A ideia não é nova, mas continua gerando discussão entre torcedores/eleitores. A mistura literal entre futebol e política, entre gols e votos.
Ex-jogadores e atletas em atividade filiados a partidos. Em alguns casos, surgem num caminho particular, à parte de padrinhos políticos. Em outros, a entrada em uma sigla é articulada sob a leitura de um “puxador de votos”.
Este foi o caso de Magrão, mesmo com contrato vigente com o Sport. O goleiro se filiou ao PSB e deve sair candidato a deputado federal no estado (veja aqui).
O histórico recente é forte. Os tetracampeões Romário e Bebeto foram eleitos deputados federal e estadual, respectivamente, pelo Rio de Janeiro, em 2010.
Enquanto Bebeto, eleito com 28 mil votos, se envolveu mais com a organização do Mundial de 2014, como figurante no conselho do comitê organizador, o Baixinho – que teve 146 mil votos, sendo o 6º mais votado entre 821 candidatos – tornou-se uma voz forte em Brasília, opositora à atual direção da CBF.
Na eleição de 2010 outros nomes dos gramados também se aventuraram nas urnas, como Túlio Maravilha, Vampeta e Ademir da Guia. Não levaram.
Outro caso mais antigo, de 2007, mas com uma ligação mais próxima ao futebol local foi com José Róbson do Nascimento. Mais conhecido como Robgol, o centroavanete passou nos três grandes clubes pernambucanos. Porém, foi eleito deputado estadual no Pará, onde fez sucesso pelo Paysandu.
Robgol cumpriu só um mandato. Posteriormente, em 2011, foi investigado pelo Ministério Público sob a acusação de fraude em contracheques na assembleia.
Inevitavelmente, manchou a carreira mesmo após pendurar as chuteiras. Na política, tão cercada de mistérios no Brasil, essa deve ser uma grande preocupação para os boleiros de terno…