Boa, Náutico

Série B 2011: Náutico 3x1 Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Cada vez mais enraizado no G4, o limitado time do Náutico já passou dos limites.

Alguém ainda duvida da mira no acesso…?

O Alvirrubro começa a abrir vantagem sobre o 5º lugar, montando um lastro importante para o decorrer da competição, que chegará à metade na próxima rodada.

Encaixando uma sequência de bons resultados, o Timbu já vislumbra até a liderança, ajudado pelos tropeços de Portuguesa e Ponte Preta.

E, sobretudo, pela força no estádio Aflitos, tomado por 15.782 torcedores.

Com os dias contados, a casa alvirrubra voltou mesmo a ser caldeirão, algo que sempre fez a diferença para o clube., mesmo quando não apresenta um grande futebol, como desta vez. Nesta Série B, ainda invicto em casa, soma 9 vitórias e 2 empates.

A 9ª vitória foi na noite desta sexta-feira, sobre os mineiros do Boa Esporte, por 3 x 1.

Aos 11 minutos, o atacante Kieza, rechaçando qualquer “azar” do novo teceiro padrão, se livrou da marcação e chutou no cantinho. No segundo tempo, aumentando a pressão, Elicarlos ampliou, aos 10.

Logo depois, de pênalti, marcou mais um gol, chegando a 11 tentos na Segundona e entrando de vez na briga pela artilharia da competição.

Está a apenas 1 gol de Ricardo Jesus, da Ponte. Briga boa, mas o foco não pode mudar.

O Boa ainda diminuiu. Esse gol serviu para o técnico Waldemar Lemos cobrar mais atenção da equipe. Sim, a fase é boa. Mas o desfecho do Brasileiro ainda está longe…

Série B 2011: Náutico x Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

De engenheiro para engenheiro

Engenheiro Civil

Conversa franca, antes de definir o o futuro do Leão neste ano, pela terceira vez.

“Você fez um bom trabalho no Vasco, armando o time. Também foi bem no Ceará, conquistando o acesso no Brasileiro, e no Atlético Goianiense, da mesma forma (na Série C). Você é um engenheiro nisso e quero que faça isso no Sport.”

Trata-se da declaração do engenheiro civil Gustavo Dubeux, formado na Universidade Federal de Pernambuco, para Paulo César Gusmão, com licenciatura em Educação Física na Universidade Castelo Branco, no Rio de Janeiro, sem ligação alguma com a engenheria, seja ela qual for. Pesca, Minas, Civil, Eletrotécnica etc.

Porém, facilitando o assunto…

O papo foi do presidente do Sport para o técnico de futebol, cuja frase acima selou o acordo com novo treinador rubro-negro.

Recado dado. Haja engenheria para remontar um time sem confiança e padrão de jogo.

Fica PC! Fica PC!

Série A 2007: Sport 4 x 1 Náutico. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Paulo César Gusmão, o terceiro técnico do Sport nesta Série B.

A competição não chegou sequer à metade…

PC chega na Ilha do Retiro para tentar produzir uma reviravolta no clube cujo investimento mensal com o futebol é de R$ 1,3 milhão. Terá bastante trabalho.

O respaldo na sua carreira é o acesso conquistado com o Ceará, na Série B, em 2009.

Essa será a segunda passagem do técnico de 49 anos no futebol pernambucano. Em 2007, ele comandou o Náutico no início do Campeonato Brasileiro.

Uma era distante…

Os rivais centenários ainda disputavam a elite nacional. Na noite do dia 28 de junho, na Ilha do Retiro, o Clássico dos Clássicos pela Série A.

Com gols de Carlinhos Bala (2), Durval e Washington, o Sport goleou por 4 x 1.

A torcida leonina não perdoou e passou boa parte do segundo tempo gritando:

“Fica PC! Fica PC! Fica PC!”

A ironia apontava a má fase alvirrubra até ali. O técnico acabou mesmo demitido.

