A pequena diferença entre Taça e Copa Ecohouse

Taça Ecohouse 2013 e Copa Ecohouse 2013

A pioneira Copa Ecohouse de Futebol irá contar com a participação de doze clubes da região. Não por acaso, os organizadores da competição amistosa vêm promovendo a disputa em 2013 com o apelido de “Nordestinho”.

Baseada no Rio de Grande no Norte, a copa teria clubes potiguares, cearenses, paraibanos e pernambucanos. Do Recife, Náutico e Sport estão inscritos. A concorrência com o  Campeonato Brasileiro, no entanto, deve fazer com que os rivais centenários atuem com equipes mescladas com reservas e juniores.

Mas a nomenclatura do torneio, bancado por uma empresa de construção civil e com prêmio de R$ 50 mil, acabou gerando confusão. Isso porque também foi criada em Natal a Taça Ecohouse, com ABC, América, Alecrim e Náutico.

O quadrangular não fazia parte do pacote inicial da empresa, mas acabou surgindo na brecha da Copa das Confederações. Neste caso, o Alvirrubro mandou o grupo principal para a prévia, cujo troféu de campeão será uma homenagem ao ex-lateral Marinho Chagas, com passagens nos quatro clubes.

Taça Ecohouse (quadrangular), de 23 a 29 de junho
Náutico, América, ABC e Alecrim

Copa Ecohouse (fase de grupos e mata-mata), de 14 de julho a 15 de setembro
Grupo A – Sport, Alecrim e Auto Esporte
Grupo B – ABC, Ceará e Ferroviário
Grupo C – América, Barúnas e Botafogo-PB
Grupo D – Náutico, Palmeira de Goianinha e Potiguar

Após o sufoco, chegou a hora de ser o maior

Série D 2011: Santa Cruz x Alecrim. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Foram apenas 10 gols em oito jogos.

A campanha foi irregular, com 4 vitórias, 3 empates e 1 derrota.

Classificação mesmo, só na última rodada, com alguma dose de drama.

Ao contrário do que se esperava, o Santa Cruz sofreu na primeira fase da Série D.

O campeão pernambucano, que cansou de encaixar contragolpes no Estadual, quando atuou com um sistema defensivo bem armado, não soube impor o amplo favoritismo na abertura do Campeonato Brasileiro.

O recorde sistemático de público, chegando aos 40 mil pessoas, aconteceu. Aí, não há qualquer surpresa. Os tricolores continuam fazendo a sua parte no Mundão.

No campo, porém, os comandados de Zé Teodoro precisam acertar o time de uma vez por todas. Neste domingo, os corais venceram o Alecrim por 2 x 1 e avançaram.

Ludemar e Weslley marcaram os gols que colocaram o Tricolor no verdadeiro campeonato, a dois confrontos do acesso à Terceirona.

No entanto, o Santa passou com a pior campanha entre os quatro clubes dos grupos 3 e 4, cuja chave vai resultar em apenas um clube na Série C do próximo ano.

A missão começará diante do Coruripe/AL. Sem o povão no jogo decisivo, como no ano passado, fica nítido que o Tricolor terá que demonstrar mais de personalidade.

Em caso de sucesso, virá as quartas de final, valendo o acesso, contra o vencedor de Santa Cruz/RN x Treze/PB. Na terceira fase, o mando será definido através de sorteio.

O caminho está traçado. Chegou a hora de ser o maior.

Série D 2011: Santa Cruz x Alecrim. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O voo mais alto do Sertão

Série C-2010: Alecrim 0 x 2 Salgueiro. Carcará pernambucano vence no Machadão e passa à segunda fase. Foto: Ana Amaral/Diário de Natal

Que arrancada! Que voo…

Domingo histórico para Pernambuco. Mesmo com uma capital esvaziada nos gramados. O Salgueiro estava seriamente ameaçado de rebaixamento na Série C.

Mas o time pernambucano engatou uma série de três vitórias seguidas e deu uma guinada incrível no grupo B do Brasileiro.

O terceiro triunfo aconteceu neste domingo, em Natal, na última rodada, no 2 x 0 sobre o Alecrim. Placar que rebaixou o rival.

Já o Salgueiro está classificado às quartas de final, na fase decisiva da competição.

O time sertanejo está agora a um mata-mata do acesso à Série B! Com uma folha de apenas R$ 130 mil, a maior da história do Carcará, aliás.

Ida e volta contra o tradicional Paysandu.

Jogo de ida no Cornélio de Barros, em 2 de outubro. Lotação esgotada, sem dúvida alguma. O município de 55 mil habitantes deverá ter 10% de sua população no estádio.

Jogo de volta em Belém (Mangueirão ou Curuzu), com a fanática torcida do Papão.

Quem passar estará na semifinal da Terceirona. E na Segundona de 2011…

Voa, Carcará!

Entre a cruz e a espada

Sede do Salgueiro Atlético Clube. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Domingo, 16h. A partir deste horário, o Salgueiro vai jogar a partida mais importante da história do futebol sertanejo do estado.

Os clubes da capital já chegaram a decidir títulos nacionais.

Até mesmo no Agreste o futebol pernambucano já registrou lampejos de bons momentos, com o Central disputando a elite nacional (1979 e 1986), enquanto o Porto chegou à semifinal da Série C (1996). Ambos já participaram da Copa do Brasil.

Sertão, não. Pouco investimento, pouca torcida e poucos resultados.

A região tem no Salgueiro o seu o maior expoente. Único representante de Pernambuco no terceiro degrau do futebol. O Carcará, que parecia abatido, se reforçou (inclusive com a volta de Neco), engatou duas vitórias seguidas e ressuscitou na Série C.

