Os direitos de transmissão dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar) para o Brasil foram adquiridos pela Rede Globo, em diversas mídias.
A informação foi repassada pela própria Fifa, após a licitação internacional. O acordo integra transmissão via cabo, satélite, móvel e por internet de banda larga (veja aqui).
Com isso, a emissora chegará à 14ª transmissão seguida desde 1970. Com os direitos da edição do Brasil, em 2014, a Globo poderá repartir a transmissão com outras redes.
Sobre o anúncio desta terça, vale destacar a importância das mídias móveis no pacote.
A federação trata como prioridade no Brasil o avanço nas telecomunicações, com a criação da internet 4G para celulares. O governo federal espera implantar em 2013.
Nesta conexão, é possível alcançar um download de banda larga móvel de 2,6 mbps, megabit por segundo. A transmissão atual no país, 3G, chega a 676 kbps.
O Ministério das Comunicações quer “concentrar um volume expressivo de equipamentos e garantir tráfego de alta velocidade para milhares de pessoas.”
Em 2014, é o que todos desejam. Em 2018 e 2022, certamente…
Data marcada. Jérôme Valcke virá ao Recife em 12 de março.
Será a primeira vistoria oficial do secretário-geral da Fifa nas obras da arena do estado para a Copa do Mundo de 2014 (veja aqui).
Justamente no aniversário da capital pernambucana. Será o 475º ano de história.
Certamente, uma segunda-feira cheia de pompa, corredores abertos na cidade para a comitiva através de batedores da polícia , sorrisos amarelos e muita tensão no ar.
Antes da passagem no feriado local, Valcke declarou o seguinte ao site da Fifa:
“No momento, estou ansioso pela visita que farei em 12 de março a Recife, uma das duas cidades ainda na disputa para receber a Copa das Confederações. A decisão será divulgada em junho, com base nas detalhadas avaliações de nossos especialistas em estádios. Recife é também a cidade natal do meu amigo Romero Britto, que nos acompanhará na visita e nos ajudará a ter uma compreensão mais criativa do local.”
Detalhadas avaliações? É bom correr, muito. Atualmente, a Arena Pernambuco conta com 32% das obras executadas. Até junho, a expectativa era chegar a 70%. A ansiedade realmente será bem maior na cúpula do governo do estado (veja aqui).
Presente de grego a caminho? É tudo o que ninguém quer do francês Valcke…
Seria bem melhor uma versão da Copa (das Confederações) nos traços do artista Romero Britto. Eis um exemplo do pintor abaixo. Saiba mais aqui.
Compreensão criativa, sim. Desde que a avaliação técnica colabore…
Começou neste ano uma pesada campanha publicitária que deverá ganhar força nas duas próximas edições do carnaval pernambucano.
Atrelar a Copa do Mundo de 2014 ao carnaval de Olinda e Recife é uma das missões do governo do estado, que busca consolidar o turismo local no mercado internacional.
Além dos outdoors espalhados pela cidade, com mensagens em inglês, o painel eletrônico gigante instalado no edifício-sede da Prefeitura do Recife também exibiu informações sobre o Mundial de futebol durante todo o carnaval.
A expectativa do governo federal em relação às subsedes é que o número de turistas suba 30% no ano seguinte à Copa, considerando o dado anterior ao Mundial.
Além da publicidade sobre os atrativos de Pernambuco e de uma boa rede hoteleira, será preciso cativar os turistas, nacionais e estrangeiros, através da segurança e de um funcional sistema de transporte. Dois pontos que ainda geram muitas queixas.
O carnaval de 2013 será o último teste para essa “globalização”. Em 2014, não há outdoor em inglês que mude a opinião do público caso a infraestrutura não agrade…
Atualização: o carnaval do Recife movimentou R$ 595 milhões em 2012, com 710 mil turistas. Como curiosidade, vale dizer que a Arena Pernambuco custará R$ 532 mihões.
Enquanto você se diverte no carnaval nas ladeiras de Olinda, na noite do Recife Antigo ou em alguma praia, a cúpula do governo do estado perde o sorriso ao falar da Copa das Confederações de 2013. Nem a folia consegue reduzir a apreensão.
