Os 71 maiores campeões estaduais de 1902 a 2015, entre 2.400 campeonatos

Clubes brasileiros

O primeiro campeonato estadual do Brasil aconteceu em 1902, organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball, com apenas 21 partidas. O São Paulo Athletic, de Charles Miller, foi o primeiro campeão. O introdutor do esporte no país sagrou-se, também, o primeiro artilheiro, com 10 gols. Desde então, o mapa futebolístico mudou bastante no âmbito estadual, com a última mudança em 1988, na criação do estado do Tocantins. Portanto, em 114 anos de história de bola rolando, na base da rivalidade nacional, já foram realizados 2.400 campeonatos estaduais, considerando as 27 unidades da federação. 

O levantamento soma até o extinto campeonato fluminense, disputado até 1978, antes da fusão com o Estado da Guanabara, formado pela cidade do Rio de Janeiro. O blog contou os períodos amador e profissional de todos os estados. Na década de 1930, aliás, foram realizados torneios paralelos oficiais no Rio e em São Paulo. Se em Pernambuco a transição ocorreu de forma pacífica em 1937, em Roraima o torneio só foi profissionalizado em 1995, com três participantes, sendo o último segundo a CBF. Entretanto, a competição já era organizado pela federação roraimense desde 1960, com os mesmos filiados.

Entre os grandes campeões, 71 clubes ganharam ao menos dez títulos, incluindo Sport 40, Santa 28 e Náutico 21. O maior vencedor é o ABC de Natal, o único com mais de 50 taças em sua galeria. E olhe que já chegou a ser decacampeão (1932-1941), feito só igualado pelo América Mineiro (1916-1925).

Os 71 maiores campeões estaduais* (último título):
* A partir de 10 conquistas

+50 títulos estaduais
1º) ABC-RN – 52 títulos (2011)

De 40 a 49 títulos estaduais
2º) Bahia-BA – 46 títulos (2015)
3º) Paysandu-PA – 45 títulos (2013)
3º) Rio Branco-AC – 45 títulos (2015)
5º) Internacional-RS – 44 títulos (2015)
5º) Remo-PA – 44 títulos (2015)
7º) Ceará-CE – 43 títulos (2014)
7º) Atlético-MG – 43 títulos (2015)
7º) Nacional-AM – 43 títulos (2015)
10º) Sport-PE – 40 títulos (2014)
10º) Fortaleza-CE – 40 títulos (2015)

De 30 a 39 títulos estaduais
12º) CSA-AL – 37 títulos (2008)
12º) Coritiba-PR – 37 títulos (2013)
12º) Cruzeiro-MG – 37 títulos (2014)
12º) Rio Branco-ES – 37 títulos (2015)
16º) Grêmio-RS – 36 títulos (2010)
17º) América-RN – 35 títulos (2015)
18º) Sergipe-SE – 33 títulos (2013)
18º) Flamengo-RJ – 33 títulos (2014)
20º) Sampaio Corrêa-MA – 32 títulos (2014)
21º) Fluminense-RJ – 31 títulos (2012)

De 20 a 29 títulos estaduais
22º) River-PI – 29 títulos (2015)
23º) CRB-AL – 28 títulos (2015)
23º) Santa Cruz-PE – 28 títulos (2015)
25º) Corinthians-SP – 27 títulos (2013)
25º) Vitória-BA – 27 títulos (2013)
25º) Botafogo-PB – 27 títulos (2014)
28º) Goiás-GO – 25 títulos (2015)
29º) Mixto-MT – 24 títulos (2008)
29º) Moto Club-MA – 24 títulos (2008)
31º) Vasco-RJ – 23 títulos (2015)
32º) Palmeiras-SP – 22 títulos (2008)
32º) Atlético-PR – 22 títulos (2009)
34º) Náutico-PE – 21 títulos (2004)
34º) São Paulo-SP – 21 títulos (2005)
34º) Santos-SP – 21 títulos (2015)
37º) Atlético-RR – 20 títulos (2009)
37º) Botafogo-RJ – 20 títulos (2013)
37º) Campinense-PB – 20 títulos (2015)
37º) Confiança-SE – 20 títulos (2015)

De 10 a 19 títulos estaduais
41º) Baré-RR – 18 títulos (2010)
42º) Ferroviário-RO – 17 títulos (1989)
42º) Macapá-AP – 17 títulos (1991)
42º) Rio Negro-AM – 17 títulos (2001)
42º) Flamengo-PI – 17 títulos (2009)
42º) Desportiva-ES – 17 títulos (2013)
42º) Figueirense-SC – 17 títulos (2015)
48º) Avaí-SC – 16 títulos (2012)
49º) América-MG – 15 títulos (2001)
49º) Vila Nova-GO – 15 títulos (2005)
49º) Treze-PB – 15 títulos (2011)
49º) Maranhão-MA – 15 títulos (2013)
53º) Goiânia-GO – 14 títulos (1974)
53º) Operário-MT – 14 títulos (2006)
53º) Juventus-AC – 14 títulos (2009)
56º) Atlético-GO – 13 títulos (2014)
57º) Joinville-SC – 12 títulos (2001)
57º) Parnahyba-PI – 12 títulos (2013)
59º) Paulistano-SP – 11 títulos (1929)
59º) Botafogo-PI – 11 títulos (1957)
59º) Independência-AC – 11 títulos (1998)
59º) Gama-DF – 11 títulos (2015)
63º) Cabo Branco-PB – 10 títulos (1934)
63º) Ypiranga-BA – 10 títulos (1951)
63º) Moto Clube-RO – 10 títulos (1981)
63º) Flamengo-RO – 10 títulos (1985)
63º) Tuna Luso-PA – 10 títulos (1988)
63º) Amapá-AP – 10 títulos (1990)
63º) Operário-MS – 10 títulos (1997)
63º) Itabaiana-SE – 10 títulos (2012)
63º) Criciúma-SC – 10 títulos (2013)

Ricci, entre a final do Mundial de Clubes e a pressão em campos pernambucanos

Mundial de Clubes 2013: Bayern de Munique 2 x 0 Raja Casablanca. Foto: Fifa/divulgação

A contratação de Sandro Meira Ricci pela Federação Pernambucana de Futebol, em março de 2012, acabou com a incômoda lacuna de “árbitro Fifa” no quadro da terrinha, vigorando desde 2007.

Apesar do nome e do emblema costurado no uniforme, Ricci não é uma unanimidade no futebol local.

Dos quatro jogos nas duas últimas decisões estaduais, apitou apenas uma vez.

No Náutico, já chegou a ser persona non grata. Também ouviu críticas no Sport e no Santa Cruz. Basta acontecer um clássico…

Fora do estado, no entanto, o árbitro vai justificando o nível técnico mais elevado.

Em 26 de março deste ano, o mineiro de 39 anos, com trabalhos nas Eliminatórias e no Mundial Sub 20, foi selecionado como representante nacional no quadro da Copa do Mundo no país.

E 2013 parece mesmo ter sido um bom ano para Ricci.

Neste 21 de dezembro ele apitou nada menos que a final do Mundial de Clubes, entre Bayern de Munique e Raja Casablanca.

No Estádio Marrakech, diante de 37.774 torcedores, teve uma atuação tranquila.

Antes do próximo Mundial, o mais importante de todos, o árbitro passará novamente nos campos pernambucanos.

Na capital e no interior, inclusive aqueles vazios, por mais que o borderô diga o contrário. É bem provável que Ricci siga contestado nessas bandas.

Talvez falte mesmo é um pouco de crédito ao árbitro…