Na rodada final do grupo B, o clube, que tem 8 pontos, vai até o estádio Machadão, em Natal, para enfrentar o Alecrim (10 pts). Uma vitória assegura a classificação do time às quartas de final, desde que o CRB (8 pts) não derrote o já garantido ABC (12 pts), em casa, por uma diferença de gols maior.

Por outro lado, a complicada engrenagem da chave pode rebaixar o time pernambucano em caso de derrota (veja a classificação AQUI).

Na próxima semana, o Salgueiro poderá disputar uma mata-mata já valendo a vaga na Série B. Ou então poderá juntar os cacos pelo rebaixamento à Série D…

Eis o destino do futebol sertanejo.

A experiência não adiantou

Criança e idosoA Série C também começou. Pernambuco também está na disputa. Infelizmente, só não estamos na elite.

Pelo terceiro ano seguido, o Salgueiro integra a Terceirona.

O Carcará já adquiriu certa experiência na competição. Neste domingo, no Cornélio de Barros, o clube sertanejo jogou o seu 27° jogo pela Terceirona. O elenco conta com atletas rodados, como o volante Júnior Maranhão.

Na estreia, um novato do outro lado: o recém-promovido Alecrim, de Natal. O time potiguar abriu o placar. Clébson e Paulo Rangel chegaram a virar o  jogo, mas o adversário buscou o empate no fim, 2 x 2.

Campanha do Salgueiro na Série C entre 2008 e 2010: 27 partidas, 9 vitórias, 11 empates e 7 derrotas, com 33 gols marcados e 34 gols sofridos.

Para continuar, no mínimo, alimentando essas estatísticas, o Salgueiro não pode ser o lanterna do grupo B. Se ficar em 3° ou 4°, permanece na divisão. Caso fique nas duas primeiras colocações, avança. Para isso, terá que buscar pontos longe do Sertão.

Acesso debaixo de granizo

Granizo

O primeiro Campeonato Brasileiro da Série D conheceu neste domingo os 4 clubes classificados à Série C do ano seguinte.

4 times de quatro regiões do país. Acesso bem democrático.

1 do Norte, o São Raimundo de Santarém/PA.
1 do Nordeste, o Alecrim, de Natal/RN (e que já foi post aqui no blog).
1 do Sudeste, o Macaé, do Rio de Janeiro.
1 do Sul, a Chapecoense, de Chapeço/SC.

Este último conseguiu a vaga mais dramática. Havia vencido o jogo de ida, por 2 x 1, fora de casa, contra o Araguaia (MT). No jogo de volta, pronto pra fazer a festa no seu estádio, o Índio Condá, a vitória foi do visitante, por 1 x 0.

No entanto, como fez uma campanha melhor, a Chapecoense ficou com a vaga. Mas durante a partida, veja no vídeo abaixo o outro sufoco que a torcida catarinense passou com uma potente chuva de granizo! 😯

  • Semifinais da Série D (além do acesso, a taça!)

Chapecoense x Macaé
São Raimundo x Alecrim

O sobrevivente

Alecrim

Conhece o Alecrim?

Está lá no wikipedia: O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 metros de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Outra opção sobre tal palavra é a referência direta a um tradicional bairro de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Trata-se de um dos principais polos comerciais da cidade, localizado na zona leste, e onde fica, inclusive, um shopping center.

O bairro é também a sede do simpático Alecrim Futebol Clube, o 3º maior campeão potiguar, com 7 títulos. Bem longe dos dois grandes da cidade, o América, com 32 troféus, e o ABC, com 50…  😯

A torcida do Alviverde praticamente sumiu do mapa. Sobraram simpatizantes. As taças ficaram enferrujadas. A última delas foi erguida em 1986, no bicampeonato potiguar. Desde então, ostracismo. Foram 16 anos longe até mesmo das competições nacionais.

E assim teria sido também em 2009… A equipe ficou na modestíssima 8ª colocação no Estadual, longe das 2 vagas do Rio Grande do Norte para a Série D, mesmo considerando que ABC e América já estavam garantidos na Série B. No entanto, a deficitária Série D não interessou a 5 times em posições acima do Alecrim. Sem ‘nada’ pra fazer no segundo semestre, os dirigentes do Alecrim toparam.

E em pouco mais de dois meses, o Alecrim atingiu um status invejável na 4ª divisão.

O Alecrim é o Nordeste na Série D! 😀

O clube é um dos 8 finalistas da competição. O mata-mata das quartas de final vai valer uma vaga na Série C do ano que vem. O time vai enfrentar o Uberaba/MG. Primeiro em Minas (20/09), depois em casa (27/09).

Sobre o time, duas curiosidades relacionadas ao futebol pernambucano:

1) Garrincha (ele mesmo, bicampeão mundial com a Seleção em 58/62) já jogou no Alecrim uma vez, em 4 de fevereiro de 1968, contra o Sport. Vitória leonina por 1 x 0, diante de 6 mil pessoas em Natal, que foram ver o camisa 7 de pernas tortas, com 35 anos na época.

2) O craque do time nesta Série D é Maurício Pantera, revelado pelo Santa Cruz. O atacante já foi até tema de post no blog (veja AQUI). Porém, o valor da multa rescisória do jogador de 36 anos é de apenas R$ 10 mil. Valor modesto, mas que condiz com o público que acompanha aos jogos no Machadão. O time tem apenas a 27ª média de público (456 pessoas), entre 39 participantes. Pouco.

Fica a torcida pelo Alecrim, a última unidade de batalha do futebol nordestino no porão do futebol brasileiro.

De férias forçadas a uma classificação para a Série C? Surreal.