Apesar da rivalidade sobre 1987, as diretorias de Sport e Flamengo até que se entendem bem fora de campo. No Recife, onde terá o Náutico como adversário pela Série A, o time carioca treinou, pasmem, na Ilha do Retiro. Foi o último preparativo do rubro-negro carioca, já na véspera da partida de sábado, nos Aflitos. O acordo foi costurado entre os dirigentes durante a semana. Os leoninos cederam o campo sem problema algum.
Durante o treinamento, o que não faltou foi provocação sobre o título brasileiro de 1987, ainda que num cenário mais amistoso. Dos dois lados, diga-se. O vice-presidente de comunicação do Sport, José Alves, chegou a conceder entrevista para o canal online Fla TV, exclusivo para os assinantes do urubu, defendendo a conquista pernambucana no Brasileirão daquele ano.
No final do treinamento realizado à tarde, porém, os dirigentes mostraram o que interessa mesmo atualmente. José Alves foi cumprimentar Getúlio Brasil, chefe da delegação do Flamengo, e deu logo o aviso:
“Eu quero uma vitória de vocês amanhã, nos Aflitos”.
Getúlio respondeu à altura:
“E eu quero vocês batendo no Vasco na quarta-feira aqui. Porque a gente quer ver o Vasco na segunda divisão”.
Obs. No site do Lance!, a reportagem sobre o treino diz que a torcida Fla-Recife foi vetada na Ilha pela diretoria do Sport. Uma notícia inverídica, pois as duas torcidas foram barradas em comum acordo. A própria diretoria do Flamengo tomou a iniciativa de não permitir a entrada dos seus torcedores, assim como os rubro-negros pernambucanos, que também não liberaram o acesso dos sócios. Com o claro objetivo de evitar qualquer tipo de confusão.
Colaboração da repórter Ana Paula Santos, do Diario de Pernambuco
No estádio de futebol, todos em sua volta parecem amigos durante os 90 minutos. Gritam juntos, lamentam juntos e vibram juntos… Quantas vezes você quis saber os resultados dos demais jogos e perguntou a um desconhecido com um radinho próximo ao seu assento? Basta ver alguém de relógio… “Faltam quantos minutos?” E por aí vai. Mas nada supera a hora do gol…
Veja abaixo o vídeo feito pela Coca-Cola para a Eurocopa de 2008, mostrando a necessidade do torcedor de vibrar com alguém… Dica: vibre com moderação!
Esse é o Football dos Estados Unidos. Lá, o nosso “football” é, na verdade, o “soccer”, uma abreviação de “football association”, o nome oficial do esporte bretão.
A final do futebol americano, conhecida como Superbowl, é realizada em jogo único e disputada desde 1967, quando o Green Bay Packers venceu o Kansas City Chiefs por 35 x 10, em Los Angeles. Não existe nada que se compare a esse fenômeno de audiência televisiva nos EUA.
A 42ª final da história, disputada em 3 de fevereiro deste ano, foi vista no país por 97,5 milhões de telespectadores (1/3 da população). O tradicional New York Giants foi o campeão, ao derrotar o New England Patrios por 17 x 14, acabando com um jejum de 17 anos.
A temporada regular da temporada 2008/2009 (espécie de “turno”) está apenas na 4ª semana. No final do ano começam os playoffs (mata-mata).
O Superbowl XLIII acontecerá em 1º de fevereiro de 2009, na Flórida, no estádio do Tampa Bay Buccaneers. O show do intervalo desta partida costuma atrair os maiores astros da música internacional.
Para a próxima decisão já foi confirmada a presença Bruce Springsteen. Já estiveram na festa Rolling Stones, U2, Aerosmith, Paul McCartney, Michael Jackson…
Um dos maiores nomes da NFL ainda é o veterano quarterback (espécie de “meia”) Brett Favre, de 38 anos, que no último domingo lançou 6 vezes para o touchdown (o “gol” do esporte, que vale 6 pontos na partida). Ele ajudou o seu time, o New York Jets, a vencer o Arizona Cardinals por 56 x 35.
