Neymar em uma finalização a la Íbis

Buenos Aires – Consciente do baixo rendimento ofensivo da Seleção Brasileira sob seu comando, com apenas dez gols em nove partidas, o técnico Mano Menezes vem exigindo bastante dos atletas no hotel em Los Cardales.

O trabalho é árduo, até porque nem mesmo craques como Neymar – pretendido pelo Real Madrid por mais de R$ 100 milhões – escapam das falhas… Diante de Mano.

Resenha do Mano com goleada garantida

Buenos Aires – Enquanto os jogadores brasileiros faziam um treino de finalização, com jogadas pela linha de fundo, saída de bola e lançamento, o técnico Mano Menezes se aproximou da imprensa, atrás de uma das metas do campo do hotel, em Los Cardales.

Na rápida resenha, acabou desafiado para uma pelada de fim de ano, em São Paulo. O técnico garante uma goleada. Porém, “recusou” o confronto no frio argentino…

Voluntários… Preparação relâmpago, mirando emprego

Voluntários da Copa América de 2011, na Argentina

Buenos Aires – Ao todo, três mil jovens argentinos se inscreveram para a função de “voluntário” durante os 24 dias da Copa América, distribuídos nas oito subsedes – no último Mundial foram 15 mil. Sem remuneração e com uma puxada carga de trabalho, de manhã até a noite, os voluntários têm um perfil bem específico. De cada dez, nove são jornalistas ou estudantes de jornalismo.

Em entrevista ao blog, o voluntário Nicolás Jarularkis, 31 anos, comentou que essa foi uma oportunidade única para o trabalho, pois muitos estão conseguindo fazer contato com a imprensa argentina, que, segundo ele, é de difícil inserção.

O treinamento, acredite, durou apenas um dia, das 8h às 16h. Outro voluntário, que pediu para não ser identificado, admitiu o pouco tempo de orientação. “Foi só um dia, em um sábado (18 de junho). Escutamos várias palestras, mas estamos aprendendo muito mais com a Copa em andamento, também nos jogos. Poucos falavam português, apesar dos pedidos da organização. Ainda bem que é fácil de aprender.”

Que se faça diferente aqui no Brasil, em 2014, com os cerca de 20 mil voluntários.

Abaixo, um vídeo sobre a expectativa de Nicolás, hincha do Boca Juniors, sobre a campanha da Argentina no restante da disputa continental. Ele é setoristas na Rádio Caseros FM 91.5 do pequeno Estudiantes de Buenos Aires, da Série B e futuro adversário do River Plate. Obviamente, ele quer trabalhar no Olé.

Um pequeno empate no Brasil, um salto na Venezuela

Camisa da Venezuela sonhando com a Copa do Mundo de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – O empate diante do Brasil, na abertura do grupo B da Copa América, ainda está sendo festejado pelos venezuelanos. A imprensa do país passou a vestir a camisa da seleção, inclusive com uma mensagem… Com um sonho, na verdade.

“Brasil 2014 – O sonho do meu país”

A camisa de vinho tinto do radialistas Carlos Abreu, circulando no cento de imprensa na Recoleta, destaca o maior desejo do país, o único dos dez membros filiados da Conmebol que jamais participou de uma Copa do Mundo desde 1930.

Após uma década de resultados surpreendentes – chegou a vencer o Brasil por 2 x 0 em um amistoso em 2008 – , os diretores da federação do país projetam pelo menos a 5ª vaga das Eliminatórias, até mesmo porque o Brasil, país-sede, não irá participar.

Sobre a vigente Copa América, destaque para uma palavra do vídeo abaixo: lejos. Em uma tradução direta, “longe”. É para tanto? As passagens de volta da equipe de Abreu, agendadas para o dia 14, após o fim da primeira fase, agora estão sem data fixa…

De Santa Fé para Santa Fé, sem tanta fé

Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, na Copa América 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Pressionada, a seleção da Argentina encara a Colômbia nesta quarta-feira buscando um rendimento melhor em relação à estreia, com empate. Abaixo, um vídeo gravado na Avenida Santa Fé, próxima ao centro da capital federal.

Na cidade de mesmo nome, a 476 quilômetros de distância, o time entrará em campo no estádio Cemitério de Elefantes com a chance de voltar a mirar a Copa…

Até porque este é o lema dos hermanos para a Copa América: tudo pela Copa, pelo fim do jejum de 18 anos. Vale destacar que o nome do estádio de Santa Fé é uma referência às derrotas de grandes equipes jogando por lá.

Para a economia da competição, esse elefante albiceleste precisa ficar de pé…

Camisa 20 de Campana

Buenos Aires – Em Campana, acompanhando pela primeira vez o treinamento da Seleção Brasileira na Argentina, uma surpresa nesta terça-feira…

De fato, o momento foi bem atípico durante os 26 minutos de bola rolando em metade do campo, no treino do Brasil.

