos últimos 21 anos, com quase 8,5 milhões de torcedores e média de 6.186. Bem superior às 3.695 pessoas por jogo nas edições sem promoção, incluindo o torneio de 2007.

Para 2011, o governo deverá investir R$ 5.830.000 no Pernambucano. A verba etatal corresponde a 55% de toda a receita dos clubes. Algo considerável. Só resta saber até quando o estado vai incluir o futebol em seu orçamento anual.

Leia a reportagem do Diario de Pernambuco sobre a dependência dos clubes em relação aos programas governamentais clicando AQUI.

Ficaram babando

Charge de Samuca/Diario de Pernambuco

O chargista Samuca, do Diario de Pernambuco, mandou essa para o blog.

A presença de Viviane Araújo com a camisa de três times intermediários do estado nesta semana deixou os grandes do Recife no chinelo em relação ao marketing.

Em breve, Sport, Náutico e Santa vão lançar os uniformes oficiais de 2011, de fato. Que preparem uma festa pelo menos no mesmo nível…

Pela superstição, o fim

Blog do Santinha

Um dos blogs mais conhecidos do estado chegou ao fim.

O Blog do Santinha, com uma audiência impressionante, anunciou o seu fim nesta quinta-feira, em um post assinado por toda a redação (veja AQUI).

O motivo é surreal, mas é verdadeiro.

Criado em 2005, o blog acompanhou a derrocada do Santa Cruz. É claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Para os supersticiosos, tem tudo a ver.

Trecho do post derradeiro:

Desde que criamos este Blog, em 2005, a audiência só aumenta, o número de comentários só triplica, mas o clube, o nosso amado Santa Cruz, só apanha. Encontramos o clube campeão estadual, subimos para a Série A, mas agora amargamos a Série D.

Temos dado azar ao clube, dentro e fora das quatro linhas. Se tivéssemos indicado Fernando Bezerra Coelho para o Ministério da Integração, ele estaria em Suape até hoje. Quando nos derramamos em louvores a um jovem craque como Léo, a quizila se abate sobre o jovem, que vive contundido.

O blog vai sair do ar no dia da abertura do Estadual, em 13 de janeiro de 2011.

Será que a Cobra Coral vai provar que eles estavam certos…?

Pernambucano fora de sintonia

Televisão fora do ar

Quanto vale a transmissão ao vivo na televisão do Campeonato Pernambucano?

Antes da resposta, um pouco de história. Antigamente, apenas jogos esporádicos do Estadual eram exibidos na TV. Negociações rápidas, valores enxutos.

Em 1995, por exemplo, apenas o segundo jogo da final entre alvirrubros e tricolores foi transmitido para o Recife, na Rede Globo. O anúncio da partida foi no mesmo dia.

Em 1996, a rodada dupla de abertura da competição na Ilha do Retiro, com Santa Cruz x Central e Sport x Náutico, passou ao vivo para todo o país pela Band.

Em 1997, nenhum joguinho sequer… De fato, o torneio não foi atrativo. Aquele ano marcou a pior média de público do Pernambucano desde 1990, quando a FPF passou a contar os dados, com apenas 2.080 pessoas por jogo.

A guinada começou em 1998, com a primeira venda do Estadual. A Globo pagou R$ 225 mil e repassou os direitos de transmissão ao Sportv, seu canal de TV a cabo.

Muito se fala das cotas do Brasileirão, “injustas”. Eu discordo. Acredito que cada clube tem um potencial de mercado bem distinto. Assim como aconteceu em Pernambuco…

As verbas em 1998 foram divididas em 5 cotas. E olhe que eram apenas 12 clubes!

Grupo 1 – Sport, Santa Cruz e Náutico: R$ 45 mil
Grupo 2 – Central: R$ 20 mil
Grupo 3 – Vitória: R$ 15 mil
Grupo 4 – Porto, Recife, Cabense e Flamengo de Arcoverde: R$ 10 mil
Grupo 5 – Ferroviário de Serra Talhada, 1º de Maio e Petrolândia: R$ 5 mil

Em 1999, o Pernambucano entrou numa nova (velha) era: a TV aberta. O locutor Luciano do Valle comprou os direitos de transmissão por R$ 500 mil, sendo R$ 90 mil para os grandes. Os jogos passavam ao vivo nas noites de segunda-feira, às 20h30, na TV Pernambuco. Os clássicos foram exclusivos no pay-per-view, pelo Sportv.