Esta foi a 257ª partida regular de Favre (foto ao lado), que brilhou no Green Bay Packers, onde foi campeão em 1997. Pode parecer pouco para um recordista, se comparado ao futebol, mas é porque lá não existem outras competições. E na liga nacional, o time campeão joga apenas 19 vezes.
Os maiores campeões da National Football League (NFL) são o San Francisco 49ers, o Pittsburgh Steelers e o Dallas Cowboys, com 5 troféus cada. Veja a lista completa das finais AQUI.
Você pode conferir os estádios da NFL clicando AQUI. Quase sempre com lotação esgotada.
Por um comercial de 30 segundos durante o Superbowl, empresas chegam a pagar R$ 5,2 milhões. Veja os comerciais exibidos na edição deste ano AQUI.
Assim como em 2007, o site globo.com disponibilizou para os torcedores a Tabela Dinâmica do Brasileirão, um divertido simulador de resultados da Série A.
Sem paciência para fazer contas até a última rodada? Basta sair colocando os seus palpites nos jogos restantes da competição, e o programa irá simular a “classificação final da Série A”.
Ao lado está a minha simulação. Sport e Náutico permaneceram na elite, com o Alvirrubro se classificando para a Copa Sul-Americana e o Palmeiras conquistando o título brasileiro.
Ou seja: Para esses 3 clubes, não mudou nada. Já o Vasco, hoje na lanterna, “conseguiu” escapar. Acho que esse foi o meu maior chute.
Faça a sua simulação também. Basta clicar AQUI. Depois, compare com a tabela do blog.
Participe!
Não vou revelar os meus reultados não… Mas no jogo-chave do campeonato, o Palmeiras “venceu” o Grêmio por 2 x 1.
Em 26 de março de 1978, o Sport ainda não tinha estrelas acima do seu escudo. Hoje são 3.
No Diario de Pernambuco, o nome do clube era publicado como “Esporte”, em uma linha editorial polêmica para ‘aportuguesar’ palavras estrangeiras.
Títulos pernambucanos? Eram apenas 21.
Fora das fronteiras do estado, a única da taça era a do Torneio Norte-Nodeste, de 1968.
A Ilha do Retiro ainda não possuía as duas gerais. O setor de cadeiras tinha a metade do tamanho atual. Arquibancadas especiais? Essas aí só foram erguidas décadas depois. “Arena”? Conversa sobre gladiadores…
Mas o gramado da Ilha era melhor, vale ressaltar.
Naquele mesmo ano, numa atitude corajosa, o Sport não participaria – meses depois – do Estadual, que estava sendo deficitário.
O “craque” do time era Biro-Biro. Aquele mesmo, melhor que Maradona… Mas que naquele ano estava no começo da carreira, com apenas 19 anos. Não sabia se era atacante, meia ou volante. E terminou a carreira sem saber.
Não existia Torcida Jovem. Muito a menos a Rádio Ilha.
A hoje histórica Bafo do Leão havia sido criada há pouco tempo.
Lotto? Era nome de loteria mesmo. Marketing? Mais uma palavra em inglês.
O blogueiro aqui estava longe de nascer ainda.
Só uma coisa era igual.
A paixão rubro-negra. A mesma que fez a torcida acreditar em uma vitória diante do Cruzeiro naquele 26 de março, em pleno Mineirão. E ela veio, por 2 x 1, gols de Mauro e Darci.
Mas, infelizmente, foi um caso único, pois nos 7 jogos realizados depois contra o mesmo adversário, no mesmo palco, o Leão só viu estrelas. Bordadas na camisa do Cruzeiro.
Hoje, a paixão leonina continua igual. Ou maior… É ver para crer.