O que era para ser um diferencial na candidatura pernambucana para a Copa do Mundo, uma vez que apenas seis das doze subsedes também foram contempladas com o torneio-teste, poderá se transformar num constrangedor episódio.
Escolhido de forma condicionada, assim como Salvador, o Recife só terá a presença confirmada pela Fifa de forma definitiva em junho. Antes, em março, a primeira visita do secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke.
Enquanto o cronograma foi cumprido em São Lourenço da Mata, mesmo com baralho da burocracia, o estádio não parecia ser o entrave local para a Copa das Confederações. A mobilidade urbana na metrópole era o tema que mais preocupava. Era…
Empacada em 30% da execuação das obras, contra 51% da Fonte Nova, a Arena Pernambuco sofreu bastante com a paralisação de oito dias no começo deste ano.
Entre janeiro e fevereiro, os 2.300 operários cruzaram os braços no canteiro. Paralelamente à queda de braço entre sindicato e construtora, foram 176 horas de trabalho perdido, uma vez que o expediente, em três turnos, chega a 22 horas por dia.
É muito, mas muito tempo desperdiçado. Ainda mais para quem já corria contra todos os prazos, apertadíssimos, numa falha interna. Não por acaso, o tom otimista dos políticos e executivos do estado mudou repentinamente. A certeza se transformou em ceticismo.
Houve o rumor sobre uma possível desistência oficial, para “focar o trabalho no Mundial”. A desculpa – não há outro jeito de descrevê-la – seria o fato de empregar tanto esforço para um jogo menor, como o duelo entre os campeões da África e da Ásia.
É claro que esse argumento não cola, pois um jogo deste porte – apenas uma suposição da tabela – esteve na mesa o tempo todo. O retorno de mídia superaria isso, pois o nome do estado circularia mundo afora um ano antes da “publicidade” de 2014.
Mesmo com todo o cronograma modificado (mobilidade e estádio), a expectativa é que todas as obras sejam finalizadas a poucas semanas do “vestibular” da Copa, agendado para começar em 15 de junho do ano que vem. Se não houver mais imprevistos, claro.
Da vitória política através do lobby costurado durante meses junto ao governo federal e CBF a um possível revés sem agentes externos, surge um impasse na carreira de muitos.
Um ou dois jogos, México x Japão ou qualquer outra partida meia boca… Não importa. Pernambuco entrou de cabeça na disputa e conhecia as regras. Ganhou o passe para a primeira festa da Fifa. Que não saia à francesa. Ou será expulso por um francês?
De fato, a resposta está com Valcke. E não adianta chamá-lo para o carnaval. Ele poderá até gostar do frevo, mas os interesses da Fifa estão bem além disso.
Renúncia ou licença, o fato é que a saída de cena de um controverso personagem do futebol brasileiro nunca esteve tão próxima.
São 23 anos à frente da CBF, imune a duas CPI’s, denúncias de favorecimento de contratos, tráfico de influência, entre outras irregularidades.
Ricardo Teixeira fez da confederação uma entidade milionária. Para o bem e para o mal.
Transformou a Seleção Brasileira em algo quase inexistente para o país, uma vez que os amistosos são comercializados a peso de ouro basicamente para o exterior.
Conta com o apoio de todas as federações, a FPF inserida, obviamente, por mais que cultive uma antipatia de todas as torcidas.
A Copa do Mundo de 2014 parecia o auge de sua gestão, mirando um novo patamar, a presidência da Fifa. Parecia.
O Mundial de 70 bilhões de reais, o mais caro da história, tornou-se um estorvo.
Obras que encarecem a cada dia, soluções de última hora, com o popular jeitinho, e os prazos perdidos em sequência. Uma vexame até o momento.
Pressão interna e externa, com o rumor sobre a divulgação oficial de contratos escusos com a empresa ISL, como denunciou o jornalista inglês Andrew Jennings.
A única solução seria, então, deixar o país. Passar a curtir a tranquilidade de Miami Beach, com a orla estilizada e areia branquinha, branquinha.
É claro que o dirigente reluta em deixar o poder e as vantagens de ser recebido com toda pompa por governadores, senadores e prefeitos, tendo a Seleção como banquete para ofertar em qualquer farra.
A inércia dos órgãos reguladores do país só reforça o desejo de ficar, fincar raízes.