Eram 21 jogadores no gramado. Além dos goleiros, 10 atletas com a camiza cinza e nove com a vermelha. Titulares e reservas, respectivamente.

Prática para uma situação de jogo com um a mais em campo? Nada disso. O volante Sandro sentiu um desconforto muscular e acabou desfalcando a atividade.

Então, alguém teria que atuar como um “coringa”… Habilidoso, com uma visão de jogo fora do normal e muito técnico, o camisa 10 da Canarinha, Paulo Henrique Ganso, vestiu a camisa verde limão, além de um gorro para combater frio e o vento.

A regra era simples, em um jogo de toques rápidos.. Ganso só poderia jogar para o time com a posse de bola. E aí, no passe, ele comanda…

Congresso xeneize

Sala da presidência do boca Juniors. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – São onze cadeiras confortáveis de cada lado na exclusiva sala da presidência. Na cabeceira, o lugar reservado para o presidente do Boca Juniors.

Jorge Amor Ameal, de 63 anos, assumiu a presidência do Boca Juniors em 5 de novembro de 2008. Ele era o vice-presidente do clube, quando o então mandatário, Pedro Pompilio, faleceu. Assim, tornou-se o 32º chefe do executivo do clube xeneize.

Há quem diga que Ameal acabou trazendo “azar” para La Bombonera, pois em sua gestão o time ganhou apenas o Torneio Apertura de 2008. Nenhum troféu internacional.

Esse jejum pesa bastante para a hinchada do Boca, que se acostumou com o apelido “Rey de Copas”, devido ao sucesso em solo estrangeiro. São nada menos que 18 títulos internacionais oficiais. Entre eles, três Mundiais.

Ao fundo da sala da presidência, o primeiro título mundial, em 1977. Taça sem moldura, para que todos os diretores do clube se lembrem da grandeza do Boca. Sempre.

Hincha do Sport nas tribunas da Bombonera

Carta do Boca Juniors ao Sport pelo título da Copa do Brasil de 2008

Buenos Aires – Em 2008, quando conquistou a Copa do Brasil, o Sport recebeu os parabéns de vários clubes do país. Surpreendente mesmo foi a carta do Boca Juniors.

O clube argentino enviou um documento oficial de parabéns, através de Pablo Superno, então relações públicas do clube. Após conhecer o Recife e fazer amigos – vários deles diretores ou pessoas ligadas ao Rubro-negro -, Pablo passou a torcer pelo Sport.

Apaixonado pelo time xeneize, o agora diretor de vôlei e conselheiro do Boca mostrou as dependências do clube, organizado e moderno, apesar do estádio setentão.

Superno, de 41 anos, porém, diz que a paixão maior continua sendo o Boca, desde sempre. Ainda assim, ele entra na internet, direto do bairro de Barracas, só para saber como anda o Leão, na Série B… “Perdemos o hexa”, disse, em português.

Abaixo, um vídeo em português fluente, que mostra que a amizade no Leão foi forte.

Com a camisa da seleção particular

Buenos Aires – Durante as quase duas horas no terminal de ônibus de La Plata, para tentar retornar à capital, vários brasileiros seguiram caminhando devagar nas filas com cachecóis, bandeiras e camisas da Seleção, tentando driblar o frio intenso.

Eles conversavam de forma discreta sobre o resultado, aceitando a brincadeira dos venezuelanos, que, pela primeira vez, pontuaram diante do Brasil em uma competição.

É quase certo que a torcida pernambucana, sempre presente, daria o ar da graça.

No lado canarinho, além da camisa da Seleção, inúmeros uniformes dos clubes brasileiros. Inclusive dos grandes times do Recife! Náutico, Santa Cruz e Sport estiveram “representados” na arquibancada. No vídeo abaixo, a família de Ana Izabel, de 32 anos, que veio com um grupo de dez pessoas para passar 9 dias na Argentina.

Choripán secador

Argentinos secando o Brasil em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Em vez do churrasquinho, o choripán… A fumaça densa nos arredores do belíssimo estádio em La Plata era a dica principal de que havia algum estbelecimento improvisado com o tal pão misturado com chorizo.

Argentinos da província sul, os vendedores se esforçaram bastante para falar o portunhol – os dois lados da conversa, por sinal -, mas durante o jogo, sem movimento algum, a diversão foi secar a Canarinha na TV. Sem pena.

Depois de ficar no 1 x 1 com a Bolívia, curiosamente no mesmo estádio Único, nada melhor que ver o arquirrival sair cabisbaixo.

Desanimado, talvez o torcedor brasileiro tenha deixado de comer o choripán no fim…