Recorde de público no Pernambucano sem motivos para comemorar

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Foto: Youtube/reprodução

O Clássico dos Clássicos na Ilha, o primeiro deste Estadual, proporcionou o maior público e a maior renda da competição até aqui. No entanto, os dados não foram satisfatórios. Foram apenas 18.607 pessoas e R$ 301.580 no borderô.

Curiosamente, o primeiro clássico na edição passada também foi entre rubro-negros e alvirrubros na Ilha do Retiro. Na ocasião, 24.617 torcedores e uma arrecadação de R$ 430.900. E olhe que a própria média no preço do ingresso foi maior em 2012, com R$ 17,50, contra R$ 16,20 do último domingo

E assim segue o Campeonato Pernambucano de 2013, agora com 78 partidas realizadas. Ao todo, um público de 420.111 pessoas, com média de 5.386.

Em relação à renda bruta da competição, o montante é de R$ 2.954.163, com média de R$ 37.873. Confira abaixo as cinco maiores médias de público.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante)
Total: 52.893
Média: 13.223
Contra intermediários (4) – T: 52.893 / M: 13.223

2º) Sport (4 jogos como mandante)
Total: 44.033
Média: 11.008
Contra intermediários (3) – T: 25.426 / M: 8.475

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante)
Total: 32.534
Média: 8.133

4º) Náutico (8 jogos como mandante)
Total: 58.217
Média: 7.277
Contra intermediários (8) – T: 58.217 / M: 7.277

5º) Central (7 jogos como mandante)
Total: 44.927
Média: 6.418

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Foto: Youtube/reprodução

As bolinhas secretas no sorteio de Sandro Meira Ricci entre FPF, comissão e clubes

Sorteio na sede da FPF. Foto: FPF/divulgação

Os sorteios de arbitragem no futebol pernambucano são públicos, alguns deles até mesmo na frente da sede da FPF, no bairro da Boa Vista. Passando na calçada do tradicional prédio é possível assistir ao sorteio sem problemas.

Diante dos representantes dos clubes, as duas opções possíveis são sorteadas. Tudo para evitar qualquer desconfiança de bolinhas “frias” e bolinhas “quentes” nos nomes indicados para as partidas do campeonato estadual.

Digamos, portanto, que é uma das maiores coincidências já vistas no futebol local a escalação de Sandro Meira Ricci, do quadro da Fifa, para a disputa entre Central e Náutico, no Lacerdão, na quarta-feira.

Curiosamente, um dia depois de o presidente timbu, Paulo Wanderley, desafiar a federação a escalar o árbitro nos próximos jogos do Alvirrubro após a atuação de Ricci no Clássico dos Clássicos na Ilha do Retiro, com vitória leonina.

Desafio público e resposta velada no sorteio da comissão estadual de arbitagem. Coincidências do centenário futebol local. A confusão continuaria.

Autônoma, a comissão teve uma atitude de “pirraça de criança”, nas palavras do presidente da FPF, Evandro Carvalho, ao blog. Ele revelou uma regra interna da federação que impossibilita um árbitro apitar jogos seguidos de um mesmo time.

Ou seja, o sorteio desta segunda está anulado. Com ou se bolinhas frias, Gilberto Freire é o novo nome. Sobre Ricci, Evandro encerrou a polêmica…

“Sandro Meira Ricci estará em todos os sorteios dos clássicos e das finais do Estadual. Podem reclamar 24 horas por dia. Não adianta.”

Por sinal, a nota atribuída a Ricci no ranking interno da FPF foi 9,0.

Atualizações: à noite, os integrantes da comissão entregaram os cargos. No dia seguinte, terça-feira, a integrantes da Ceaf voltaram atrás…

Sorteio na sede da FPF. Foto: FPF/divulgação

O mistério da ajuda mensal da FPF aos clubes

Sherlock Holmes

Superavitária e com patrimônio líquido de R$ 3,7 milhões, a Federação Pernambucana de Futebol tem o papel de fomentar os clubes do estado.

