Enfim, uma rodada do grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro terminou no domingo, proporcionando a tabela completa. Só aconteceu porque a CBF colocou o Treze para jogar neste dia, pois as suas partidas só vinham acontecendo nas noites de terça-feira.
No sábado, atuações positivas dos representantes pernambucanos. No Arruda, com mais de 24 mil pessoas, o Santa Cruz goleou o agora ex-líder Icasa por 4 x 0. Está no G4.
No Pará, o Salgueiro até abriu dois gols de vantagem, mas pelo menos segurou o 2 x 2.
A 7ª rodada para os pernambucanos:
12/08 (16h00) – Fortaleza x Santa Cruz
12/08 (16h00) – Salgueiro x Icasa
Parecia não haver escapatória para o resultado indigesto…
A dez minutos do apito final, o Santa Cruz perdia do Paysandu por 3 x 1. Era o fim da invencibilidade coral na Série C, em pleno Arruda.
O culpado já estava “escalado”. O goleiro Fred, que assim como Diego Lima só comprova que Tiago Cardoso faz muita falta à meta do bicampeão pernambucano.
Com o paredão em uma longa recuperação – a sua última atuação foi na decisão do Estadual -, Zé Teodoro vem procurando um substituto à altura. Haja trabalho.
Diante do Paysandu, um rival do mesmo porte, tradicional e de massa, os corais quase foram surpreendidos, mas igualaram em 3 x 3, na noite desta sexta.
O titular no gol foi apenas um dos problemas da equipe, sem o mesmo ímpeto.
No primeiro tempo, Fábio Sanches abriu o o placar para os visitantes numa cabeçada forte, após cobrança de escanteio.
A reação veio pouco tempo depois, na mesma moeda, através de Fabrício Ceará, um dos destaques do Santa na partida. Bola parada lá e cá.
Mesmo em casa, o ataque tricolor não foi constante, uma vez que o adversário veio para o jogo franco, dando bastante trabalho a Fred.
Ainda assim, Fabrício Ceará quase marcou um gol antológico na etapa complementar. Na verdade, a bola até balançou a rede. Fabrício emendou de bicicleta. Golaço, anulado…
Para o árbitro, o centroavente dominou com o braço. Lance polêmico.
A investida parou ali, pois em seguida saiu o segundo tento do Papão. Thiago Potiguar avançou sobre a zaga tricolor e bateu rasteiro. Sem confiança, o goleiro aceitou.
Lance suficiente para tirar a paciência do povão.
Dênis Marques ainda acertou a trave, mas a reação àquela altura não era suficiente, contaminada pelo nervosismo dos comandados de Zé Teodoro, errando muitos passes.
Aos 31, em mais uma estocada, Régis marcou o terceiro, com força, na raça. Já sob um misto de vaias e protestos, Dênis Marques deixou a sua marca, de cabeça.
Novamente no “jogo”, a equipe cresceu, a torcida foi junto. Eram 24.360 presentes.
Num bate-rebate, aos 44 minutos, o desvio salvador. Quem? Dênis Marques, claro. Artilheiro. Era o gol do empate, um alívio naquela circunstância.
Que ninguém ache que a caminhada no Campeonato Brasileiro será fácil…
Somente nesta segunda-feira a terceira rodada do grupo A da Série C foi concluída, com a vitória do Fortaleza sobre o Paysandu em pleno Mangueirão, com um gol solitário.
A rodada havia começado no sábado, quando 20 mil torcedores no Arruda viram a primeira vitória do Santa Cruz na Terceirona, no 2 x 1 sobre o Treze. Agora, a expectativa é de um público bem maior em mais um jogo em casa, diante do abatido Paysandu e sua tradição de duas taças da Série B e uma da Copa dos Campeões.
Com a resposta abaixo do esperado, a diretoria coral cedeu à pressão e os bilhetes de R$ 40 (arquibancada) e R$ 20 (anel superior) caíram para R$ 30 e R$ 15.
Já o Carcará, que perdeu a invencibilidade diante do Guarany-CE, por 2 x 0, voltará ao Ceará, contra o animado Fortaleza, que fecha a trinca dos grandes clubes na Série C.