Com índices de audiência impressionantes, a Globo entrou na parada e comprou o pacote completo (TV aberta e fechada) em 2000, por R$ 850 mil.

A emissora, aliás, acabou negociando os direitos de todas as edições seguintes. Em 2001, com o horário no sábado à tarde, a cifra chegou a R$ 1 milhão.

Em 2010, com dois jogos transmitidos por semana, a cota do trio de ferro saltou para R$ 370 mil, num orçamento total de R$ 1,32 milhão – além de bônus para campeão (R$ 150 mil) e vice (R$ 100 mil). O valor em 2011, com a volta do pay-per-view, será o mesmo, apesar da reclamação dos clubes, com Gustavo Dubeux à frente.

Nota-se que a valorização do certame local sofreu uma freada brusca.

Como estamos em um blog, a divagação é liberada. Portanto, vamos comparar a cota da TV do Pernambucano com a do Brasileirão. Em 1998, o valor do Estadual foi 83 vezes menor que o do Nacional, orçado em R$ 18,67 milhões. Em 2000, ficou 105 vezes menor que a Série A, que já valia R$ 90 milhões. Em 2010, o abismo, com o nosso certame sendo 353 vezes menor que o Brasileiro, já na casa dos R$ 466 milhões…

Será que o nosso produto realmente não tem capacidade de se valorizar?

O contrato atual com a Globo vai até 2014.

Um novo campeão? Quando?

Campeões pernambucanos de 1915 a 2010. Crédito: Campeoesdofutebol.com.br

Um ano marcante no Estadual: 1936.

Esta temporada marcou o último campeão pernambucano inédito.

Com uma campanha arrasadora, o Tramways ganhou a derradeira competição amadora no estado. De forma invicta, com 11 vitórias e 2 empates.

Assim, chegamos a 75 anos sem um novo campeão. Uma lacuna enorme principalmente entre o clubes do interior, que nunca ergueram a taça.

Nesse tempo todo, apenas dois troféus saíram do trio de ferro: 1937, novamente com um invicto Tramways, e em 1944, com o renovado América. Nos últimos 50 anos, no máximo, três vice-campeonatos: 1997 e 1998 com o Porto e em 2007 com o Central.

Envolvidos numa disputa polarizada por causa do hexa, Náutico e Sport despontam com os principais favoritos. Buscando uma ascensão, o Santa Cruz corre por fora.

Mas por fora mesmo estão os oito clubes que nunca conquistaram o Campeonato Pernambucano. Será possível superar o mata-mata da fase final em 2011?

Entre os 8 principais Estaduais desde 2000 (segundo o ranking da CBF), apenas o Pernambucano e o Carioca não tiveram um novo campeão. Confira abaixo.

  • São Paulo (4 clubes grandes) – 2004, São Caetano
  • Rio de Janeiro (4 grandes) – 1933, Bangu
  • Rio Grande do Sul (2 grandes) – 2000, Caxias
  • Minas Gerais (3 grandes) – 2005, Ipatinga
  • Paraná (3 grandes) – 2007, Paranavaí
  • Bahia (2 grandes) – 2006, Colo-Colo
  • Goiás (3 grandes) – 2008, Itumbiara

Veja a lista de campeões e vices do Campeonato Pernambucano clicando AQUI.

Cronograma Cacareco

No dia 13 de janeiro vai começar oficialmente a temporada 2011 do futebol pernambucano. Abaixo, todo o calendário das competições no estado, mês a mês, considerando as categorias profissional e amadora, masculina e feminina.

Ao todo, são nove torneios organizados pela FPF, incluindo o Sub-13.

