Pedra fundamental ou erro fundamental?

Cidade da Copa1º de março de 2010.

Prazo máximo dado pela Fifa para que começassem as obras dos novos estádios para a Copa do Mundo de 2014.

Um deles ainda se enrola em centenas de papeis, articulações políticas e incerteza perante o público.

A Cidade da Copa.

Lançado com toda pompa em 15 de janeiro do ano passado, o megaprojeto orçado em R$ 1,59 bilhão deveria registrar a sua pedra fundamental na manhã desta segunda-feira.

Mas o terreno de 230 hectares em São Lourenço da Mata continua do mesmo jeito.

Uma viatura da Polícia Militar segue patrulhando a entrada e saída de pessoas da comunidade de Jardim Penedo de Baixo. Moradores sem informações sobre a data da desocupação. Nem o novo endereço, o que é ainda mais grave.

Continua tudo na mesma, como há um ano, quando a arena pernambucana para o Mundial foi apresentada pelo governo do estado.

O resultado da futura licitação, hoje, seria “deserto”, jargão para definir a ausência de candidatos.

Bastaria um.

O suporte do consórcio era uma parceria com dois dos três grandes clubes do Recife.

Proposta inicial: jogar sem custo algum em um estádio com “padrão Fifa” durante 30 anos e ainda dividir os lucros (ficando com a maior porte).

Dirigentes de Sport, Santa Cruz e Náutico bocejaram.

Rubro-negros bateram o pé e decidiram ficar isolados numa ilha. Do Retiro.

Alvirrubros ainda negociaram um acordo com os governistas, mas a Arena Recife, no Engenho Uchôa, acabou atraindo toda a atenção timbu.

O Náutico não só deixou o projeto pernambucano como passou a fazer lobby para o mais novo estádio de papel da cidade.

Enquanto isso, tricolores continuaram com a mesma posição, divagando sobre a construção de um “elefante branco” a 9 quilômetros do Marco Zero e a possibilidade de tocar o velho projeto da Arena Coral.

O governo avançou pelos flancos e mandou uma segunda proposta.

Além das benesses da primeira carta, o clube que aceitasse (neste momento, o governo já apelava para contar com pelo menos “um” time) ganharia um centro de treinamento novinho em folha, bancado pelo grupo de investidores da arena.

Nessa, o Santa Cruz balançou. Pediu 15 dias. Tempo suficiente para avaliar e negar.

Logo em seguida, a terceira oferta.

Tudo o que estava escrito nas duas primeiras propostas e mais R$ 10 milhões.

E aí? Nada.

O governo ficou de mãos atadas. Ficou não. Está.

O discurso oficial é de que Pernambuco vai construir o estádio independentemente da aceitação dos clubes locais. Uma medida de quem não quer perder (ou cogitar perder) o status de subsede de um Mundial, ainda mais num período de avanço econômico.

Nada de pedra fudamental nesta segunda-feira. Será mais um dia para pensar numa solução para o erro fundamental: como tocar o ousado e caro projeto sem a força motriz de uma torcida de massa?

A conferir.

Imortal mesmo?

Apocalypto

O título do primeiro turno do Campeonato Gaúcho estará em jogo no domingo.

No Olímpico Monumental.

Estádio onde o Grêmio não perde desde 13 de setembro de 2008.

Naquele dia, o Tricolor foi derrotado pelo Goiás por 2 x 1, pela Série A.

Na decisão estadual contra o modesto Novo Hamburgo, o Grêmio tentará chegar a uma marca impressionante de invencibilidade em casa.

O “Imortal” não perde há 45 jogos. Igualou a marca do Santa Cruz, que ficou sem perder no Arruda entre agosto de 2004 e abril de 2006.

Caso garanta pelo menos o empate, o Grêmio também se tornará recordista de invencibilidade em casa no futebol brasileiro. Irá dividir a honra justamente com o rival, o Internacional. Até agora, o Grêmio soma 33 vitórias, 12 empates, 110 GP e 35 GC.

