Um jogo morno na Ilha. Com o estádio quase às moscas, com a torcida ainda chocada pelas declarações de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a lobistas para “empurrar” Leomar na Seleção, o Sport precisava se recuperar.
Sem treinador, sem padrão de jogo, sem confiança, sem vontade. Está dura a vida rubro-negra nesta temporada. Mas os 8.902 corajosos que trocaram o domingo de sol pela paixão na arquibancada viram a recuperação leonina.
Pelo menos a recuperação estatística, com uma vitória e a volta à zona de classificação do Estadual. O resultado positivo, por 2 x 0, contudo, passou longe de agradar, até mesmo pela fragilidade do Porto, inerte em campo.
A equipe dirigida interinamente por Gustavo Bueno e armada no esquema 3-5-2 apresentou os velhos erros ofensivos, alguns deles primários, como o gol impedido (corretamente anulado) de Roger, por pura falta de atenção.
Já o golaço de Rithelly, num chutaço de prima de fora da área, foi o raro ponto positivo. Saiu aos 39 do primeiro tempo. No mesmo minuto, mas na etapa final, Cicinho, que acabara de entrar, marcou o seu primeiro gol pelo Sport. Se libertou da promessa de beber refrigerante só no dia em que esse tento saísse.
Golaço de Rithelly e gol de Cicinho. Difícil mesmo está sendo fazer as pazes com a torcida. Desta vez, o time ao menos deu um passo à frente.