Apesar de o gráfico da Federação Pernambucana de Futebol ainda informar a abertura da 1ª divisão para o dia 16 deste mês, a data está mesmo confirmada para o dia 13, numa quinta-feira à noite… Afinal, o calendário da entidade não “segue” o da CBF, que liberou apenas 23 datas para o Estadual, contra 26 do nosso.

Para saber mais detalhes sobre o cronograma local das competições, clique AQUI.

Calendário do futebol pernambucano em 2011

Subsídio eterno

Todos com a NotaIngressos trocados por notas fiscais em 2011, sim ou não…?

No ano passado, a campanha do governo estadual foi a responsável pela média de 7 mil torcedores, totalizando um milhão de pessoas no borderô da competição.

Até agora, os clubes seguem negociando.

Os presidentes dos times do interior chegaram a afirmar que não seria possível participar do Estadual de 2011 sem a verba pra lá de extra da campanha “Todos com a Nota”, do governo do estado.

Fato que condiz com uma competição subsidiada desde 1998, ainda na gestão de Miguel Arraes, avô do atual governador, Eduardo Campos. Ambos do PSB.

Quando esteve na poder entre 1999 e 2006, com Jarbas Vasconcelos, o PMDB também implantou um projeto de subsídio ao Estadual, com o “Futebol Solidário”.

Sendo mais claro: seja qual for o partido no poder, o subsídio ao Campeonato Pernambucano vai continuar. O patamar econômico dos nossos clubes não “permite” essa independência… O pires na mão é eterno.

Por isso, toda essa dúvida sobre a execução da promoção em 2011 deve ser encarada apenas com uma negociação. Na prática, haverá a troca por notas fiscais. A decisão saiu ainda em dezembro. Uma agência de publicidade do Recife até já foi contratada para fazer uma peça de divulgação da campanha…

Saiba mais sobre a campanha do TCN clicando AQUI.

*O Estadual de 2007 foi o único sem subsídio, porque não houve tempo hábil para a transição do Futebol Solidário para o Todos com a Nota, que voltou no Brasileiro.

Nome à história

Escultura de barro

O troféu de campeão pernambucano de 2010 é o mais cobiçado dos últimos tempos. Desnecessário dizer que é por causa do “hexa”…

A taça desta temporada, no entanto, ainda não foi confeccionada. A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) ainda não definiu nem a instituição ou personalidade que será homenageada neste ano e nem o artista plástico encarregado de criar a peça.

No ano passado, por exemplo, a taça oficial só foi apresentada quase dois meses depois da abertura do Estadual, em 10 de março. Resta aguardar.

Abaixo, os troféus dos cinco títulos da atual sequência rubro-negra.

2006 – Troféu Diario de Pernambuco
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco

O artista plástico Sérgio Vasconcelos foi o responsável pelas obras de 2006, 2009 e 2010 – em 2007 foi Sávio Araújo. Vasconcelos é torcedor do Sport, mas também confeccionou as taças de 2001 e 2002, conquistadas pelo Náutico.

Curiosidade: em 1989 e 2000 o troféu teve o mesmo nome: Gilberto Freyre.

Alguma ideia para o nome do troféu do Estadual de 2011? Opine!

As ideias das torcidas já começaram a aparecer, como Troféu Luiz Inácio Lula da Silva ou então Troféu Coca-Cola Zero, unindo o patrocinador e o “nível técnico”…

A bola do hexa. Do novo ou do velho?

Bola da Penalty

A bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2011 será da marca Penalty.

Será o 4º ano seguido com a mesma fornecedora (veja AQUI). Antes, era Dray.

A “Bola 8” da Penalty é feita com oito gomos, para diminuir o atrito com o ar. Os gomos são termo-fundidos, fazendo com que o produto tenha 0% de absorção de água.

Com essa explicação técnica, o peso da bola permanece inalterado em qualquer situação. A tecnologia foi batizada pela Penalty de “Termotec”. A marca deverá fornecer a bola oficial de outros 14 campeonatos estaduais em 2011.

Saiba mais sobre a bola do próximo Pernambucano AQUI.

Faltam 10 dias para começar o certame local. Mas após a final, em 15 de maio, essa bola vai garantir um novo ou velho hexacampeão pernambucano?