Nessa sequência, o Grêmio venceu o Sport em 2008 (1 x 0) e empatou em 2009 (3 x 3) e ganhou do Náutico no ano passado por 3 x 0.

Já o Colorado segurou as pontas no estádio do Beira-Rio durante 46 jogos, entre novembro de 1973 e julho de 1975, quando viu a série interrompida logo num Gre-nal.

Dia de recorde ou de zebra…? Chegou a hora do Grêmio provar a tal imortalidade. 😈

Gallo x Galo

Briga de galo

Aflitos, 17h de domingo.

Náutico x Vera Cruz, num combate com uma espécie definida.

Gallo x Galo.

O primeiro será “apresentado” à torcida alvirrubra. No Mato Grosso do Sul, na quarta-feira, o treinador já havia estreado na função. Agora, a responsabilidade de não vaciliar diante da timbuzada. A crista não pode baixar.

Com a volta de alguma peças em relação ao Clássico dos Clássicos, Alexandre Gallo quer confirmar o seu otimismo sobre a chance de entrar de vez na briga pelo título pernambucano. Algo que não acontece em Rosa e Silva desde 2004.

Para o time de Vitória de Santo Antão, um ponto a favor no ringue. Em sua 3ª participação no Pernambucano, o Galo das Tabocas enfrentou o Timbu apenas 3 vezes.

Até agora, o Alvirrubro é freguês. São 2 vitórias do Vera Cruz e um empate. Na abertura do Estadual de 2010, vitória tricolor por 1 x 0, no Carneirão.

Rinha braba… 😈

Cara conhecida

Site do Sport

O atacante Juninho Potiguar, que completou 20 anos na última segunda-feira, estreou pelo time profissional do Sport diante do Brasília, na Copa do Brasil.

Ele entrou no lugar de Dairo. Você lembra do jogador? Difícil, né… 😯

Pois ele tem uma chance de ouro para entrar como titular no domingo, contra o Araripina, já que 3 atacantes estão fora da partida (Ciro, Wilson e Nádson). No site oficial, o jogador é o único que ainda não tem foto na relação de atletas. No seu lugar, o ” sombra”, como no print screen acima (veja a lista de jogadores AQUI).

Site do Santa CruzNo Santa Cruz a parada é ainda mais grave.

São quatro jogadores sem foto no perfil do elenco profissional do Tricolor: o goleiro Tutti, o lateral-esquerdo Edson Miolo, o volante Dedé e o atacante Brasão. No lugar da foto, a velha cobra-coral num “3×4” (imagem ao lado).

Veja um exemplo do erro no elenco profissional coral AQUI.

Nos Aflitos, ok. No Náutico, todos os jogadores estão devidamente representados no site oficial (veja AQUI). Porém, é nítida a desproporção em algumas fotos… É bom ter mais cuidado com o programa photoshop, Timbu!

Voltou vivo

Na estreia do técnico Gallo, o Náutico foi sufocado pelo Ivinhema no primeiro tempo.

Foi para o vestiário em desvantagem, com um gol nos descontos. Mas o placar de 1 x 0 para o time sul-matogrossense, na noite desta quarta, era, até ali, até vantajoso para os pernambucanos. O volume de jogo do adversário foi bem maior.

Mesmo reforçado em relação ao Clássico dos Clássicos, o Timbu encontrou dificuldades. Mas soube se impor no segundo tempo. Até porque é um clube bem maior que o Ivinhema. Em qualquer comparação.

O empate em 1 x 1 no fim, com um gol contra, foi válido (com muita chuva). O Náutico volta vivo para o Recife, após essa viagem de mais de 3 mil quilômetros.

O objetivo, é claro, era a classificação antecipada. Não veio. Mas já que não veio, pelo menos o time irá jogar no dia 10 de março com certa tranquilidade nos Aflitos.