Seja organizando a competição, o calendário e, por que não, com ajuda financeira aos clubes. Verba para reforma de gramado, pagamento de folha etc.

Nesta segunda-feira o Sport “denunciou” uma ajuda mensal da entidade no valor de R$ 180 mil a um “coirmão” para viabilizar os salários (veja aqui).

O texto não cita nominalmente Náutico ou Santa Cruz, o que é até pior, pois só deixa no ar a nuvem de dúvidas. Ao blog, o presidente coral, Antônio Luiz Neto, negou veemenente a antecipação dita pelo site rubro-negro.

“De jeito nenhum que recebemos esse dinheiro. E mais. Se existisse essa verba não haveria problema algum, porque a FPF sempre ajudou os clubes quando possível. Já socorreu várias vezes o próprio Sport.”

O presidente timbu, Paulo Wanderley, também em entrevista por telefone, foi ainda mais duro ao negar a informação.

“Não tem nada, nada, nada. Da FPF nós só recebemos o repasse do Todos com a Nota. O Sport tem que cuidar da vida dele. Soube dessa nota e o débito (trabalhista) é menor. E sobre essa ajuda da federação é um absurdo. O Sport tem que parar com isso e se preocupar com só ele.”

Nota-se que há um impasse no episódio.

E o que é pior… Uma rusga entre as diretorias. Absolutamente desnecessário.

Contatado pelo blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, comentou sobre a existência de um fundo de investimentos que antecipa receitas aos clubes, com crédito de R$ 1 milhão. Empréstimos sem periodicidade mensal.

Atualmente, a entidade libera até R$ 300 mil por mês, somando a ajuda a todos os clubes. O Santa Cruz já fez parte dessa lista, sem ilegalidade alguma.

Por uma nova fase no futebol pernambucano, solidária

Campanha Respeito & Paz no futebol pernambucano

Um mês após o ato que escancarou a necessidade de uma requalificação no esquema de segurança nos jogos de futebol no estado, o primeiro clássico.

Sport e Náutico entram na Ilha do Retiro, no domingo, sem a presença das torcidas uniformizadas, vetadas desde o disparo que atingiu Lucas de Freitas Lyra, 19 anos, na frente dos Aflitos. O alvirrubro continua internado no hospital.

Numa tentativa válida e necessária para deixar a rivalidade dentro das quatro linhas, os três grandes clubes e a Associação de Assistência à Criança Deficient, AACD, lançam a campanha Respeito & Paz, com uma mobilização a partir das redes sociais. Aqui no blog, a campanha segue.

Recentemente a FPF também celebrou uma ação social. Confira aqui.

O trabalho de conscientização deve ser permanente.

Estadual passa da metade e sonha com os clássicos para elevar a média no TCN

Miguel Arraes (governador de Pernambucano) e Carlos Alberto Oliveira (presidente da FPF) em 1998. Foto: Ricardo Borba/DP/D.A Press / Evandro Carvalho (presidente da FPF) e Eduardo Campos (governador de Pernambuco). Foto: Nando Chiappetta DP/D.A Press

O Campeonato Pernambucano desta temporada terá de 136 a 137 jogos, dependendo do número de partidas necessárias para a decisão, duas ou três. Portanto, com a realização da sexta rodada do turno principal o torneio ultrapassou a metade dos jogos previstos. Até o momento, 72.

Segundo o borderô da FPF foram 383.028 pessoas nas arquibancadas, gerando uma média de 5.319 torcedores, com o Santa Cruz novamente na liderança.

Curiosamente, a segunda metade reserva os três clássicos do turno, além da provável disputa de mais clássicos na fase final do Estadual. Assim, há como projetar um crescimento na média da competição.

Mas será suficiente para evitar o pior índice da era do Todos Com a Nota? Considerando os governadores Miguel Arraes (1998) e Eduardo Campos (2008/2013), a edição vigente é a sétima com o programa. Até hoje, a média mais baixa com esse subsídio estatal foi a de 2008, com 5.897 pessoas.

