O secreto Ricardo Xavier em três atos

Site do São Caetano

Ricardo Xavier mostrou mais uma vez o bom futebol.

Foram 9 gols no Pernambucano, ajudando o Náutico a terminar a fase de classificação em primeiro lugar. Chegou a ser cogitado como o craque da competição.

Acabou se machucando e deixou o clube.

Acertou com o São Caetano, longe da pressão da torcida.

Pronto para um recomeço, vinha brigando pela titularidade do time do ABC Paulista.

Na noite desta terça-feira, encarnou as atuações de sua passagem em Rosa e Silva.

Marcou uma, duas, três vezes. Hat-trick.

Poder de fogo suficiente para aniquilar o Salgueiro por 3 x 1, em uma briga direta contra o rebaixamento. O jogo chegou a estar empatado em 1 x 1, quando Tamandaré desperdiçou uma penalidade para os sertanejos.

Sinal de que nem a sorte vem ajudando… Já com o terceiro técnico, Barbieri.

Depois, do outro lado, o próprio Ricardo Xavier também cobrou uma penalidade.

Melhor tecnicamente, o centroavante não vacilou diante do Carcará. Se antes ele não estava nem mesmo na página do Azulão na web, agora já deve ser o destaque.

Análise da semifinal 2011 – Náutico

Náutico 2011: Eduardo Ramos e Ricardo Xavier. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Investimento pesado, com o objetivo de evitar o hexa do rival rubro-negro: R$ 800 mil mensais. Com a permanência do técnico Roberto Fernandes, a diretoria alvirrubra aposta na identificação com a torcida, algo que deu certo em 2001, iniciando a “era Muricy”.

Com a união de dirigentes do Náutico para bancar parte da folha, reforços de qualidade chegaram, como Eduardo Ramos, Derley e Ricardo Xavier. Outros, de destaque, permaneceram, como Bruno Meneghel. Rapidamente, o Timbu encaixou o time, que chegou a ficar 11 jogos sem perder.

Nos Aflitos, o time segue invicto e vale lembrar que as 3 derrotas aconteceram com o time reserva. Com a formação principal, o time joga muito rápido, eventualmente com até três atacantes, buscando opções pelos lados dos campos, na mesma intensidade.

Destaque
Eduardo Ramos, candidato a “bi”. Craque do Estadual de 2010, pelo Sport, o meia conhecido outrora pelo extracampo parece ter tomado rumo nos Aflitos. Com qualidade indiscutível no passe e na armação de jogadas – além dos gols -, Eduardo Ramos ganhou a camisa 10 e vem fazendo a diferença.

A aposta
O centroavante Ricardo Xavier aproveitou bem o ritmo mais lento de Bruno Meneghle neste ano. Aproveitou bem o espaço e vem marcando muitos gols. Já tem 9, dois deles belíssimos, contra Cabense (cobertura) e Sport (voleio). Puxa bastante a marcação e abre espaços para rápido ataque timbu.

Ponto fraco
A defesa. Sofreu 25 gols em 21 jogos (média de 1,19), a segunda pior entre os semifinalistas. Roberto Fernandes testou várias opções, num verdadeiro rodízio, mas nenhuma delas emplacou de vez. Apenas o grandalhão Everton Luiz ganhou plena confiança até o momento.

Armado até os dentes

Pernambucano 2011: Náutico 5 x 1 Salgueiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O estádio dos Aflitos recebeu um bom público na noite desta quarta-feira.

O embalado Náutico levou 13.410 torcedores ao duelo contra o Salgueiro, futuro adversário na Série B do Campeonato Brasileiro.

Com um ataque cada vez mais encaixado neste Pernambucano, o Alvirrubou triturou o Carcará.

Mais uma goleada, desta vez por 5 x 1, com quatro gols marcados pelos atacantes.

Pela dupla titular, diga-se.

Dois gols de Ricardo Xavier e outros dois com Bruno Meneghel.

O forte centroavante chegou a nove tentos na competição, dividindo a artilharia e já como um dos destaques da competição, enquanto o xodó timbu tem seis.

São 38 gols alvirrubros em 18 jogos, com média superior a dois por partida (2,11).

Um poder de fogo suficiente para fazer estrago pós-fase classificatória.

Pernambucano 2011: Náutico 5 x 1 Salgueiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Coletividade pelo hexa, de ambos

Pernambucano 2011: Sport 1 x 1 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sport x Náutico, protagonistas deste animado Estadual de 2011.

Sete pontos.

Essa distância separava os rivais centenários. Aliás, era o hiato do Leão ao G4.

O capítulo 499 do Clássico dos Clássicos aconteceu em um domingo nublado, na Ilha.

Desconfiada, a torcida rubro-negra fez a sua parte no estádio.

A alvirrubra também, diga-se. A massa alvirrubra lotou a geral.

Na estreia do técnico Hélio dos Anjos, um time mais agressivo durante toda a partida.

A disposição em campo já foi suficiente para ter o apoio das arquibancadas.

Mesmo precavido com um 3-5-2, o Leão criou as suas chances. Empolgou.

Letal, o Timbu pouco chegou na meta de Magrão.

Mas quando chegou… Que voleio do centroavante Ricardo Xavier!

Golaço para encerrar os primeiros 45 minutos, em vantagem e em festa.

Logo no começo do segundo, pênalti para o Sport. Era para ter sido o segundo na partida, mas o primeiro não foi assinalado pelo árbitro Antônio Hora Filho.

Em branco até então, Alessandro encheu o pé e empatou.

Depois, cão de guarda para todos os lados! Hamilton, Everton, Tobi, Elicarlos, Derley…

As chances continuaram aparecendo para os dois times.

Thiaguinho, para o Sport, e Everton Luiz, para o Náutico, perderam gols na pequena área, de maneira incrível…

No fim, 1 x 1. Resultado justíssimo.

O Leão manteve o tabu de não perder do Náutico na Ilha desde 2004. Mas segue a 7 pontos do G4, em posição complicada na tabela do Pernambucano.

Apesar do esforço coletivo, o placar não foi bom para ninguém.

Porém, a disputa pelo hexa ainda terá muitos capítulos… Ainda bem.

Pernambucano 2011: Sport 1 x 1 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco