Helder Tavares, repórter fotográfico do Diario de Pernambuco, havia acabado de chegar na sede da Federação Pernambucana de Futebol, no bairro da Boa Vista.
A pauta? Produzir fotos com o troféu de campeão pernambucano de 2010. A taça que estará em jogo na decisão desta quarta entre rubro-negros e alvirrubros.
Chegando lá, a surpresa!
Por acaso, Helder encontrou o presidente tricolor, Fernando Bezerra Coelho, entrando numa sala de reunião com o mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira.
Quando FBC viu a taça, não escondeu a surpresa. A mesma quando viu o fotógrafo do Diario. Soltou até piadinha… 😯
“Agora eu não vou entrar mais nessa sala, para você (Helder) não fazer a minha foto babando esse troféu”, disse um bem humorado Fernando, sem esconder a gargalhada.
Mas já era tarde. Antes mesmo da surpresa do tricolor, a foto já tinha sido feita.
Não… O post não tem relação alguma com o Pernambucano de 2010.
Leão e Patativa ainda vão começar a decidir uma vaga na final do Estadual.
O confronto começa no domingo, diante de 15 mil pessoas no Lacerdão.
Fora dos limites de Pernambuco, porém, os dois clubes podem estar relacionados numa mudança interessante no Campeonato do Nordeste.
Produtiva para os dois lados, diga-se!
Com a desistência oficial do Sport, que não aceitou a segunda proposta feita pela Liga do Nordeste, a 3ª vaga do estado no regional poderá ser ocupada justamente pelo Central!
Enquanto o mandatário leonino, Silvio Guimarães, dizia ao blog nesta terça que a chance do clube disputar a competição era de “0,01%”, o presidente alvinegro, João Tavares, acordou cedo em Caruaru e veio até o Recife para conversar com a diretoria da FPF.
Manter a tabela original com 16 times é o principal objetivo da liga nordestina. Já os 15 times inscritos querem dividir o bolo de R$ 500 mil que ficaria com o Sport e deixar a competição com um time a menos. Assim, o Leão vai focar só a Série B.
Ao Central, a chance de tornar o restante do ano ainda mais efetivo, pois, além da semifinal local, o time jogará novamente a Série D do Brasileiro. À Liga, uma bronca grande com a refugada de um dos seus maiores filiados.
O impasse está na mesa. Telefonemas e mais telefonemas articulando um acordo… O relógio segue na contagem regressiva. O Nordestão deve começar dia 9 de junho.
Sport volta atrás e disputará o regional? Central na jogada? Competição com 15 times? Nordestão adiado para 2010…? Opine!
Post com a colaboração do repórter Rodolfo Bourbon
O Campeonato Pernambucano de futebol está com um regulamento diferente pelo 3º ano seguido, ferindo sem pena o Estatuto do Torcedor, que prevê pelo menos dois anos para cada fórmula aprovada nas competições.
O novo formato, com uma fase classificatória e a disputa de uma fase decisiva, com semifinal e final, foi aprovada por 11 dos 12 participantes. O Sport votou contra.
Na teoria, uma disputa para tornar o Estadual mais emocionante, já que o Rubro-negro ganhou 3 dos seus 4 títulos seguidos sem sequer disputar uma decisão.
Mas, aos poucos, a edição deste ano vai mostrando toda a sua limitação. 😯
1º) O formato dos mata-matas. Terminar como líder após 22 rodadas e ter como única vantagem apenas jogar a segunda partida em casa é quase uma ideia insana.
Na maioria das competições, a vantagem de jogar por resultados iguais (2 empates ou um vitória pra cada lado com a mesma diferença no saldo de gols) é quase uma regra!
Em Pernambuco, pra completar, o confronto terá o esquema da Copa do Brasil. Emocionante? Sim. Mas, esportivamente falando, muito injusto. Desnecessário.
2º) Como já foi dito pelo Diario (veja AQUI), um time do interior poderá ser campeão pernambucano, mas mesmo assim pode ficar de fora da Série D, já que a classificação para o Brasileiro não engloba toda a competição, mas apenas a 1ª fase do Estadual.