Em relação à renda bruta da competição, o montante é de R$ 2.543.869, com média de R$ 35.331. Confira abaixo as cinco maiores médias de público.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante)
Total: 52.893
Média: 13.223
Contra intermediários (4) – T: 52.893 / M: 13.223

2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 25.426
Média: 8.475
Contra intermediários (3) – T: 25.426 / M: 8.475

3º) Salgueiro (3 jogos como mandante)
Total: 24.198
Média: 8.066

4º) Náutico (8 jogos como mandante)
Total: 58.217
Média: 7.277
Contra intermediários (8) – T: 58.217 / M: 7.277

5º) Central (7 jogos como mandante)
Total: 44.927
Média: 6.418

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Ainda sem arrancar, Estadual ultrapassa marca de R$ 2 milhões em arrecadação

5ª rodada do 2º turno do Pernambucano 2013: Náutico 3x0 Belo Jardim (Bernardo Dantas), Sport 2x0 Porto (Ricardo Fernandes) e Santa Cruz 2x0 Central (Ricardo Fernandes), com fotos do DP/D.A Press

As três partidas no Recife entre sábado e segunda-feira reuniram trinta mil pessoas nos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Um índice mediano para as edições subsidiadas do Estadual. Não foram poucos os clarões nas arquibancadas. Alheio a isso, o Santa segue firme em primeiro na disputa das multidões.

Casa cheia mesmo segue como utopia no Campeonato Pernambucano. Até agora, a soma dos dois turnos levou 345.971 torcedores, com média de 5.241 pessoas, levemente maior que na rodada anterior. A mais baixa desde 2007.

Somente após 66 jogos a arrecadação bruta desta temporada conseguiu ultrapassar os dois milhões de reais. Em dados exatos, um montante de R$ 2.272.132. Parece muito? Para o futebol local, não é. O dado resulta no baixo índice de R$ 34.426. No ano passado essa média atingiu R$ 89.761.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (3 jogos como mandante)
Total: 39.772
Média: 13.257
Contra intermediários (3) – T: 39.772 / M: 13.257

2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 25.426
Média: 8.475
Contra intermediários (3) – T: 25.426 / M: 8.475

3º) Salgueiro (3 jogos como mandante)
Total: 24.198 17.710
Média: 8.066

4º) Náutico (7 jogos como mandante)
Total: 50.516
Média: 7.216
Contra intermediários (7) – T: 50.516 / M: 7.216

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Estadual caminha para ser o mais vazio na era do Todos com a Nota

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 1x1 Pesqueira. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

A média de público do campeonato estadual segue em baixa nesta temporada. Na Ilha do Retiro, no único jogo no Recife nesta rodada, foram apenas 9.423 torcedores. Ou seja, em duas partidas em casa o Leão não colocou sequer dez mil pessoas numa apresentação. No geral, o borderô contabiliza 305.651 torcedores em 60 jogos, com uma média de 5.094 pessoas.

A última vez na qual o certame registrou um número tão ruim foi em 2007, com 4.509. Curiosamente, aquela foi única edição sem ingressos subsidiados desde 1998, considerando o Todos com a Nota e o Futebol Solidário. Portanto, nessa nova fase do TCN, sob o governo de Eduardo Campos, vivemos a pior edição nas arquibancadas. Confira todas as médias desde 1990 aqui.

Em relação à arrecadação bruta o montante beira os dois milhões. Em dados exatos, R$ 1.977.469, com o baixo índice de R$ 32.957.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 25.757
Média: 12.878
Contra intermediários (2) – T: 25.757 / M: 12.878

2º) Salgueiro (2 jogos como mandante)
Total: 17.710
Média: 8.855

3º) Sport (2 jogos como mandante)
Total: 16.524
Média: 8.262
Contra intermediários (2) – T: 16.524 / M: 8.262

4º) Náutico (6 jogos como mandante)
Total: 42.721
Média: 7.120
Contra intermediários (6) – T: 42.721 / M: 7.120

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Segurança através do monitoramento das redes sociais com viés futebolístico

Rede social

Desenvolvido em segredo há um ano, um software programado para combater a violência no futebol através das redes sociais será lançado em Pernambuco neste mês. Orçado em R$ 900 mil e criado por um pool de empresas, entre elas a Microsoft, o software será cedido à Secretaria de Defesa Social do estado.

