Um domingo histórico para o país, que parou diante da televisão para acompanhar à votação sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À tarde, a atenção dos pernambucanos estava voltada para o futebol, com o dia decisivo nas semifinais do Nordestão. Pauta absoluta para o 45 minutos, que analisou a classificação do Santa Cruz na Fonte Nova. Ao vencer o Bahia, o Tricolor se credenciou à sua primeira final. Na sequência, o mau futebol e a consequente eliminação diante do Campinense, no Amigão. Falcão balança? Por fim, após uma longa gravação, comentamos, sim, sobre o resultado na Câmara dos Deputados. Do circo às mudanças necessárias.
Neste podcast, de 1h52, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Após 91% dos jogos programados para o Campeonato Pernambucano de 2016, finalmente uma partida passou de 15 mil espectadores. O Clássico das Multidões no Arruda, encerrou o hexagonal do título com um borderô de 16.377 espectadores, somando pagantes e não pagantes. O público ampliou a liderança do Santa Cruz no campeonato das multidões, ainda que a corrida neste ano esteja nivelada por baixo. Tanto que o público coral somando os cinco jogos (49 mil) não lotaria a capacidade atual do Mundão, já reduzida (50.582). Já o Sport, apesar de ter levado menos gente, arrecadou R$ 152 mil a mais que o rival.
Considerando apenas os trinta jogos do hexagonal do título, num comparativo entre 2015 e 2016, neste ano a queda no público foi de 37%, num reflexo direto da ausência do subsídio estatal do Todos com a Nota, somada à concorrência da Copa do Nordeste, que vem tendo uma atenção maior torcida. Já em relação à arrecadação bruta de toda a competição, com R$ 2,7 milhões, a FPF já recolheu R$ 220.028, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.
Dados atualizados até 10 de abril, após a 10ª rodada do hexagonal do título.
1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, no Arruda) Público: 49.128 torcedores Média de 9.825 Taxa de ocupação: 19,42% Renda: R$ 675.115 Média de R$ 135.023 Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913
2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 39.498 torcedores Média de 7.899 Taxa de ocupação: 28,79% Renda: R$ 827.843 Média: R$ 165.568
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 10.395 / M: 3.465
3º) Náutico (5 jogos como mandante, sendo 4 na Arena e 1 no Arruda) Público: 26.074 torcedores Média de 5.214 Taxa de ocupação: 11,14% Renda: R$ 597.520 Média de R$ 119.504
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 9.737 / M: 3.245
4º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 20.943 torcedores Média de 4.188 Taxa de ocupação: 34,70% Renda: R$ 62.630 Média: R$ 12.526
5º) Central (8 jogos como mandante, no Lacerdão) Público: 17.729 torcedores Média de 2.216 Taxa de ocupação: 11,08% Renda: R$ 339.125 Média de R$ 42.390
6º) América (7 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 2 no Arruda e 2 na Ilha*) Público: 7.236 torcedores
Média de 1.033 Taxa de ocupação: 3,73% Renda: R$ 123.130 Média de R$ 17.590 * Ainda houve mais um jogo de portões fechados
Geral – 83 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 179.987
Média: 2.168 pessoas
Arrecadação: R$ 2.750.353
Média: R$ 33.136 * Foram realizadas 84 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.
Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 153.127
Média: 5.104 pessoas
Arrecadação: R$ 2.526.873
Média: R$ 84.229
As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata): 2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)
Serão quatro semanas intensas no futebol local. Decisões em sequência, intercalando os mata-matas do Nordestão e do Estadual. Começando com Santa x Bahia e Sport x Campinense esta semana e seguindo com Santa x Náutico e Sport x Salgueiro, na próxima. Haja assunto para o 45 minutos, que analisou as escalações, as vantagens de cada clube e as consequências dos resultados (para bem e para o mal). Na resenha, teve espaço até para o Leicester, a um passo do improvável título da Premier League.
Confira um infográfico com as principais pautas aqui.
Neste podcast, com 1h35, estive ao lado de Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça agora ou quando quiser!
