Já está sendo articulada a volta da cerveja ao futebol pernambucano. A médio prazo.
Como se sabe, a cerveja está proibida (venda e consumo) desde a publicação da lei estadual em 24 de março de 2009, de autoria do deputado Alberto Feitosa. Cinco anos depois, uma alteração na redação deverá ser discutida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
A informação é do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.
Segundo o dirigente, o projeto de autoria do deputado Antônio Moraes não irá revogar a lei vigente, mas derrogá-la. Ou seja, mudará apenas um artigo.
Assim, continuará o veto ao uísque, vodca, vinho e outras bebidas. Menos uma.
Somente a cerveja seria liberada. Basta para incrementar a receita no futebol. Na Copa do Mundo de 2014 a oferta nos 64 jogos foi de 3 milhões de latinhas.
Duas audiências públicas já foram realizadas sobre o tema.
A articulação está de tal forma que uma cervejaria já mostrou interesse em adquirir o naming rights do Estadual pelos próximos quatro anos. O acordo está condicionado à liberação da cerva.
O mesmo aconteceu em 2009, com a Ambev, quando a empresa acabou voltando atrás no contrato R$ 800 mil por causa da proibição.
Sobre a reviravolta na lei – o próprio Juizado do Torcedor (Jetep) já admitiu que a lei em vigor não diminuiu a violência -, há uma particularidade…
No site oficial da Alepe, o projeto de lei ordinária nº 584/2011, de Antônio Moraes, encontra-se parado desde 22 de maio de 2012, quando o próprio parlamentar solicitou a retirada de tramitação.
Por sinal, o presidente da assembleia, Guilherme Uchôa, diz que ainda não há movimento na casa sobre essa pauta, que não passou sequer nas comissões.
Mesmo assim, a FPF mostra-se animada com a votação. Resta aguardar para ver se não foi mais empolgação do que fato concreto. Veremos em 2015.