11 jogos
1 vitória do Sport (7 gols)
3 empates
7 vitórias do Cruzeiro (25 gols)
21/12/1941 – Cruzeiro 0 x 0 Sport – Amistoso (Barro Preto)
12/04/1956 – Cruzeiro 2 x 2 Sport – Amistoso (Barro Preto)
17/10/1971 – Cruzeiro 5 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
26/03/1978 – Cruzeiro 1 x 2 Sport – Série A (Mineirão)
03/05/1980 – Cruzeiro 2 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
06/05/1984 – Cruzeiro 4 x 0 Sport – Torneio Heleno Nunes (Mineirão)
29/10/1986 – Cruzeiro 0 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
17/03/1991 – Cruzeiro 5 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
17/11/1996 – Cruzeiro 3 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
19/09/1999 – Cruzeiro 1 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
08/08/2007 – Cruzeiro 2 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
Retrospecto geral – 28 jogos
7 vitórias do Sport
9 empates
12 vitórias do Cruzeiro
Obs. O 12º confronto em BH (e 29º no geral) está marcado para as 20h30 desta quinta-feira.
O Brasil é o país do futebol? É. Mas na Argentina eles se acham a mesma coisa… É o esporte que muda o humor da pessoa no dia seguinte, dependendo do resultado. Na Copa do Mundo de 2006, por exemplo, foi veiculado na TV argentina um vídeo motivacional para a seleção, feito pela cervejaria Quilmes. Tudo bem que não adiantou muito, pois os hermanos acabaram caindo nas quartas-de-final, mas o comercial até que ficou bem bacana. Confira.
Abaixo, alguns trechos do comercial.
“Nos sentimos os melhores por um instante.
Bendito seja o orgulho com que entramos em campo.
E bendito este momento que nos dá o futebol, de poder mudar o nosso destino. E sentir outra vez, em frente ao Mundo, o glorioso… e agrandeza… de ser argentino…”
Curiosidade: A Quilmes era outro orgulho nacional dos vizinhos, mas acabou sendo comprada pela AmBev em abril de 2006, por US$ 1,2 bilhão. E logo pela AmBev, dona da Brahma e da Antarctica.
Qual é o título mais importante, o Mundial Interclubes ou o Campeonato Gaúcho?
O Mundial, na minha opinião. Na sua também? É claro que sim…
Mas não foi para o ex-ponta esquerda carioca Paulo Cezar Caju.
Campeão gaúcho em 1979 e mundial em 1983, já com 34 anos, pouco antes de encerrar a carreira.
Ele vestiu a camisa do Grêmio nas duas conquistas.
Durante o evento Toque de Classe, na noite de terça-feira, eu questionei o ex-craque sobre a denúncia feita por ele em sua biografia – lançada em 2006 -, na qual os gremistas teriam se dopado na final do Mundial, em 11 de dezembro de 1983, quando o Tricolor Gaúcho venceu o Hamburgo (ALE) por 2 x 1.
Como a denúncia acabou rendendo uma série de ameaças de processo por calúnia e difamação (dos ex-companheiros e do presidente do clube, Paulo Odone), Paulo Cezar se esquivou, mas nem por isso deixou de alfinetar o maior título do clube de Porto Alegre.
“Eu passei duas vezes pelo Grêmio (em 1978/1979 e em 1983), e a minha maior conquista lá foi, sem dúvida, o Estadual de 79. Muito mais que o Mundial. Aliás, aquilo não era o Mundial, mas sim a Copa Toyota. Um jogo no Japão para ganhar dinheiro, sem times da África e da Ásia. No campeonato gaúcho foi diferente. Lá, a gente sofreu muito. Apanhamos muito no interior, onde é difícil demais de jogar. Torcida próxima, pressão. Aquele título me marcou. Não o Mundial”, afirmou o polêmico Paulo Cezar Lima, que ganhou o apelido por ter pintado o cabelo de acaju na década de 1970.
Abaixo, o trecho do livro autobiográfico no qual o ex-atacante denunciou o suposto doping. Depois, o trecho foi cortado pela editora, a pedido de Paulo Cezar. Confira:
“Na véspera do jogo, dois jogadores sugeriram que nós tomássemos bolinhas para aumentar o rendimento. Eu fiquei revoltado e muito triste e não admiti isso. Sempre fui limpo e não podia aceitar aquilo. Mas não adiantou e alguns jogadores tomaram a droga”.