O Salgueiro virou figurinha carimbada no mata-mata estadual. Esta é a quarta vez, desde 2010, que o Carcará chega à fase decisiva, um recorde absoluto no interior. Vice-campeão pernambucano em 2015, o clube mantém a base, já conhecida do torcedor pernambucano, com nomes como Tamandaré, Rodolfo Potiguar, Moreilândia… Falta a glória máxima. Por mais simpatia que tenha dos torcedores rivais para alcançar o objetivo, desde que não enfrente o time de cada um, claro, o time precisará passar por uma prova de fogo, tendo que eliminar dois grandes da capital em sequência.
Com a vantagem de decidir em casa, após a segunda colocação no hexagonal, o Salgueiro terá a seu favor o forte calor no Sertão, onde tornou-se um adversário duríssimo para o Trio de Ferro. Neste ano, goleou o Santa e venceu o Sport – novamente adversário na fase semifinal, de boas lembranças no último ano e com duas vitórias no hexagonal desta temporada.
Comandado por Sérgio China, o mesmo técnico na último campanha, o time usa bastante as laterais, com um meio-campo povoado, de muita pegada e buscando Jhon, de porte semelhante a Fabrício Ceará, outrora dono da “9” no Cornélio. Começou liderando a artilharia, mas já enfrenta uma seca de gols.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
3 participações e 1 classificação
Destaque
Rodolgo Potiguar. O volante chegou a ser especulado como o melhor jogador do Estadual 2015, perdendo para o tricolor João Paulo. Neste ano, segue dando consistência ao meio-campo sertanejo, com marcação forte e arremates de longa distância.
Aposta
Cássio Ortega. O camisa 10, de 25 anos, soma três gols no torneio e vem tendo cada vez mais liberdade para armar as jogadas do Carcará, tamanha a confiança depositada pelo técnico Sérgio China. Até porque a sua cobertura é feita por dois volantes.
Ponto fraco
Jefferson Berger. O ponta-direita ainda não balançou as redes na competição, se limitando às assistências para Jhon. Precisa ter um papel mais abrangente no setor ofensivo.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
20 pontos (2º lugar)
6 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
13 gols marcados (3º melhor ataque)
5 gols sofridos (2ª melhor defesa)
Melhor apresentação: Salgueiro 3 x 0 Santa Cruz, em 13 de março, no Cornélio.
As semifinais do Campeonato Pernambucano de 2016 reúnem, sem surpresa, os clubes que mais disputaram essa fase da competição, cujo formato foi implantado em 2010. Santa e Sport chegam a sete aparições, tendo como consequência quatro títulos corais e dois leoninos, enquanto o Náutico, que acabou como líder do hexagonal, volta ao mata-mata após a sua única ausência, mas ainda em busca de um título neste formato – o jejum, na verdade, é bem maior, desde 2004. Já o Salgueiro se apresenta novamente como a força do interior na década, com a quarta participação e já com um vice no currículo.
Se o Náutico passou com 76% de aproveitamento em dez rodadas na fase classificatória, o Santa teve apenas 36%, o pior índice em um hexagonal, criado há três anos. Por outro lado, a rivalidade acaba equilibrando as ações na etapa final. Basta ver que o Alvirrubro foi líder no classificatório em 2011 e 2014, mas não foi campeão. Já o Tricolor, que nunca liderou, ganhou quatro vezes.
Esse tira-teima acaba ocorrendo na semifinal, no embalo das numerosas participações. Tanto que o Clássico das Emoções terá o seu terceiro capítulo. Em 2010, o Náutico se classificou com um gol de Carlinhos Bala. O Santa deu o troco em 2013, avançando devido ao gol fora após uma vitória para cada lado (0 x 1 e e 2 x 1). Já Salgueiro x Sport acontece pelo segundo ano seguido. Em 2015 o Carcará tornou-se o primeiro interiorano a eliminar um grande da capital, justamente o então líder, que buscava a disputa do título pela 10ª vez seguida.