Mas e se ele sair? E se Ricardo Teixeira realmente deixar a presidência da CBF?
O que mudará de fato na composição do futebol brasileiro?
Num cenário um pouco melhor, bem otimista…
Liga nacional, com distribuição de cotas de transmissão através de plano de metas, como classificação anterior, audiência e valor de marca.
Calendário ajustado e cumprido à risca, sem espaço para exceções, que acabam virando regra, como em Pernambuco, por exemplo.
Uma Seleção Brasileira mais presente, com partidas no país. Jogar apenas em Londres não ajuda muito a cativar a velha a paixão nacional.
Mas, de forma imediata, seria preciso elaborar uma Copa do Mundo arrojada, sem negociatas para encobrir os inúmeros problemas burocráticos nas 12 obras.
Dos encontros a portas fechadas à prestação de contas, auditada, revisada e corrigida. Ingressos compatíveis para os brasileiros. O preço será diferenciado (para cima), claro. Mas de forma justa.
A lista de ajustes é enorme. Seria presunção enumerar todas as mazelas em um post.
Enquanto engravatados de Norte a Sul se articulam acerca do novo nome (mais do mesmo), Teixeira vai reforçando o escudo. Primeiro com Ronaldo. Agora com Bebeto.
O trio forma o conselho do Comitê Organizador Local da Copa 2014 (veja aqui).
Talvez o melhor conselho ao mandatário seja cochichar “Boas compras em Miami”.
Após o carnaval, claro, pois ninguém é de ferro…
Às 18h22, a CBF publicou um comunicado. Teixeira segue como presidente. Teria sido tudo isso uma armadilha política? Ou estaria tentando ganhar tempo? Veja aqui.
De fato, a obra está ganhando ritmo. As fotos desta postagem são de fevereiro deste ano, mas nunca é bom esquecer que a construção demorou para começar.
Após a batalha burocrática veio a primeira fase física, com a atualização diária da terraplenagem, 15%, 44%, 73%… 100%.
Em seguida, concreto e aço, com as fundações e as arquibancadas. Poder público envolvido, meta para a Copa do Mundo e futuro pós-2014 cercado de expectativa.
O projeto é milionário, obviamente. Além das acomodações no Padrão Fifa, o estádio contará com um complexo de lazer. O objetivo é revitalizar a partir do esporte a área localizada a cerca de 20 quilômetros do Marco Zero.
Um time profissional já está comprometido para a mandar os seus jogos no local.
Desta vez, acredite, o blog não está se referindo à Arena Pernambuco, mas ao Estádio Rio Doce, com previsão de conclusão até dezembro deste ano.
Um campo de futebol novinho em Olinda. O segundo em três anos. Haja demanda…
Em vez dos R$ 532 milhões do megaprojeto em São Lourenço, R$ 7 milhões.
De 46.214 lugares para 10.700. Substitua o Náutico pelo Olinda FC. Se o time alvirrubro tem os Aflitos, a equipe laranja já tinha à disposição o Olindão, em Jardim Brasil.
Enquanto a Arena Pernambuco será o grande palco do estado para o Mundial, o Estádio Rio Doce entrou na disputa para se tornar um dos Centros de Treinamento de Seleções (CTS) da Fifa para a competição. A vistoria será nesta semana (veja aqui).
Confira o design final do Estádio Rio Doce e mais fotos da obra aqui.
A dúvida, onipresente, é sobre a execução das obras até o prazo final.
Não importa o tamanho do estádio. Nem a localização…
Mais do que a “tecnologia” implantada nas camisas, o lançamento de novos uniformes visa o aquecimento do mercado. Novidades são essenciais.
Essa regra vale, também, com a Seleção Brasileira.
É preciso agradar o torcedor/consumidor, em primeiro lugar…
Quando uma ideia não dá certo visualmente, a temporada seguinte é a época exata para corrigir o vacilo e voltar à linha eficiente para o público.
Nem que seja preciso voltar a um passado bem distante…
No caso da Canarinha, sumiu a “barra verde” na parte frontal do padrão, criada no ano passado e rechaçada de forma incrível pelo público.
Fornecedora do material esportivo do Brasil desde 1996, a Nike teve em 2011 a sua pior experiência na confecção do padrão nacional, via CBF.
