O Leão de sempre fora de casa, com começo animador e derrota sem reação

Série A 2014: Corinthians 3x0 Sport. Foto: ALE VIANNA/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Com 18 segundos de jogo, o Sport chegou em velocidade pelo lado esquerdo.

O cruzamento foi para os pés de Felipe Azevedo, chegando na cara do gol. Bem posicionado, o atacante até estava. Faltou calibrar a mira, com o chute indo para fora.

Novamente em um tom laranja, o time pernambucano trocava passes rápidos e parecia não se intimidar com o Corinthians em sua arena tomada por quase 30 mil espectadores

Aos 12 minutos, Diego Souza prendeu bem a bola na meia-lua e deu um ótimo passe.

Por cima da zaga, novamente para Felipe Azevedo. Livre, livre. Ao seu lado ainda havia mais dois jogadores, com Ibson à esquerda e Neto Baiano à direta.

Mas, acredite se quiser, o camisa 11 tentou encobrir o goleiro corintiano.

Campeão mundial de clubes em 2012, Cássio tem 1,96m, tendo a bola área como uma de suas virtudes. Não por acaso, defendeu sem maiores problemas.

Parecia claro que o ritmo diminuiria, que o meio-campo passaria a marcar sem tanta pegada, que os espaços surgiriam. Que o time, como quase sempre ocorre, deixaria de jogar futebol fora do Recife.

O Sport foi derrotado pela 7ª derrota consecutiva como visitante na Série A.

Timão 3 x 0, goleando lá e lô. Neste sábado, aproveitou bem as chances, tudo o que o time da Ilha não consegue fazer. O Leão contabiliza um gol nos últimos cinco jogos disputados.

O G4 ficou para trás, francamente. Que o time de Eduardo Batista lute para se manter na metade de cima da tabela, o que já seria a sua melhor participação na era dos pontos corridos.

A meta ficou restrita a isso devido ao irreconhecível desempenho fora de casa, cuja explicação de jogadores e comissão técnica já não convence…

Série A 2014: Corinthians 3x0 Sport. Foto: LEANDRO MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Sport carimba o campeão da Recopa. Só sei que foi assim…

Série A 2014, 12ª rodada: Sport 2x1 Atlético-MG. Foto: sportrecife/instagram

Eurico e Severino, os heróis de uma tarde dedicada a Ariano.

Saídos diretamente de O Santo e a Porca e O Auto da Compadecida.

Chicó, o maior personagem, vestiu a 9, mas não esteve em seu melhor dia. Contudo, a obra do escritor rubro-negro é vasta. Do tamanho do Sertão.

Havia espaço para vários outros nomes.

Os atleticanos, no embalo de uma Recopa erguida em Minas, bem que tentaram acabar com um domingo em memória a Suassuna.

Pressionaram bastante, com muita qualidade. Tardelli, Maicossuel, Jô…

Pararam em João Grilo, vulgo Magrão.

Pois é. Do outro lado, encontraram adversários rebatizados, encarnando nomes já gravados na cultura nordestina… e brasileira.

Após um tempo de pouca ação do time de Ariano, a bronca no intervalo. Responsável pela formação, Eduardo Batista vai usando uma criatividade armorial para fazer o Sport render. Vem conseguindo.

Para isso, era preciso fazer a equipe acordar na marcação, melhorar as jogadas pelos lados e, sobretudo, chutar mais.

Não há reino mágico que faça isso tudo surgir sem esforço… E houve.

A tarde de alegria, como foi a vida de Ariano, começou com Severino, outrora Durval, lançando para Eurico, o improvável Felipe Azevedo. Bola nas redes.

Seguiu com o próprio Severino, regenerado, ampliando no buruçu.

No fim, o rebuliço ainda foi grande, mas Ariano teve uma merecida vitória, 2 x 1.

Foi uma partida dificílima na velha Ilha, mas só sei que foi assim…

Série A 2014, 12ª rodada: Sport 2x1 Atlético-MG. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press