No mercado interno, a NFL é imbatível. As cifras são espetaculares.
O último Super Bowl, evento máximo do futebol americano, em sua edição 46, teve uma audiência superior a 163 milhões de telespectadores nos Estados Unidos.
A final arrecadou 430 milhões de reais em comerciais na televisão.
A média de público da liga é de 67 mil pessoas, com uma taxa de ocupação de 90%. Englobando todas as modalidades esportivas, nenhum torneio leva tantos torcedores.
As 32 franquias faturaram US$ 8,3 bilhões na última temporada.
Pois bem. Desde 2005 a direção da NFL vai expandindo a liga de forma concreta para fora dos EUA. Isso não se refere apenas às transmissões na televisão por assinatura.
A ideia é levar o jogo, de forma oficial, a outros países. A estreia foi bo estádio Azteca, na Cidade do México. Desde 2007 um jogo da temporada regular ocorre em Wembley, em Londres, com contrato assinado até 2016. E o que dizer da bolinha oval acima…?
A imagem foi postada na página oficial da NFL no facebook (veja aqui).
No Brasil, o esporte já conta com torcedores fiéis. Além do já consolidado gamepass, a transmissão online da competição, a NFL estaria estudando a possibilidade de realizar uma partida da pré-temporada no país. Seria o primeiro passo na América do Sul.
Sem dúvida alguma, o mercado brasileiro está em expansão. Basta lembrar dos outdoors do último Super Bowl colocados em dez cidades do país, incluindo o Recife (veja aqui).
Com as arenas a caminho, não duvide se em breve alguém gritar “touchdown” no país…
Voto popular para a bola oficial e para o mascote da próxima Copa do Mundo. Depois da Brazuca, agora é o tatu-bola que será batizado pelo torcedor, com voto aberto.
Para participar, basta acessar o site da Fifa. O nome será revelado em 25 de novembro.
No site oficial, informações sobre o mascote e games para a criançada, além de imagens exclusivas. Acima, o mascote no Recife. Abaixo, uma enquete a la boca de urna.
Os números da enquete do blog sobre o nome da pelota, com 1.150 votos, foram praticamente os mesmos da votação oficial, com 1 milhão de participações (veja aqui).
Confira a descrição oficial de cada uma das três opções pouco ortodoxas.
Será que o nome “Tatu-Bola” já não seria autoexplicativo?
Amijubi
Amijubi é a união das palavras “amizade” e “júbilo”, duas características marcantes da personalidade do nosso mascote e que refletem a maneira de ser dos brasileiros.
Fuleco
Fuleco é a mistura das palavras “futebol” e “ecologia”, dois componentes fundamentais da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
Zuzeco
Zuzeco foi formado dos elementos principais de “azul” e “ecologia”. Azul é a cor dos mares da maravilhosa costa brasileira, dos rios que cruzam o país e do nosso lindo céu.
Qual deve ser o nome do mascote oficial da Copa do Mundo de 2014?
Com cifras bilionárias, a iniciativa público-privada vai erguendo arenas de futebol pelo país. Reflexo de um evento do tamanho da Copa do Mundo.
São doze estádios para a competição e mais dois no embalo deste momento. Porém, este mesmo torneio traz medidas “indiretas”, pautadas pela solidariedade.
A organização não-governamental Love.Fútbol prevê a construção (ou reforma) de até trinta campos oficiais até a abertura da competição da Fifa.
Sempre na periferia das cidades, marca da instituição norte-americana criada em 2005.
Em São Lourenço da Mata, terra da Arena Pernambuco, um outro campo de futebol, com dimensões 90m x 50m no bairro de Várzea Fria. Inaugurado no domingo.
Um local seguro para a prática do futebol envolvendo até 400 crianças. Será o 10º projeto executado pela ONG. O primeiro no Brasil. Com um viés interessante.
A participação da própria comunidade na elaboração. Aqui no estado, por exemplo, 150 pessoas se revezaram na preparação do campo, com a mão de obra.
E assim será em outros cantos do país. A Love.Fútbol é apenas um dos tentáculos sem relação alguma com a Fifa a desenvolver ações no Brasil devido ao Mundial.
Quem sabe uma hora o poder público-privado também possa oferecer essa contrapartida em relação às modernas arenas. Eis uma grande responsabilidade social.