É difícil de acontecer? É. Mas existe a possibilidade, correto? Pois é. Isso basta para ser mais uma falha. Central campeão pernambucano de 2010, classificado à Copa do Brasil de 2011 e fora da Série D deste ano… Que beleza seria um cenário assim!
3º) Ficou provado mais uma vez que um Pernambucano com 12 times é uma overdose. Dez clubes é um número mais do que suficiente. Por causa do inchaço, o Estadual de 2010 foi o primeiro a começar, entre os mais tradicionais, e será o último a acabar.
O Paulistão, com 20 clubes (mas com potencial econômico para isso), está a uma rodada do fim de sua fase classificatória. Aqui ainda faltam 3…
Uma tabela local que ultrapassa o limite imposto pela CBF. Segundo o calendário da entidade que o comanda o futebol do país, os regionais deveriam ter, no máximo, 23 datas. O Paulistão irá cumprir isso (19 + 4 das finais). Em Pernambuco serão 26.
Com 10 clubes e o mesmo formato, teríamos uma competição com 22 datas. Nas regras do jogo. Com um mínimo de tempo de preparação, tanto para o Estadual quanto a semaninha de descanso para a Série B, prioridade de rubro-negros e alvirrubros.
4º) Para completar… Ficou a sensação de que a FPF não cogitou a possibilidade que algum time do Recife conseguisse se classificar às oitavas de final. Mesmo tendo a consciência de que quase sempre pelo menos um time da capital avança até esta fase… Tem sido assim desde 2003 (veja AQUI)! E olhe que neste ano foram dois.
O que era pra acabar em maio pode se estender até junho… E no meio daquela papelada toda do regulamento, fica parecendo que 11 times assinaram sem ler.
Não é o Frankenstein de 2008, mas é uma competição injusta e desarrumada.
Faltando 6 rodadas e com 9 pontos de vantagem sobre o 2º lugar, os rubro-negros retomaram as reclamações sobre o regulamento do Pernambucano de 2010.
Alegam que o Sport seria campeão por antecipação, como ocorreu nos últimos anos. O alvo das críticas é o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira.
Num resquício da entrevista ao blogueiro, o mandatário soltou uma pérola, mas que não deixa de ser uma interessante visão sobre o formato da competição:
“Os outros 11 times quiseram essa fórmula, menos o Sport. Não tinha o que fazer. Além disso, esse tipo de coisa, com essa vantagem toda, acontece… Em 1978, o Brasil não foi nem pra final da Copa do Mundo e acabou em 3º lugar. Se isso aconteceu até com a Seleção, então também pode com o Sport.”
Sem saber, Carlos Alberto só fez municiar os rivais com possíveis gozações caso o Leão caia no mata-mata do Estadual. Algo como “pentacampeão moral”… 😯
Abaixo, um vídeo do empate entre Brasil e Argentina, na cidade de Rosário, pelo quadrangular semifinal. Jogando em casa, os hermanos seguraram a bronca e depois garantiram a vaga na decisão com um joguinho bem suspeito contra o Peru. A Seleção Brasileira terminou o Mundial de 1978 invicta, com 4 vitórias e 3 empates.
O técnico do Brasil, Claudio Coutinho, batizou aquele time de “campeão moral”.
“Em Pernambuco, nenhum time vai jogar obrigado na Arena Capibaribe durante o Estadual. A FPF tem o mando de campo e determina o local, mas não vai passar por cima de ninguém. E quem tem cadeiras e camarotes… Como ficam esses torcedores? É preciso conversar. Clássico lá, só em comum acordo”.
A declaração acima foi do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, sobre a suposta pressão da CBF para que os clubes joguem nos estádios da Copa do Mundo a partir da Série A de 2014 (veja aqui).
Tema pra lá de polêmico. Tanto que o dirigente foi até a Rodada Nordestina rumo a Copa 2014 para conferir de perto novos detalhes sobre o projeto.
Segundo o mandatário da FPF, a “CBF tem a diretriz dela para os campeonatos dela”.