Novidade de 2011 num passado de 1901

Confira a terceira camisa do Náutico para a temporada 2011.

O uniforme todo vermelho, produzido pela Penalty em parceria com a Cavalera, será lançado oficialmente nesta quarta-feira.

A novidade ficou por conta do escudo do Timbu, o primeiro da história do clube, de 1901 e utilizado até 1931, além da falta de patrocinadores. Camisa limpa, bonita.

No peito, uma espécie de marca d’água, com a frase “Náutico teu caminho é de luz”.

O preço sugerido é de R$ 159,90.

Ainda neste ano o Alvirrubro deverá lançar o 4º padrão oficial numa cor alternativa (cinza), como o novo padrão amarelo do Sport.

3º padrão vermelho do Náutico, em 2011. Crédito: Penalty/divulgação

A Era que não devia ter começado e o fim que não acabou

Twitter do Sport confirma saída de Mazola

Sob uma pressão incrível diante de uma campanha frustrante, a diretoria do Sport anunciou a saída de Mazola do comando técnico do time às 12h49 desta quarta-feira.

Notícia confirmada através da conta oficial do clube no Twitter.

Com Mazola, foram 11 jogos, com 4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas.

Nos últimos 7 jogos, a derrocada, com 5 derrotas e apenas 2 vitórias, todas na Ilha do Retiro, diante de adversários pernambucanos, Salgueiro e Náutico.

A falta de experiência do técnico pesou demais no grupo de R$ 1,3 milhão por mês aos cofres do clube, como a falta de leitura de jogo diante de equipes mais qualificadas.

Mudanças seguidas na escalação e na formação. Padrão de jogo inexistente.

Assim, Mazola está de saída do profissional, voltando para a equipe de juniores…

Quer dizer…

O Sport confirmou que Mazola volta a ser interino enquanto um novo profissional não chega, já com aquela especulação de sempre sobre o novo nome.

Portanto, o ciclo que jamais deveria ter começado, numa aposta que pode ter custado o ano (acesso), chega ao curioso desfecho, o fim que não acabou.

Até segunda ordem, o treinador interino irá comandar o Leão no sábado, contra o Paraná, em Curitiba. Com qual motivação? Com qual poder de cobrança sobre o elenco?

Francamente, um planejamento assim merece subir para a elite nacional?

Confiança necessária para brigar pelo G4

Série B 2011: Náutico 2x1 São Caetano. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Vitória para arrancar, para gerar confiança, para sonhar com um bom 2012 .

Nada de fim do mundo, mas de recomeço no topo do futebol brasileiro.

Tudo bem. Ainda faltam dois jogos para chegar pelo menos à metade da Série B desta temporada. O acesso, obviamente, está longe. Muito longe…

Mas o Náutico está conseguindo os pontos… Como neste 2 x 1 sobre o São Caetano.

Fixo no G4 da competição, invicto em casa, abrindo vantagem para os concorrentes e ganhando de suas próprias limitações.

Na noite desta terça-feira, 13 mil alvirrubros foram conscientes ao estádio dos Aflitos de que o jogo contra o São Caetano seria difícil, acirradíssimo.

O time paulista é experiente, calejado para atuar sob pressão na casa do adversário e com nenhuma pressão justamente quando é o mandante…

No Recife, encontrou o técnico Waldemar Lemos, que, repito, conduz o time sem ter mexido absolutamente nada no seu perfil, tão criticado no início de seu trabalho.

Fala com os jogadores com paciência e, sobretudo, tem paciência com os erros. Até aqui, vai explorando o máximo do elenco, nas suas mãos, compacto e competitivo.

Então, a partida começou amarrada, com poucas chances. Por sinal, numa disputa equilibrada como a deste ano, não dá pra errar tanto caso queira obter algum sucesso.

E o Náutico vai procurando conferir as oportunidades, como aos 27 minutos, quando o agora ídolo Kieza fez toda a jogada e Rogério empurrou para as próprias redes.

Mas ninguém disse que seria fácal. A vantagem alvirrubra esfriou oito minutos depois. A defesa timbu falhou e Luciano Mandi empatou a partida, numa cabeçada fulminante, sob olhares atônitos da defesa. Era a hora de cobrar atenção. Nada de perder o foco…

Na etapa final, uma partida encardida, com “cara” de empate. Aí, na base da pressão, veio a penalidade a favor do Timbu, aos 30 minutos.

Kieza bateu com categoria, no canto esquerdo do goleiro e marcou o seu 9º gol no Brasileiro. Gol para consolidar a confiança vermelha e branca, agora conhecida de todos.

Série B 2011: Náutico x São Caetano. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Bragança Paulista Feelings

Série B 2011: Salgueiro x Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Duplo 5 x 3. Qual é a chance de algo assim?

No sábado, no interior paulista, o Salgueiro correu sempre atrás do placar.

Levou 1 x 0, 2 x 1, 3 x 2… Quando chegou ao terceiro empate, cansou, sem forças.

O Bragantino venceu por 5 x 3, diante das limitações do Salgueiro, candidatíssimo ao rebaixamento para a Série C, com um elenco que nem se conhece, tamanha é a quantidade de mudanças a cada semana. Talvez nem Maurício Simões conheça todos.

Veio a noite desta terça-feira e a nova chance de recuperação, agora em “casa”, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, já sem apoio de outrora. O adversário seria o Icasa.

O time do interior cearense, é bom lembrar, era um adversário direto na briga contra a degola. Confronto direto na briga contra o rebaixamento.

Repeteco puro, incrível.

Icasa 1 x0, 2 x 1, 3 x 2… Aí, alviverdede Juazeiro do norte desgarrou e fez 4 x 3. O Carcará diminuiu, mas levou mais um, igualando o placar da rodada anterior: 5 x 3.

Como é que um time marca seis gols em duas rodadas e não soma um ponto sequer?

Simples… Basta levar dez gols.

Série B 2011: Salgueiro x Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Burocracia mais rápida que o futebol

Presidente do Sport, Gustavo Dubeux, se reúne com o prefeito do Recife, João da Costa, em 2011. Foto: Brenno Costa/Diario de Pernambuco

Enquanto o time vai capengando na Série B, ainda distante da zona de acesso, mais uma vez, a diretoria do Sport vai se mexendo para a construção da arena na Ilha.

Nesta terça-feira, um encontro oficial com o prefeito do Recife, João da Costa.

Com a PCR, a necessidade de três licenças: ambiental, urbanística e de trânsito.

É importante essa discussão com o poder público, ainda mais depois da assinatura de um projeto tão caro, que, de certa forma irá trazer benefícios para a cidade também.

Assim, a burocracia do estádio rubro-negro vai dando os seus passos. Essa fase do projeto será de pelo menos um ano e meio.

Haja paciência, haja articulação.

Já a burocracia do futebol propriamente dito, está conseguindo ser mais lenta. Esse empenho todo na arena poderia ser direcionada para o futebol de forma mais clara.

É possível caminhar no mesmo ritmo na arena e no campo de jogo.

Mais do que possível, é vital.

Cercadinho mandrake

Cercadinho do Náutico. Foto: Brenno Costa/Diario de Pernambuco

Site novo, equipe formada para a assessoria de imprensa e lampejos de modernidade.

É inegável o avanço em alguns setores do Náutico em relação à comunicação com a imprensa e com o seu torcedor, o vetor mais importante desta estrutura.

Aí, do nada, aparece o cercadinho acima…

Trata-se de uma limitação desnecessária para jogadores e jornalistas, sobretudo se já tiver sido acordado os horários para as entrevistas.

Ainda mais com o espaço reservado no gramado, sem estrutura.

Acredito que esta seja a zona mista mais mandrake do futebol brasileiro…