Atualmente, Paulo Cezar Caju, de 59 anos, assina uma coluna esportiva nas terças-feiras no Jornal da Tarde (do Rio), onde começou a trabalhar em maio deste ano. Ele faz questão de dizer que aproveita todo o espaço de suas colunas para mostrar a sua indignação com o atual momento do futebol brasileiro.
“Hoje a bola está maltratada. Antes, até zagueiro era bom de bola. Jogava bonito. O jogo era mais bonito. Atualmente, não temos uma Seleção Brasileira. Temos é uma Seleção gaúcha, desde 2002. É só porrada. A bola não corre de jeito nenhum”.
História – Paulo Cezar Lima foi um dos jogadores mais polêmicos da história do futebol brasileiro. Nascido na favela carioca da Cocheira, fincada no bairro de Botafogo, o jogador concretizou o sonho de virar profissional na Estrela Solitária. E de mudar de vida também.
Bicampeão carioca em 67 e 68, acabou indo para a Seleção. E com 21 anos, numa ascensão meteórica, foi campeão da Copa do Mundo de 1970. Alheio a esse crescimento, o jogador, ainda conhecido como “Paulo Cezar”, começava a sua fama pela noite carioca. Carros, mulheres… e até futebol. Craque nos campos, o ponta-esquerda não abria mão do perfil “bon vivant”.
Após uma saída conturbada do Botafogo, acabou indo para o Flamengo em 1972. A partir dali, ele passou a mudar constantemente de equipe. “Sempre troquei de time por interesses profissionais”, disse Caju à revista Placar, em 1979. Um jogador com uma visão de mercado bem à frente de seu tempo.
Curiosidade – Apesar das dificuldades relatadas por Paulo Cezar, o Grêmio foi campeão estadual em 1979 com uma campanha avassaladora. Foram 52 jogos, com 42 vitórias, 9 empates e apenas 1 derrota. Você pode conferir essa campanha AQUI.
O Mundial de 1983 foi conquistado na prorrogação. Naquela final, Paulo Cezar foi substituído por Caio. Veja ficha da partida AQUI.
Sócrates nunca negou que gosta de uma boa cerveja gelada. Aos 54 anos, ele admite que gostaria de parar de fumar, mas ainda não conseguiu largar o vício. Carismático, o ex-craque do Corinthians e da Seleção Brasileira roubou a cena ontem à noite, durante o evento Toque de Classe, que aconteceu nos Aflitos, e que também contou com a participação dos ex-craques Paulo Cezar Caju, Nelinho e Raul Plassmann. Zé do Carmo e Lúcio Surubim foram os convidados especiais.
Bastava um dos amigos começar a falar na palestra para “Magrão”, como o doutor também era conhecido nos gramados, começar a provocar, com muito bom humor.
Paulo Cezar Caju, organizador do evento, abriu a palestra, após um vídeo com grandes momentos de sua carreira, no futebol carioca.
“Essa idéia surgiu quando eu estava no Rio de Janeiro, lançando a minha biografia”, dizia PC, até que…
“Mas você está gordo, hein?!”, gritou Sócrates, que ainda não havia sequer sentado à mesa de debate. O ex-meia aproveitava os últimos instantes para pedir mais uma cerveja no balcão.
Paulo Cezar tentou conter o riso e seguiu falando. Passou a apresentar os demais integrantes do Toque de Classe.
Tranquilão, Sócrates finalmente subiu no palco armado no bar Spirit Hall.
Olhou para a platéia (mesas lotadas), e comentou de leve:
“Mas só tem homem aqui… Não tem jeito. As mulheres gostam mesmo é do Raí”, numa clara referência ao irmão mais novo, ídolo do São Paulo nos anos 90.
Quando Zé do Carmo brincou com a fama de boêmio de Paulo Cezar Caju (“Ele era o negão das louras”), Sócrates completou: “Eu adoro uma loura também. Gelada”.
Entre um chope e outro, Sócrates relembrou alguns ‘causos’ que marcaram a sua carreira. Em um deles, contou sobre a excursão do Timão ao México, na década de 1980, com a companhia de Paulo Cezar Caju, já veterano na época.