O questionamento teve como o gancho o Paulistão, pois lá é a federação local (curiosamente, também chamada de “FPF”) quem determina os estádios dos jogos decisivos. Já ficou comum.
Em 2004, por exemplo, Paulista e São Caetano decidiram o título estadual no Pacaembu. Mas isso não deverá ser estendido aos clássicos do Pernambucano.
Para completar, Carlos Alberto voltou a afirmar que deixará a FPF, como já disse em outros anos, mas só em 2014. Neste ano, em setembro, haverá uma eleição para um mandato de 4 anos. Após a Copa no Brasil, na eleição seguinte, ele diz que está fora.
Motivo?
Idade… O dirigente terá 72 anos em 2014.
“Se eu ficar até 2014 serão 20 anos na frente da FPF. É muito tempo já, ainda mais porque o meu irmão ficou 10 anos antes de mim. É preciso descansar.”
E o sucessor, Carlos Alberto?
“Calma. Ainda tem que construir o estádio, organizar os campeonatos pernambucanos e conversar bastante sobre tudo isso. Tem tempo ainda.”
Com o fim do 1º turno e, consequentemente, a realização de 66 jogos pelo Estadual, o público registrado até agora nos borderôs é de 478.087 (veja AQUI). Na média, 7.243 torcedores por partida. Comparando com todas as médias desde 1990, quando a FPF começou a contabilizar os dados (veja AQUI), o número de 2010 seria o 2º melhor da história! Abaixo apenas da média de 1998, com 10.895 pessoas.
Em 28 de janeiro, o blog postou a declaração exclusiva do vice-presidente da FPF, José Joaquim, sobre a expectativa de público para o Pernambucano de 2010. Na ocasião, ele disse que esperava um público total (somando a fase classificatória e as finais) de 1,3 milhão de pessoas, com uma média de 9.420 (veja AQUI).
Numa conta simples, o Estadual precisará registrar a entrada de mais 821.913 pessoas! Ou seja, nos 72 jogos restantes a média terá que ser de 11.415. A conferir. 😎
Vale lembrar, porém, que não há controle na entrada dos ingressos promocionais da campanha Todos com a Nota, como já foi denunciado pelo Diario (veja AQUI).
Curiosidade: até agora, a competição arrecadou R$ 3.695.682. O lucro líquido dos clubes, porém, foi de R$ 2.845.993. Assim, o valor corresponde a 77% da renda bruta.
Fim da batalha das arquibancadas no primeiro turno do Pernambucano de 2010.
Entre os grandes, é claro. Com o clássico no sábado e o jogo do Tricolor neste domingo lá no Sertão, já é possível antecipar as médias de público do Trio de Ferro do Recife.
Dos 11 jogos nesta primeira etapa da competição, cada um jogou 5 vezes em casa (ou seja, jogarão 6 no returno). Confira abaixo o público total e as médias de cada um.
Assim como em 2009 (veja AQUI), a Cobra-Coral lidera o “campeonato das multidões”. Só por curiosidade, também coloquei a média de público considerando apenas os jogos contra os times intermediários (no caso, 4 partidas para cada clube da capital).
Garanhuns – Em 1995, o Sete de Setembro conquistou o seu maior título. O alviverde da Suíça Pernambucana ganhou o Estadual da 2ª divisão. Na decisão, bateu o Centro Limoeirense por 1 x 0, fora de casa, e ficou com a taça.
O troféu oficial não foi entregue na final, em 9 de julho daquele ano. A FPF entregaria a taça apenas no amistoso festivo do Sete contra o Treze/PB, no Gigante do Agreste, na semana seguinte.
E assim aconteceu. O Sete recebeu o “Troféu Gerson Gomes de Oliveira” pelo título da Segundona. Dias depois, a FPF enviou outra troféu. Idêntico e com o mesmo nome! 😯
O roupeiro Sérgio, de 32 anos (na esquerda da foto), já trabalhava no clube em 1995 e se recorda do episódio.
“Quinca fez o gol do campeonato pro Sete, em Limoeiro. A festa foi grande, mas a Federação Pernambucana de Futebol não entregou no troféu no dia. Só mandou depois, no amistoso. A gente nem tinha parado de comemorar e chegou mais um. Nunca entendi esse segundo troféu, e ninguém nunca explicou direito”.