Trata-se de um megacruzamento de dados e arquivamento de informações colhidas em redes como facebook, twitter, orkut etc. Segundo a Federação Pernambucana de Futebol, que participou do investimento com uma fatia de 10%, a ideia é mapear e monitorar os focos de violência na região metropolitana, uma vez que a mesma interação que as redes sociais fomentam para agregar pessoas serve também para agilizar processos um tanto controversos.

No futebol é comum a agenda negativa criada por supostos integrantes de torcidas organizadas, publicada nos respectivos perfis virtuais. No Recife, membros das três principais facções já brigaram nas ruas e nos estádios após ameaças na internet. Públicas, mas quase sempre descobertas após os fatos.

A nova plataforma, utilizada num modo semelhante por grandes companhias de segurança, deve ser a primeira em uma federação de futebol no país.

Fim das arquibancadas tubulares

Estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho. Foto: Jaqueline Maia/DP/DA Press

A presença de arquibancadas tubulares no estádios pernambucanos é algo de praxe a cada campeonato estadual. Isso ocorre porque vários palcos não apresentam a capacidade mínima para a competição, de cinco mil lugares.

Geralmente contam com um ou dois lances de arquibancada de concreto armado, em um lado do campo. Dois no máximo. O jeito, então, é aumentar a quantidade de lugares com estruturas metálicas móveis, semelhantes àquelas usadas em torneios de vôlei de praia.

Há quase duas décadas é assim na disputa local. Entre os principais exemplos, os estádios Gileno de Carli,  no Cabo de Santo Agostinho, Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe, e Paulo de Souza, em Petrolina.

Essa fase, um tanto amadora, está com os dias contados. A Federação Pernambucana de Futebol expediu um documento proibindo as arquibancadas tubulares na primeira divisão a partir de 2015.

Portanto, o certame do ano que vem, o centésimo da história do futebol do estado, será a despdida dessas arquibancadas.

Ou se constrói uma arquibancada de verdade ou arruma as malas para jogar em outra cidade. Que esse cuidado se estenda aos gramados…

Estádio Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP/D.A Press

Campeonato Pernambucano exibido na TV para 56 países, mas com casa vazia

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

O contrato de transmissão na televisão do Campeonato Pernambucano de 2013 prevê a exibição de uma partida às 20h de sábado. É um jogo disponibilizado para todo o Brasil através do canal pago PFC e também para o exterior via Globo Internacional, com 56 países no raio de atuação. Em relação à visibilidade, um bom negócio. No entanto, o horário não agradou o público.

No sábado, o jogo nos Aflitos reuniu apenas 5.718 pessoas. Na semana anterior haviam sido 8 mil tricolores no Arruda. Não por acaso o índice geral do Estadual está bem abaixo das últimas temporadas. No geral, o borderô contabiliza 276.451 torcedores em 54 jogos, com uma média de 5.119.

Na liderança das multidões, o tetracampeão das arquibancadas, o Santa Cruz, assumiu a liderança após os 17 mil presentes no Mundão. Ainda assim, segue com metade da sua média registrada no certame passado. Em relação à renda do torneio, o acumulado é de R$ 1.790.551, com R$ 33.158 por jogo. Pouco.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 25.757
Média: 12.878
Contra intermediários (2) – T: 25.757 / M: 12.878

2º) Salgueiro (1 jogo como mandante)
Total: 8.998
Média: 8.998

3º) Náutico (6 jogos como mandante)
Total: 42.721
Média: 7.120
Contra intermediários (6) – T: 42.721 / M: 7.120

4º) Sport (1 jogo como mandante)
Total: 7.101
Média: 7.101
Contra intermediários (1) – T: 7.101 / M: 7.101

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.