A inspiração para a camisa de 2012 veio de 50 anos atrás. Quando o time de um certo Garrincha conquistou o bicampeonato mundial no Chile (saiba mais aqui).
O novo uniforme, apresentado por Mano Menezes, Neymar e Ganso, conta com uma lavagem especial para dar um tom “vintage”.
Visualmente, 2014 está a salvo. O glorioso passado da Seleção garante isso.
Como nem tudo é perfeito, a camisa vai custar R$ 239. Segura essa recuada…
Torcedor, o que você achou da nova camisa da Seleção? E do preço?
Cenário dividido, em várias formas. Na construção e no futebol.
Todos os 2.397 funcionários da Arena Pernambuco paralisaram as obras do estádio nesta semana. A construção está com 32% das obras executadas.
No apertado calendário, já são três dias sem atividades. No post, fotos deste mês.
O acordo entre o Consórcio Arena Pernambuco e o sindicato, que exige um abono nas condições financeiras, vem sendo costurado para manter o ritmo até junho, data do anúncio oficial da Fifa sobre a Copa das Confederações de 2013.
Caso não ocorra mais transtornos, o estádio em São Lourenço da Mata será liberado para os clubes pernambucanos em julho de 2013.
Sim, clubes. Plural. A tendência é que durante alguns anos a Arena Pernambuco seja uma espécie de San Siro, com Náutico e Sport dividindo a estrutura.
Em vez de Milan e Internazionale… A versão recifense, com a rivalidade centenária.
Alvirrubros assinaram contrato por 30 anos.
Rubro-negros deverão assinar por 3, com a possibilidade de estender em mais 1 ano.
A Arena Pernambuco vai tomando forma, estrutural e burocrática.
Só não terá dois nomes, como na Itália. Lá, é San Siro para o Milan e Giuseppe Meazza para a Inter. Aqui, o “nome” será definido em um contrato de naming rights.
Contratados pela entidade que comanda o futebol, dois ingleses estão na capital pernambucana filmando a cultura local e, sobretudo, os grandes clubes do estado.
O material será editado em um documentário de uma hora, para a Copa do Mundo.
A IMG World, empresa de entretenimento, esportes e mídia, irá produzir especiais sobre as 12 subsedes. O Recife é a 6ª cidade na rota, a primeira da região.
O repórter Mehrdad Masoudi e o cinegrafista James Masom ficarão sete dias no estado. Na pauta, Marco Zero, Cidade Alta, os três estádios, FPF, o Clássico dos Clássicos…
Sim, a festa de rubro-negros e alvirrubros será registrada para o mundo.
Haverá espaço também para história, como o jogo Chile 5 x 2 Estados Unidos, o único da Copa de 1950 realizado no Nordeste, na Ilha do Retiro, e humor, com o Íbis.
Nos clubes, o trabalho começou na Ilha, com depoimentos do goleiro Magrão e do técnico Mazola Júnior. Vale lembrar que o Trio de Ferro já foi citado no site da Fifa.
Os filmes serão distribuídos para todas as emissoras que compraram os direitos de transmissão do Mundial de 2014. É uma oportunidades daquelas para a visibilidade…
O que não deve faltar no vídeo oficial de 1 hora da Fifa sobre o Recife?
Imagem em alta resolução e em dimensões muito acima da média.
Assim será a Fan Fest da Fifa no Marco Zero, na Copa do Mundo de 2014…
Numa rápida comparação, basta dizer que uma tela normal de cinema tem 12 metros de largura e 5,1 metros de altura. A área para as imagens é de 61,2 metros quadrados.
No Mundial, o Recife Antigo vai contar com uma tela em alta definição de 144 metros quadrados (16m x 9m), maior que muitos apartamentos de classe média na cidade.
A transmissão em HD dos 64 jogos visa atender um público de até 50 mil pessoas por dia. A princípio, não haverá exibição em 3D. Pelo menos não nesta tela.
Como curiosidade, vale citar a gigante tela cinematográfica com a tecnologia Imax, que tem 14 metros de altura e 22 de largura. Ou seja, incríveis 352 m².
Esse modelo aí só deverá ficar a disposição dos russos, em 2018…