O outro roupeiro do time, Jucimar, de 20 anos, prefere ver o lado positivo da história…
“Pelo menos é mais uma taça na galeria do Sete. A sala fica mais bonita”.
Caruaru – O título pernambucano nunca foi comemorado por um time do interior.
Em 95 edições do Estadual, desde 1915, apenas 7 clubes ficaram com a taça.
Todos os campeões foram do Recife. 😯
Em 2010, o regulamento prevê a disputa de uma semifinal com os 4 melhores da competição após 22 rodadas. Desta forma, pelo menos uma equipe do interior irá disputar o título desta temporada.
Nesta segunda-feira, o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, teve um encontro informal com a nova direção do Central. Curtindo as férias em Gravatá, o dirigente foi conferir de perto a reforma do Lacerdão (veja AQUI).
À frente da FPF desde 1995, o mandatário não escondeu o seu desejo de ver um dia um time de fora da capital com o troféu de campeão pernambucano. Ele foi além.
Carlos Alberto acredita que 2010 possa marcar o fim do tabu quase centenário.
“Torço para um time do interior vencer o campeonato até o fim da minha gestão. Um dia vai chegar. Esse ano pode ser a grande chance, com a disputa do mata-mata, que vai deixar o campeonato com mais emoção. Veja se for o Central, por exemplo. O time ganha aqui (no Lacerdão) e empata no Recife. Pronto. Já estaria na final.”
Além do regulamento, Carlos Alberto também acredita que o trio do Recife chegará enfraquecido neste ano, devido aos péssimos resultados em 2009.
“Em 2006, o Colo-Colo (de Ilhéus) foi campeão baiano. O time se planejou e se aproveitou que a Bahia e Vitória estavam quebrados. Mesmo com mais dinheiro, Sport, Náutico e Santa Cruz vão chegar mais fracos. Só não falo mais pra ninguém achar que estou querendo que um time do interior seja campeão. Estou só torcendo.”
De fato, Bahia e Vitória estavam endividados mesmo. A dupla Ba-Vi havia acabado de ser rebaixada à Série C, em 2005, no pior momento da história do futebol de Salvador.
No Pernambucano, a primeira participação do interior foi em 1937, com o Central. A partir da década de 60, pelo menos um time de fora do Grande Recife esteve presente. As melhores colocações foram os vice-campeonatos em 1997 e 1998, com o Porto, e em 2007, com o Central.
Você acha que 2010 pode ser o ano do primeiro título de um clube do interior?
O site da Federação Pernambucana de Futebol está temporariamente fora do ar. Mas é por uma boa causa.
O portal da FPF está passando por uma atualização.
O prazo para o novo layout ainda não foi divulgado. Além de um visual mais moderno, espero que o site volte com mais informações sobre todas as competições da entidade.
Apesar da paralisação temporária (com a mensagem acima), o link do site ainda mantém as tabelas e regulamentos dos Estaduais de 2010 de profissionais e juniores (veja AQUI).
No site, fica claro que a FPF passará a adotar de vez o novo escudo da federação, criado em junho deste ano pela agência Silvio Andrade Projeto e Imagem (veja AQUI). O modelo substitui a versão ao lado, usado desde a época da seleção Cacareco.
Palavras do próprio criador sobre o novo escudo:
“A antiga logomarca serviu de referência para a nova proposta, por se tratar de uma imagem consolidada no mercado a décadas. Optei por dar um aspecto contemporâneo a nova logo, de modo a acompanhar a evolução do futebol no mundo. Essa modernização se deu através de efeitos metálicos e tridimensionais. A sigla FPF está associada a diversas outras instituições, como por exemplo as federações de futebol de São Paulo, de Portugal, do Pará e etc. Os arcos acrescidos a logo representam o arco-íris existente na bandeira de Pernambuco, associando de imediato a FPF ao estado”.
Sobre a renovação da FPF, agora só falta uma: a gestão, a mesma desde 1995. 😎