Sem menosprezo. Mas a vaga está bem encaminhada…

Faltam 821.913 torcedores

Torcidas de Santa, Sport e Náutico lotando as arquibancadas

Com o fim do 1º turno e, consequentemente, a realização de 66 jogos pelo Estadual, o público registrado até agora nos borderôs é de 478.087 (veja AQUI). Na média, 7.243 torcedores por partida. Comparando com todas as médias desde 1990, quando a FPF começou a contabilizar os dados (veja AQUI), o número de 2010 seria o 2º melhor da história! Abaixo apenas da média de 1998, com 10.895 pessoas.

Em 28 de janeiro, o blog postou a declaração exclusiva do vice-presidente da FPF, José Joaquim, sobre a expectativa de público para o Pernambucano de 2010. Na ocasião, ele disse que esperava um público total (somando a fase classificatória e as finais) de 1,3 milhão de pessoas, com uma média de 9.420 (veja AQUI).

Numa conta simples, o Estadual precisará registrar a entrada de mais 821.913 pessoas! Ou seja, nos 72 jogos restantes a média terá que ser de 11.415. A conferir. 😎

Vale lembrar, porém, que não há controle na entrada dos ingressos promocionais da campanha Todos com a Nota, como já foi denunciado pelo Diario (veja AQUI).

Curiosidade: até agora, a competição arrecadou R$ 3.695.682. O lucro líquido dos clubes, porém, foi de R$ 2.845.993. Assim, o valor corresponde a 77% da renda bruta.

100% Copa do Brasil

FrevoApós uma longa pesquisa, o blog apresenta dados completos sobre as 48 participações dos clubes pernambucanos na Copa do Brasil desde a primeira edição, em 1989.

Além das classificações ano a ano (veja AQUI), veja também o retrospecto, inclusive com o número de classificações e eliminações de cada um dos 5 representantes do estado.

Sport – 15 participações (132 pontos, 55,6%)
79 jogos (128 GPC e 74 GC)
37 vitórias
21 empates
21 derrotas
27 classificações e 14 eliminações (65,8% de aproveitamento nos confrontos)

Náutico – 14 participações (104 pts, 54,1%)
64 jogos (105 GP e 80 GC)
30 vitórias
14 empates
20 derrotas
19 classificações e 14 eliminações (57,5% de apt. nos confrontos)

Santa Cruz -16 participações (76 pts, 44,4%)
57 jogos (74 GP e 77 GC)
21 vitórias
13 empates
23 derrotas
14 classificações e 16 eliminações (46,6% de apt. nos confrontos)

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

Porto 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

Pernambuco – 48 participações (318 pts, 50,9%)
208 jogos (311 GP e 243 GC)
89 vitórias
51 empates
68 derrotas
62 classificações e 47 eliminações (56,8% de apt. nos confrontos)

Ah, é Pernambuco?

Mapa do BrasilQuarta-feira, 24 de fevereiro. Começa a Copa do Brasil de 2010 para os times do estado. Todo o Trio de Ferro estará em ação.

Pelas estradas do país, as distâncias em relação ao Recife.

Taguatinga (DF), a 2.147 km (Sport).

Ivinhema (MS), a 3.119 km (Náutico).

Manaus (AM), 4.499 km (Santa Cruz).

Essas viagens enormes são comuns nas primeiras fases do mata-mata. Todos os times de tradição já estão acostumados. Tanto que essa já é a 22ª edição da Copa do Brasil.

Abaixo, o retrospecto dos pernambucanos na competição. Além dos grandes da capital, a dupla de Caruaru também esteve presente no mais democrático torneio nacional.