Com um orçamento estipulado em R$ 64 bilhões, entre investimentos públicos e privados, a Copa do Mundo de 2014 vem sendo um festival de gastos. Com a necessidade de pressa nas obras públicas, licitações são feitas a toque de caixa, fora o regime de urgência, onerando a despesa do Mundial, como temia muita gente.
Ainda assim, existem órgãos reguladores. Criado em 1890, o Tribunal de Contas da União vem acompanhando a utilização de todos os recursos estatais. Em seu novo relatório, o TCU aponta uma economia de R$ 600 milhões devido às ações de fiscalização.
Entre estádios, mobilidade urbana, aeroportos, portos e teleconomicações, um montante de R$ 27 bilhões, recurso avaliado pelo TCU.
Segundo o TCU, o Recife é a terceira cidade que irá gastar menos na preparação visando o Mundial, com R$ 1,413 bilhão, sendo 1/3 com a arena. Maior cidade do país, São Paulo terá uma despesa de R$ 6,193 bilhões.
Abaixo,a íntegra do documento, produzido em 83 páginas. Trata-se de um resumo dos ralatórios de acompanhamento das doze subsedes do próximo Mundial de futebol.
Se mesmo com a presença do TCU a situação está complicada, imagine sem. A Copa de 2014 tem um orçamento superior aos Mundiais de 2002, 2006 e 2010. Somados…
Uma análise do blog com o passo a passo do jogo Brasil x China, em Pernambuco.
1º ATO – Má fase técnica + adversário insosso
12 de julho (a 60 dias do jogo)
Em coletiva no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou o amistoso Brasil x China, no estádio do Arruda, para o dia 10 de setembro.
O adversário dos brasileiros, na 78ª colocação no ranking da Fifa e já eliminado da próxima Copa do Mundo, foi acordado visando as relações comerciais entre os governos de Pernambuco e da China, em constante contato por novas fábricas e negócios.
No jogo anterior no estado, há três anos e válido pelas Eliminatórias do Mundial, o Paraguai era um dos times mais fortes da disputa sul-americana.
Em relação à Seleção, a Canarinha vinha numa curva ascendente em 2009, tanto que no mês seguinte ao jogo voltou ao topo do ranking. Agora, encontra-se em 12º.
2º ATO – Preço acima da realidade local
23 de agosto (a 18 dias)
Através do seu site oficial, a FPF divulgou os preços dos ingressos para o jogo da Seleção Brasileira, com meia-entrada (exceto na entrada mais barata).
R$ 60 – arquibancada especial, atrás do gol da Rua das Moças
R$ 80 – arquibancada superior
R$ 100 – arquibancada inferior
R$ 250 – cadeiras e camarotes
Em 2009, as arquibancadas inferior e superior custaram R$ 70 e R$ 50, respectivamente. Ou seja, de lá para cá, um aumento de 42,8% e 60% nesses setores.
Obviamente, um índice maior que a inflação, reajuste do salário mínimo etc. De olho no aumento da renda recorde de R$ 4.322.555, a maior da história do futebol local.
24 de agosto (a 17 dias)
Um dia depois, a diretoria da federação pernambucana de futebol voltou atrás e reduziu os preços dos bilhetes. O único valor mantido foi o de cadeiras e camarotes.
R$ 40 – arquibancada especial, atrás do gol da Rua das Moças
R$ 60 – arquibancada superior
R$ 80 – arquibancada inferior
Ainda assim, ingressos mais caros do que os valores praticados há três temporadas. Nas arquibancadas inferior e superior, o aumento final ficou, portanto, em 14,2% e 20%.
No programa Lance Final no dia 09/09, o diretor da CBF, Andrés Sanchez, considerou o preço muito elevado, equiparado ao do amistoso em São Paulo. Apesar da carga de 55 mil ingressos, ele revela que a entidade espera em torno de 35 mil pessoas no Arruda.
3º ATO – Falta de publicidade e feriadão comprometem o fluxo de vendas
25 de agosto (a 16 dias)
Começa a venda de entradas, apenas pela internet, no site ingressofacil.com.br. A notícia foi divulgada nos sites da FPF, CBF e jornais da cidade. Faltou publicidade.
30 de agosto (a 11 dias)
Finalmente começa a comercialização de ingressos em bilheterias no Recife, com destaque para os guichês no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro. Procura baixa, sem filas.