A 4ª rodada da Série C para os pernambucano:
20/07 (19h00) – Santa Cruz x Paysandu
22/07 (16h00) – Fortaleza x Salgueiro
Nas 14 participações anteriores o Paysandu jamais havia avançado em duas fases na Copa do Brasil. Com duas vitórias sobre um adversário duas divisões acima e ex-campeão, a primeira vez do tradicional clube paraense. Vaga assegurada.
O Papão da Curuzu repetiu a vitória de Belém. Goleou por 4 x 1 e despachou o Sport do mata-mata nacional, tido como prioridade no Leão neste primeiro semestre.
A noite desta quarta-feira, na Ilha do Retiro, escancarou de vez os problemas do Rubro-negro para o restante da temporada. Sobretudo no comando técnico.
Haja alterações sem sentido por parte de Mazola. Time titular indefinido, sempre.
Os primeiros 45 minutos do Sport foram constrangedores. Um arremedo de time, excessivamente lento e sem conseguir concatenar jogadas, errando passes curtos.
O Leão sequer conseguir impor uma pressão inicial sobre o Papão, bem postado e apostando nos contragolpes. Os paraenses chegaram com perigo duas vezes…
Enquanto isso, o Sport, refém da qualidade técnica do experiente meia Marcelinho Paraíba, via o seu principal jogador em uma noite pouco inspirada.
Como Willians se machucou, Mazola teve que colocar Jheimy. Mas faltou orientação.
O centrovante entrou ocupando uma posição completamente distinta de sua característica, na área. Jheimy parecia um meia, sem cacoete algum na função. Mas, talvez, estivesse com mais vontade que os demais.
Na etapa final, nova mudança. Entrou Marquinhos Paraná, que ainda busca um melhor condicionamento físico. Saiu Rivaldo. Era a senha para o time se tornar mais ofensivo.
Não houve melhora. Na verdade, até piorou. Aos 14, num contra-ataque, Renê falhou e Yago Pikachu, apagado até então, bateu cruzado e Magrão não foi bem no lance…
A situação foi definida aos 19 minutos, em nova resposta do Paysandu pela lateral, dessa vez pelo lado esquerdo. Gol de Heliton. Bruno Aguiar diminuiu aos 30. Insuficiente.
Aos 40 minutos, Heliton de novo, após falta não marcada. Nos descontos, a humilhação, com o gol de Rafael Oliveira. Foi o 27º gol sofrido pelo Sport em 24 jogos este ano!
Merecidamente, o Paysandu venceu na Ilha e está classificado às oitavas. Categórico.
O Paysandu terá o Coritiba pela frente. Novo sonho, visando as quartas de final. Ao Sport, o tempo cada vez mais escasso na preparação para a Série A. Faltam 39 dias.
Há 51 anos o Sport não perdia do Paysandu… Isso mesmo, 18.628 dias.
O Papão, é bom lembrar, luta para chegar pela primeira vez em sua história nas oitavas de final da Copa da Brasil. Porém, o Mangueirão não estaria completamente lotado.
O rendimento do Leão em 2012, com uma folha de R$ 1,2 milhão, era bem melhor que a do adversário paraense, cujo elenco custa R$ 280 mil mensais. Motivo para otimismo?
Em campo, em Belém, o time rubro-negro levou o maior sufoco nesta temporada…
Perdeu por 2 x 1, na noite desta quarta-feira, e terá que vencer na Ilha do Retiro na próxima semana. Jogará pressionado na semana do Clássico das Multidões…
Pressão, aliás, foi do começou ao fim diante do Paysandu, principalmente com o jovem Yago Pikachu, folclórico por causa do nome, mas com qualidade.
Mesmo jogando no 3-6-1, o time pernambucano não conteve as investidas do Papão. O travessão acertado por Rafael Oliveira com 1min40s foi o primeiro indício.
O gol não demorou a sair, através de Pikachu, aos 15. E o placar quase foi ampliado.
Mesmo sem fazer uma boa partida, o empate leonino saiu aos 45 minutos.