Somando os 5 clubes, o número de participações é de 48. E desse total, os times pernambucanos chegaram 22 vezes pelo menos nas oitavas de final. Meta mínima este ano? Que seja. A mínima! Até porque desde 2003 pelo menos um local chega lá…

Sport – 15 participações
1ª fase – 2000
2ª fase – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002 e 2004
Oitavas de final – 1991, 1993 e 2007
Quartas de final – 1998
Semifinal – 1992 e 2003
Vice – 1989
Título – 2008

Náutico – 14 participações
1ª fase – 1992 e 2001
2ª fase – 1995, 2000, 2002 e 2005
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008 e 2009
Quartas de final – 2007
Semifinal – 1990

Santa Cruz – 16 participações
1ª fase – 1999, 2003, 2007, 2008 e 2009
2a fase – 1996, 2000, 2001, 2002 e 2006
Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004 e 2005

Central – 2 participações
2ª fase: 2008 e 2009

Porto – 1 participação
1ª fase: 1999

Pernambuco – 48 participações
1ª fase – 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008 e 2009
2ª fase – 95 (2), 96, 97, 99, 2000 (2), 01 (2), 02 (3), 04, 05, 06, 08 e 09
Oitavas de final – 89, 90, 91 (2), 93 (2), 94, 97, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e 09
Quartas de final – 1998 e 2007
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Vice – 1989
Título – 2008

Gallo na cabeça

Gallo, técnico do NáuticoO recomeço.

Aos 40 anos, Gallo viveu o seu melhor momento na carreira.

Era 2007, quando conquistou o título pernambucano pelo Sport de forma arrasadora. Por antecipação.

E acabou recebendo um convite do Internacional…

Como negar? O time gaúcho era, apenas, o atual campeão mundial.

Repito: campeão mundial. 😯

O resto todos já sabem. Uma história com pontos mal explicados (ou compreendidos) e uma mágoa na torcida do Sport. Curiosamente, a carreira de Gallo não andou mais.

No Recife, mais uma vez, o recomeço. Agora no Náutico. Ele chega com o mesmo objetivo de três anos atrás: o título estadual.

Algo bem possível numa competição tão nivelada (por baixo). Alexandre Gallo terá, ainda, a chance de refazar o seu nome por aqui, até porque é um bom técnico. Apagar qualquer aresta de sua última passagem. Sem galo na cabeça.

Foto: site do Náutico

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (11)

Essa rivalidade de Caruaru está curiosa mesmo. Com a realização da 11ª rodada do Estadual, o Central teve mais um pênalti a favor e consolidou a 1ª colocação. Entre os times que mais cometerem, o Porto fez mais dois e também chegou a 7! Mas você pensa que o time perdeu na última rodada?

Nada disso. O goleiro Romero pegou as cobranças de Edu Chiquita e Rosembrick e garantiu o 0 x 0. Detalhe: na rodada anterior, o Ypiranga também havia perdido um pênalti. Três chutes e nenhum gol… 😯

Pênaltis a favor
7 pênaltis
– Central (1)
3 pênaltis – Ypiranga (4)
2 pênaltis – Sport (2), Vitória, Santa Cruz e Cabense (5)
1 pênalti – Porto (3), Sete de Setembro, Vera Cruz, Náutico, Araripina e Salgueiro (6)

Pênaltis cometidos
7 pênaltis – Porto (3)
3 pênaltis – Vitória, Salgueiro (6) e Sete de Setembro
2 pênaltis – Sport (2) e Cabense (5)
1 pênalti – Santa Cruz, Náutico, Central (1) e Ypiranga (4)
Nenhum pênalti – Araripina e Vera Cruz

Legenda
(1) O Central perdeu 2 penalidades e defendeu 1.
(2) O Sport defendeu uma cobrança.
(3) O Porto defendeu 3 cobranças.
(4) O Ypiranga perdeu 3 penalidades.
(5) A Cabense perdeu uma penalidade.
(6) O Salgueiro defendeu uma cobrança.

  • Cartões vermelhos

1º) Náutico – 5 adversários expulsos (1 jogador do Timbu recebeu o vemelhor)
2º) Sport – 3 adversários expulsos (1 jogador do Sport recebeu o vermelho)
3º) Santa Cruz – 4 adversários expulsos (3 jogadores do Santa receberam o vermelho)