Não houve marcações capitais na última rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016. Assim, o tradicional levantamento feito pelo blog termina com 9 penalidades e 11 expulsões na fase principal da competição, com o Náutico à frente nas duas listas a favor.
Confira a atualização do blog após a 10ª rodada do Estadual 2016:
Pênaltis a favor (9) 4 pênaltis – Náutico 3 pênaltis – Salgueiro
2 pênaltis – Santa Cruz Sem penalidade – Sport, Central e América
Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou dois pênaltis Náutico evitou duas penalidades e desperdiçou duas
América evitou duas penalidades
Central evitou uma penalidade
Pênaltis cometidos (9) 3 pênaltis – América
2 pênaltis – Santa Cruz e Náutico
1 pênalti – Sport e Central Sem penalidade – Salgueiro
Semifinais definidas: Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport.
A classificação do hexagonal e o chaveamento do mata-mata não teve surpresa alguma na 10ª e última rodada, com três jogos simultâneos. No Arruda, com 16.377 pessoas, no maior público da competição (ainda baixo), o empate no Clássico das Multidões garantiu ao Tricolor a última vaga. O clube vai em busca do quinto título no atual formato do Pernambucano, sem jamais ter liderado a fase classificatória. No Cornélio de Barros, com 6.011 espectadores, o Náutico voltou a vencer o Salgueiro como visitante após dois anos. Garantiu a liderança, repetindo as campanhas de 2011 a 2014 – falta “mudar” a classificação final. Fechando a rodada, com 360 testemunhas no Lacerdão, o Mequinha até saiu na frente, pois dependia de uma vitória – fora o revés coral no Recife -, mas acabou superado pela Patativa, que conquistou a sua única vitória no hexagonal.
Em 30 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 67 gols, com média de 2,23. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, o zagueiro Ronaldo Alves, do Náutico, lidera com 5 gols.
Santa Cruz 1 x 1 Sport – Um jogo para o gasto. O Tricolor até saiu na frente, mas também ficou satisfeito, assim como o Sport, com apenas seis titulares.
Salgueiro 0 x 2 Náutico – Após a eliminação na Copa do Brasil, o Timbu deu uma resposta rápida à sua torcida, sendo o primeiro a vencer no Sertão.
Central 2 x 1 América – Odair marcou o primeiro gol da tarde, animando o Mequinha, mas faltou futebol para manter o placar contra um time esfacelado.
Destaque – Keno. O atacante coral foi o nome do 1º tempo no Arruda, com muita velocidade. Inclusive no lance do gol, ganhando de Samuel Xavier.
Carcaça – Vinícius Araújo. Escalando como titular, o centroavante leonino perdeu um gol inacreditável, que poderia ter empatado o jogo ainda no 1º tempo.
Tabela das semifinais: Ida 20/04 (21h45) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) 20/04 (16h00) – Sport x Salgueiro (Ilha do Retiro), no feriado de Tiradentes
Volta 24/04 (16h00) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco) 24/04 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros)
Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.
A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2016.
O Náutico voltou a vencer o Salgueiro no Sertão após dois anos. Com o Carcará mostrando as garras para os grandes clubes nos últimos tempos, o resultado é expressivo. Ainda mais lembrando que no último ano o time havia eliminado o Timbu no Estadual e no Nordestão e que no solzão deste domingo ainda estava viva na memória a pancada da eliminação precoce na Copa do Brasil, moral e financeira. Restava juntar os caros e focar no Pernambucano, cuja taça tornou-se obsessão em Rosa e Silva. Um empate já era suficiente, mas o Timbu foi além de sua vantagem e fez 2 x 0, garantindo a liderança da fase classificatória (abaixo) pela terceira vez desde que o mata-mata foi implantado.
Os gols de Thiago Santana, um inoperante atacante até então, e de Esquerdinha, que justificou a sua entrada, impuseram ao time de Sérgio China a sua primeira derrota como mandante. Foi a sétima vitória alvirrubra na competição, tendo agora tempo de sobra para se preparar para o mata-mata, com os dois principais rivais dividindo as atenções com o regional. Ao Náutico no mês de abril, literalmente, só o Estadual. Para o bem e para o mal.