Em 2009, a venda de Brasil x Paraguai começou faltando sete dias para o jogo. Os 56 mil ingressos foram vendidos antecipadamente.
Como agora a partida será na noite de uma segunda-feira e o fim de semana foi um feriadão, a venda acabou comprometida diante uma cidade “vazia”.
4º ATO – Medidas emergenciais para encher o Mundão, expondo a situação
7 de setembro (a 3 dias)
Inicialmente, devido ao “Padrão Fifa”, não haveria venda no dia da partida – como não houve em 2009. Porém, é confirmada a abertura das bilheterias no dia do jogo.
8 de setembro (a 2 dias)
Ainda sem uma parcial de vendas divulgada para a imprensa, os organizadores anunciam uma promoção. Quem for cadastrado no programa Todos com a Nota poderá comprar um ingresso com 50% de desconto. Cerca de 300 mil pessoas são cadastradas no TCN.
9 de setembro (a 1 dia)
Sócios em dia de Náutico, Santa Cruz e Sport também passam a ter o direito de comprar a meia-entrada, mediante a a apresentação da carteira. Pela manhã, a primeira parcial, com 9.800 ingressos. À noite, mais uma, com 11.180. Curiosamente, o único treino aberto da Seleção no Arruda recebeu quase o mesmo público.
10 de setembro (dia da partida)
Faltando dez horas para a bola rolar, é informado que 20 mil bilhetes já estão nas mãos de torcedores. Patrocinadores da partida também se mexem, com ações rápidas de marketing pela cidade, elevando o número de “convidados”.
O excesso de promoções indica um claro temor de um público aquém do esperado, ainda mais considerando que em oito jogos oficiais do Brasil o Arruda recebeu 512.717 pessoas, com uma média excepcional de 64.089 torcedores.
O maior erro da organização parece ter sido na ociosidade de 42 dias entre o dia da confirmação da partida no Recife e o primeiro anúncio dos preços dos ingressos. Tanto que bastaram 24 horas para reavaliar os valores, ainda fora de sintonia com a CBF.
O jeito foi transformar a partida num festival de meia-entrada. Para uma meia Seleção.
Revisão do orçamento à parte, a previsão de gastos no Brasil para a organização da Copa do Mundo de 2014 é de inacreditáveis R$ 64 bilhões.
Estádios, mobilidade urbana, aeroportos etc. Ou seja, infraestrutura. O trabalho intenso vem ocorrendo nas doze subsedes, já na corrida contra o tempo.
Faltam 644 dias para começar no país a maior competição de futebol do planeta.
Eis um resumo do balanço das obras até agosto deste ano, através do vídeo oficial divulgado pelo governo federal.
Para o mundo, é assim que as coisas estão caminhando.
A edição ajudou para uma boa imagem.
Para a Fifa, um misto de luz verde e amarela, é claro…
Não é de hoje que a Fifa impõe barreiras sobre ingressos destinados a estudantes, uma categoria com preços mais baixos. Na primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, em 1950, o cenário foi complicado, mesmo panorama que se projeta para 2014.
Ao todo, 1.045.246 tíquetes foram vendidos nas 22 partidas. Deste total, apenas 5.617 para estudantes, o que corresponde ao irrisório percentual de 0,5%.
Para se ter uma ideia, a decisão entre brasileiros e uruguaios, no Maracanã, teve no borderô oficial 173.850 pagantes. Apenas 730 estudantes! Era o número padrão.
Vale lembrar que sequer havia a lei da meia-entrada na época.
Contrariando a Fifa, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Geral da Copa dando aos estados a opção de negociar o formato de venda de ingressos para estudantes.
Pode até ter confrontado a Fifa, mas ainda não deu uma solução ao caso…
Pelo menos fica evidente que faz tempo que a entidade que comanda o futebol está pouco ligando para isso. O que importa é renda na bilheteria, sem meia entrada.
Confira o relatório oficial da Copa do Mundo de 1950 clicando aqui.
Em 1950, no único jogo no Recife, a Ilha do Retiro recebeu 8.501 torcedores, segundo o borderô oficial. Nenhum ingresso de estudante foi comercializado…
Desde o anúncio do amistoso do escrete brasileiro no Arruda, a partida contra a China foi divulgada como o “primeiro jogo em Pernambuco com o Padrão Fifa”.
