Em 2004, a Grécia ganhou de forma surpreendente a Eurocopa. Fechada na defesa, saindo de vez em quando para o ataque e vencendo quase sempre por 1 x 0, os gregos conseguiram levar a taça para Atenas.
Com o status de 13º lugar no ranking da Fifa, o time azul desembarcou na África com o desejo de apagar a imagem deixada pela única campanha do país em uma Copa. Em 1994, jogaram 3 vezes, perderam as 3, sofreram 10 gols e não marcaram nenhum…
Neste sábado, a Grécia enfrentou um time que, teoricamente, não seria tão difícil.
Mas os gregos não viram a bola em Port Elizabeth. Pelo contrário. Que o futebol do campeão europeu de 2004 não mudou muito é fato. Só que o ferrolho não serviu contra a rápida equipe coreana, em 47º no mesmo ranking da Fifa.
Coreia do Sul 2 x 0! Assim, a Grécia chegou a 4 jogos na história do Mundial: 4 derrotas, 12 gols sofridos e nenhum a favor.
Ou a Grécia (???) faturando a Eurocopa de 2004 (de novo 2004!), diante da seleção portuguesa, do técnico Felipão, em Portugal…!? 😯
Sem dúvida alguma, existem muitas zebras ao longo dos anos no futebol. Daquelas que 99,99% dos torcedores apostariam no favorito, no gigante. Mas uma das razões da paixão pelo futebol é o fato de ser tão surreal, imprevisível.
Imprevisível como uma emblemática decisão que completa 30 anos neste sábado.
Na última quarta-feira, a Liga dos Campeões da Uefa reuniu na decisão em Roma dois gigantes do continente: Barcelona e Manchester United, com a vitória do primeiro. Uma final prevista em qualquer resenha no início de temporada.
Mas na final de 1979 o mundo acompanhou o duelo entre Nottingham Forest, da Inglaterra, e Malmö, da Suécia. Também no estádio Olímpico, mas o de Munique, diante de 57 mil pessoas. Tudo bem, um time era da Inglaterra, e só por isso já deveria ser uma das forças tradicionais do país. Nada disso.
O Nottingham havia conquistado o seu 1° título inglês (e único até hoje) no ano anterior, e, assim disputava a sua primeira Copa dos Campeões (nome da competição na época). Vale ressaltar que o clube já tinha 114 anos naquela temporada! 😯
Mas a equipe aproveitou bem a chance! Antes da final, eliminou Liverpool (então bicampeão), AEK (Grécia), Grasshopper (Suíça) e Köln (Alemanha). Em 30 de maio de 79, o Forest ganhou por 1 x 0, gol de cabeça do meia Francis (vídeo abaixo). Depois, o capitão McGovern (foto) ergueu a taça, numa cena surreal no Velho Mundo.
Agora, a observação que torna esse título emblemático… O Nottingham Forest (sediado na famosa floresta de Robin Hood) não só foi campeão europeu, como bicampeão! Em 1980, o time alvirrubro ganhou do Hamburgo (ALE) por 1 x 0, em Madri. O título inglês e o bi europeu foram sob a batuta do técnico Brian Clough (esse sim, milagreiro), que ficou no clube entre 75 e 93 (907 jogos).
Assim, o Nottingham conseguiu algo que nem times como Arsenal e Chelsea conseguiram. E após aqueles anos mágicos, o clube voltou ao ostracismo, e hoje se encontra na 2ª divisão inglesa, sendo o único campeão europeu nesta situação…
Nottingham Forest, a única zebra dupla da história. 😎
O leão, mascote do Sport, é, obviamente, rubro-negro. Mas existem leões com outras cores em clubes espalhados pelo Brasil e no exterior. Alvinegro (Bragantino), tricolor (Fortaleza, mas com azul ao invés de preto), azul (Remo) e até rubro-negro mesmo (Vitória).
Mas alvirrubro?!
Olhe que existe sim… Pelo menos dois. Um é paixão nacional na Grécia, o mascote do popular alvirrubro Olympiakos. É essa figura aí, ao lado esquerdo, chamada Viper. A explicação do mascote grego: o animal representa força e poder. Viper acompanha o time em outras modalidades além do futebol, como vôlei e basquete.
O outro completou 100 anos em 2008. É do Villa Nova, de Minas Gerais, primeiro campeão brasileiro da segunda divisão (1971), ao lado direito.
Abaixo, os mascotes de Sport, Portuguesa, Vitória, Fortaleza, Bragantino, Remo e Avaí.
Post com a colaboração de Adriana Reis (direto da Grécia)