Os três grandes clubes entraram em campo pela Copa do Brasil nesta semana. Apenas um seu deu bem, o Santa, que, mesmo jogando muito mal, administrou a vantagem e se classificou à segunda fase. Após anunciar a preferência pela Sula, o Sport mandou um time de garotos para Goiás. Dito e feito, com derrota. A grande surpresa foi a eliminação do Náutico, que não saiu de um empate com o Vitória da Conquista, na arena. Em programas distintos, o 45 minutos analisou os três jogos e as consequências. Ouça agora ou quando quiser!
Aparecidense-GO 2 x 0 Sport (jogo de volta no dia 27/04)
Santa Cruz 0 x 0 Rio Branco-ES (Tricolor classificado)
Náutico 1 x 1 Vitória da Conquista-BA (Alvirrubro eliminado)
Obs. O quarto representante pernambucano no torneio nacional, o Salgueiro, acabou tendo o seu jogo contra a Ferroviária adiado, pois o time paulista teve problemas de logística para chegar no Sertão. Agora, o jogo será em 13 de abril.
O Campeonato Pernambucano de 2016 segue com uma estatística indigesta. Após 81 dos 92 jogos programados, nenhum alcançou sequer 15 mil pessoas. Não por acaso a média de público se mantém abaixo de dois mil após 88% do torneio. A 9ª rodada do hexagonal não reuniu nem dez mil espectadores (foram 9.542, para ser mais exato). O mata-mata deverá melhorar um pouco o índice, mas parece inevitável que o público desta edição seja um dos menores da história, desde que a FPF passou a contabilizar, em 1990.
Sobre o ranking de público, finalmente uma mudança na liderança. Com mais um público fraco contra clubes intermediários (4.370 pessoas contra o Salgueiro), o Sport acabou reduzindo a sua média, agora abaixo do Santa (que sequer jogou em casa nesta rodada). Na última rodada haverá o Clássico das Multidões, que deve impulsionar o índice coral. Por outro lado, o rubro-negro arrecadou mais que o dobro dos tricolor, devido ao tíquete médio (R$ 20,95 x R$ 11,54). Já em relação à arrecadação, com R$ 2,4 milhões, a FPF já recolheu R$ 194.983, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.
Dados atualizados até 4 de abril, após a 9ª rodada do hexagonal do título.
1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda) Público: 32.751 torcedores Média de 8.187 Taxa de ocupação: 16,18% Renda: R$ 378.145 Média de R$ 94.536 Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913
2º) Sport (5 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 39.498 torcedores Média de 7.899 Taxa de ocupação: 28,79% Renda: R$ 827.843 Média: R$ 165.568
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 10.395 / M: 3.465
3º) Náutico (5 jogos como mandante, sendo 4 na Arena e 1 no Arruda) Público: 26.074 torcedores Média de 5.214 Taxa de ocupação: 11,14% Renda: R$ 597.520 Média de R$ 119.504
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 9.737 / M: 3.245
4º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 14.932 torcedores Média de 3.733 Taxa de ocupação: 30,92% Renda: R$ 48.942 Média: R$ 12.235
5º) Central (7 jogos como mandante, no Lacerdão) Público: 17.369 torcedores Média de 2.481 Taxa de ocupação: 12,40% Renda: R$ 336.725 Média de R$ 48.103
6º) América (7 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 2 no Arruda e 2 na Ilha*) Público: 7.236 torcedores
Média de 1.033 Taxa de ocupação: 3,73% Renda: R$ 123.130 Média de R$ 17.590 * Ainda houve mais um jogo de portões fechados
Geral – 80 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 157.239
Média: 1.965 pessoas
Arrecadação: R$ 2.437.295
Média: R$ 30.466 * Foram realizadas 81 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.
Fase principal – 27 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 130.379
Média: 4.828 pessoas
Arrecadação: R$ 2.213.815
Média: R$ 81.993
As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata): 2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)