Moacir estava ganhando todas as jogadas pela direita. O último passe, contudo, estava completamente descalibrado. Na terceira tentativa, uma assistência rasteira, nos pés de Jael. O Cruel girou e marcou. Era o gol do alívio momentâneo.
No começo da etapa final, Tobi, em noite pra lá de infeliz, cometeu um pênalti. Dessa vez, Pikachu falhou. Bateu no cantinho e Magrão salvou, com uma defesaça.
O dono da casa teve nem tempo de acusar o golpe, pois Adriano Magrão marcou de cabeça após cobrança de escanteio, numa falha gritante da zaga leonina. Eram cinco jogadores na área. Quantos se mexeram? Nenhum. Todos estáticos, presos no chão.
Depois do tento, o duelo ficou aberto, com chances sendo desperdiçadas uma a uma, algumas delas de forma inacreditável. Cada time acertou duas vezes a trave.
Neste momento, o Sport já vivia uma cena rara, com a saída de Marcelinho Paraíba, substituído pelo atacante Jheimy, que até atuou bem.
O camisa 10, no entanto, não escondeu a surpresa ao ver o número na plaquinha.
Surpesa ainda maior é saber que o Paysandu era, sim, um Bicho Papão…
Um campeão do interior. Raramente o título acaba desta forma…
Neste domingo, o futebol do Pará viu pela primeira vez a festa de um clube longe da capital e seu ar de metrópole, urbano.
O modesto Independente de Tucuruí bateu o tradicional Paysandu, nos pênaltis, e levou a taça para o interior do enorme estado após 103 anos desde o início do torneio.
O campeão, conhecido como “Galo Elétrico”, tem uma folha de apenas R$ 90 mil.
Tucuruí fica a 480 quilômetros de Belém. Com menos de 100 mil habitantes, o clima ainda pode ser considerado bucólico, apesar da potência da gigante Usina Hidrelétrica.
Além do Pará, Roraima, também no Norte, viu um time longe da capital erguer o troféu nesta temporada, com a Associação Esportiva Real, a 298 km de Boa Vista.
Assim, Rio de Janeiro e Pernambuco são, agora, os únicos estados sem um campeão do interior. No Rio, o Americano foi vice em 2002, enquanto o Volta Redonda perdeu a decisão de 2005. Lá, após a união da Guanabara com o antigo estado do Rio, os times do interior só entraram na disputa em 1979.
Em Pernambuco, Porto (1997 e 1998) e Central (2007) são os únicos vice-campeões. O interior passou a disputar o Pernambucano em 1937. Sempre como coadjuvante.
Qual será o último estado com um campeão do interior, PE ou RJ? Comente!
Abaixo, os 25 estados brasileiros nos quais o interior já deu a volta olímpica. Confira o primeiro campeão do interior de cada unidade da federação. Em alguns casos, o único.
Norte
Acre – Adesg, de Senador Guimard, em 2006
Amapá – Santana, de Santana, em 1960
Amazonas – Grêmio Coariense, de Coari, em 2005
Pará – Independente, de Tucuruí, em 2011
Rondônio – Ji-Paraná, de Ji-Paraná, em 1991
Roraima – Real, de São Luís do Anuá, em 2011
Tocantins – Tocantinópolis, de Tocantinópolis, em 1993
Nordeste
Alagoas – ASA, de Arapiraca, em 1953
Bahia – Fluminense, de Feira de Santana, em 1963
Ceará – Icasa, de Juazeiro do Norte, em 1992
Maranhão – Bacabal, de Bacabal, em 1996
Paraíba – Treze, de Campina Grande, em 1940
Piauí – Picos, de Picos, em 1991
Rio Grande do Norte – Coríntians, de Caicó, em 2001
Sergipe – Ipiranga, de Maruim, em 1939
Centro-Oeste
Distrito Federal – Grêmio Brasiliense, do Núcleo Bandeirante, em 1959
Goiás – Anápolis, de Anápolis, em 1965
Mato Grosso – Operário, de Várzea Grande, em 1964
Mato Grosso do Sul – Corumbaense, de Corumbá, em 1984
Sudeste
Espírito Santo – Cachoeiro, de Cachoeiro do Itapemirim, em 1948
Minas Gerais – Villa Nova, de Nova Lima, em 1932
São Paulo – Internacional, de Limeira, em 1986
Sul
Paraná – Monte Alegre, de Telêmaco Borba, em 1955
Rio Grande do Sul – Brasil, de Pelotas, em 1919
Santa Catarina – Caxias, de Joinvilla, em 1929
Buenos Aires – Durante esta viagem de férias seria um pouco difícil acompanhar aos jogos dos times pernambucanos nos campeonatos nacionais. Uma partida, porém, eu não poderia “ignorar” de forma alguma no blog.