Ou, no mínimo, algo próximo a isso em termos de organização. Uma das novidades em relação aos jogos realizados no estado será a presença dos “stewards”.
São profissionais que atuam na segurança interna dos estádios, desarmados. Na Copa do Mundo de 2014, as polícias civil e militar farão a fiscalização fora das doze arenas.
Dentro, cerca de 50 mil stewards terão que dar conta da demanda nos 64 jogos do Mundial, com o devido acompanhamento da polícia federal na capacitação.
O investimento para regular e controlar esse serviço será de R$ 9,8 milhões.
Pois bem. No Arruda, em 10 de setembro de 2012, os stewards entrarão em ação pela primeira vez em Pernambuco. Será a terceira experiência deste tipo no país.
Eles irão trabalhar ao lado dos policiais militares. Descrição da Fifa:
“Os stewards agem como organizadores dentro dos estádios, fazendo com que o local seja um ambiente familiar, onde o torcedor passa a ser tratado como um cliente.”
Nada de cassetetes, spray de pimenta, truculência…
Um trabalho que contará, claro, com o bom comportamento do público. A Arena Pernambuco, pós-Mundial, deverá contar com este tipo de segurança.
Tradução literal para a palavra inglesa “steward”: mordomo.
Sem surpresa, levando em consideração as três opções na disputa, Brazuca ganhou a eleição para o nome da bola oficial da Copa do Mundo de 2014.
Assim, o nome irá suceder a famosa e polêmica Jabulani, da África do Sul.
A Adidas, que produz as pelotas do Mundial desde 1970, divulgou o resultado neste domingo, no encerramento da votação. Numa eleição com 1.119.539 participações, Brazuca venceu Bossa Nova e Carnavalesca com 77% dos votos.
Pode-se dizer que a boca de urna do blog funcionou, pois o índice foi o mesmo alcançado na enquete realizada em agosto, com 1.150 participaões (veja aqui).
Apesar do design divulgado, a bola que irá rolar nos gramados brasileiros deverá sofrer alterações. O lançamento da bola oficial será somente em dezembro de 2013.
Descrição oficial da Brazuca:
A bola que vai rolar nos nossos gramados tem que ter a nossa alegria, a nossa irreverência. Essa é a bola que vai representar o nosso orgulho de ser brasileiro. E ela tem que ser a nossa cara, ter o nosso nome. Essa bola tem que ser brazuca.
Bolas da Copa, via Adidas: Telstar (1970), Telstar Durlast (1974), Tango (1978), Tango España (1982), Azteca (1986) e Etrusco Unico (1990); Questra (1994), Tricolore (1998), Fevernova (2002), Teamgeist (2006) e Jabulani (2010) e Brazuca (2014).
Em 12 março deste ano, a revista Veja revelou em sua edição que o Tatu-Bola, ou tolypeuctes tricinctus, havia sido escolhido como o mascote da Copa do Mundo 2014.
Na ocasião, a Fifa negou a informação…
A entidade chegou a emitir uma nota em seu site oficial dizendo que a escolha seria ainda neste ano, mas que o mascote ainda estava em desenvolvimento.
Agora, em 1º de setembro, a mesma publicação traz um novo dado.
Nada menos que o próprio mascote, com a versão final do desenho (veja aqui).
O tatu-bola, cuja ideia foi encampada pela ONG cearense “Associação Caatinga”, ainda não teria nome, de acordo com a coluna Radar, da Veja.
O substituto do sul-africano Zakumi terá o nome decidido em uma eleição na internet, da mesma forma como vem ocorrendo com a bola oficial para o Mundial do Brasil.
Ainda que a Fifa siga sem ratificar a informação, o que você achou do mascote? Desde já, qual poderia ser o nome desse possível tatu-bola?
Abaixo, todos os mascotes da Copa. Começou em 1966.
Pela ordem: Willie (Inglaterra 66), Juanito (México 70), Tip e Tap (Alemanha 74), Gauchito (Argentina 78), Naranjito (Espanha 82) e Pique (México 86); Ciao (Itália 90), Striker (EUA 94), Footix (França 98), Ato, Kaz e Nik (Coreia do Sul e Japão 2002), Goleo (Alemanha 2006) e Zakumi (África do Sul 2010).
Qual foi o mascote mais bacana produzido até hoje?
Atualização no dia 11 de setembro: a Fifa registrou oficialmente o Tatu-Bola.