“Numa folga lá, fomos para um bar e começamos a beber cerveja. Paulo chegou falando francês e pediu champanhe. Olhei desconfiado, mas a diversão do grupo seguiu. Depois, ele pediu mais uma taça. Minutos depois, Paulo foi para o banheiro. E nunca mais voltou. Estava sem dinheiro. Os outros jogadores tiveram que pagar a conta dele. E ali nascia a ‘Democracia Corintiana’”, disse Sócrates, contextualizando o episódio com o movimento que entrou para a história do clube paulista, no qual todas as ações eram decididas no voto, entre todos os funcionários.
Apesar das brincadeiras, também houve espaço para seriedade, como no momento em que falou sobre o jogador brasileiro.
“O jogador brasileiro é uma criança, e é fácil de ser manipulado. Um jogador só deveria se profissionalizar se tivesse pelo menos o ensino fundamental. Mas não… O cara nasce na favela e quer sair do buraco jogando bola, como o ídolo dele, que nunca estudou também. Ele precisa estudar, porque se não der certo no futebol, já teria um caminho para conseguir outra formação”.
Depois, criticou o modelo de gestão da maioria dos clubes brasileiros (após ser questionado sobre a situação do Santa Cruz).
“Não existe um modelo padrão para comandar um clube. O que existe é uma boa gestão. Não tem mais espaço para aquele dirigente cego pelo time, que faz tudo pelo seu clube do coração, mas que não é preparado para a função. O dirigente precisa ser profissional e responsável. A legislação precisa passar a punir de vez os responsáveis pelas grandes crises nos times”.
Finalizou comentando sobre o gol mais bonito. A resposta foi curiosa…
“Não lembro de um gol mais bonito. O que eu tinha mais prazer mesmo era dar o passe para o gol. E aí, todos foram bonitos”.
HISTÓRIA – Revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, em 1973, Sócrates teve um início de carreira bem incomum no futebol. Craque, logo chamou a atenção de grandes clubes. No entanto, Sócrates só deixou o Botafogo após concluir o curso de medicina, em 78.
Consciente de que a carreira no futebol é curta, o então jovem estudante queria garantir um emprego após pendurar as chuteiras. Como não poderia deixar de ser, ganhou o apelido de “Doutor Sócrates” no mundo da bola. Quando começou a se destacar no Paulistão de 1976 (no qual foi o artilheiro, com 15 gols), Sócrates estava no 3º ano da faculdade. Mal tinha tempo para treinar.
Estudava a semana inteira e se “dedicava” ao futebol nos finais de semana. Mesmo assim, conseguiu mostrar o seu potencial, com toques refinados, gols de falta… E também de calcanhar.
Líder nato onde jogou, Sócrates sempre foi ligado aos temas políticos. Com a ajuda dos companheiros no Corinthians, ele idealizou a Democracia Corintiana, movimento de “autogestão” nos 80. “Vivemos num país melhor do que há 20 anos, mas muito longe do ideal. Sou apaixonado por essa nação, e não aceito uma estrutura social tão falha”.
Depois, participou das “Diretas Já”, em 1984, quando foi garoto-propaganda da campanha que pedia a volta das eleições diretas para presidente no país. Ele discursou em comícios.
O irmão Raí foi campeão do mundo com a Seleção em 1994. Sócrates não teve o mesmo prazer. No entanto, integrou a grande Seleção de 1982, que brilhou no Mundial da Espanha. O meia marcou dois belos gols na competição, um contra a União Soviética e outro contra a Itália, no fatídico jogo em que Paolo Rossi fez todos os gols da Azzurra na vitória por 3 x 2, que acabou mandando o Brasil para casa. Mais cedo do que devia… Hoje em dia, além da medicina, Sócrates também é articulista da revista Carta Capital.
Ficha técnia
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira
Naturalidade: Belém/PA
Nascimento: 19 de fevereiro de 1954
Atuou como meia
Títulos
Campeonato Paulista – 1979, 1982 e 1983
Campeonato Carioca – 1986
Na Seleção Brasileira: 60 jogos (23 gols)
Participou das Copas do Mundo de 1982 e 1986