O jogo mais importante da história do Sertão pernambucano.
No caldeirão da Curuzu, em Belém, sob um sol fortíssimo na manhã deste domingo, o Salgueiro teria que vencer o Paysandu para conseguir subir à Série B do Brasileiro.
Uma missão muito difícil. Com o tal “Espírito de Libertadores”, o Salgueiro foi lá.
Mas o Carcará fez valer a máxima de sua campanha, cuja ave parece na verdade uma fênix, e buscou o heróico acesso longe de casa.
Parabéns aos jogadores, dirigentes e torcedores do Salgueiro. Com uma folha de R$ 130 mil, o clube está no segundo degrau mais alto do futebol do país.
Eu tirei a foto acima no bairro da Recoleta, aqui na capital argentina. Está faltando a letra “i”. Com tanta festa no interior, quem se importa?!
Curiosidade: agora, o clube terá que dobrar a capacidade do estádio Cornélio de Barros, uma vez que o mínimo exigido pela CBF para a série B é de 10 mil lugares. No caso, o estádio poderá receber 20% da população do município sertanejo…
A expectativa era grande no Sertão. Fundamentada no sonho de chegar à Série B.
Até mesmo pelo anúncio de transmissão ao vivo pela TV neste sábado. Mas, de última hora, a TV Brasil acabou passando para o estado Chapecoense x Ituiutaba.
A emissora já começou errado, pois esta partida deve ter dado “traço” na audiência.
Televisão à parte, o Salgueiro ficou no empate em 1 x 1 com Paysandu.
No estádio Cornélio de Barros, o Carcará ficou em vantagem até os 26 minutos do segundo tempo.
Fruto do gol de pênalti de Beá, no finzinho da primeira etapa. Mas Lúcio Bala empatou para o Papão.
Segundo o regulamento da Terceirona do Brasileiro, o formato do mata-mata é o mesmo adotado na Copa do Brasil (veja AQUI). Gol fora de casa tem um peso maior… Desvantagem para a equipe pernambucana.
Ou seja: um 0 x 0 em Belém classificará o time paraense.
O Salgueiro, que já cansou de surpreender nas situações mais adversas, vai ter que marcar pelo menos um gol no alçapão da Curuzu.
Jogo às 10h do próximo domingo (17). Com transmissão da TV Brasil? A conferir.
Horários confirmados pela CBF para o histórico confronto do Salgueiro na Série C, em jogos de ida e volta contra o Paysandu (veja AQUI).
No dia 2 (sábado), o jogo no Cornélio de Barros, no Sertão pernambucano.
Às 16h. Na véspera da eleição. Antes do voto, o sonho.
No dia 17 (domingo), a partida no alçapão da Curuzu, em Belém.
Às 10h. Da manhã, é bom ressaltar… Haja garrafinha com água mineral!
Calor de 35 graus no Norte.
Serão 90 minutos sob um sol daqueles valendo o acesso ao Brasileiro da Série B de 2011.
O time de Júnior Maranhão contra o escrete de Sandro Goiano. Em jogo, o futuro do futebol de Pernambuco e do Pará nas divisões inferiores.
Se no Machadão o Carcará encontrou um estádio amplo com apenas 1.433 pagantes, na capital paraense a fanática torcida do Papão deverá pressionar bastante.
A Curuzu é acanhada, mas a expectativa é de 10 mil pessoas na beira do campo.
Impossível não pensar: vai ferver.
E a novidade: de acordo com o documento da CBF, a partida poderá ser transmitida ao vivo na TV! A conferir.