O situacionista Arnaldo Barros venceu com folga Wanderson Lacerda (61% x 38%) e irá comandar o o Sport no biênio 2017-2018. O dirigente, que acumulava a vice-presidência executiva e de futebol, terá um orçamento superior a R$ 200 milhões, somando as duas próximas temporadas – no ano vigente, o último de Martorelli, a projeção orçamentária já passa de R$ 113 mi. Nunca se viu tanto dinheiro na Ilha do Retiro, o que aumenta bastante a responsabilidade do advogado, que terá no futebol (com seguidas falhas em 2016) o carro-chefe desta administração, que larga na primeira divisão e com dois anos sem títulos.
Faturamento anual do Sport:
2011 – R$ 46.875.544
2012 – R$ 79.807.538 (+70,2%)
2013 – R$ 51.428.086 (-35,5%)
2014 – R$ 60.797.294 (+18,2%)
2015 – R$ 87.649.465 (+44,1%)
2016 – R$ 113.000.000* (+28,9%)
* Projeção (o balanço oficial sai em abril de 2017)
Como mote de campanha, a prioridade na Copa do Nordeste e na Sula (que começará no primeiro semestre), em detrimento do Estadual, onde deve jogar no hexagonal com um time mesclado. Tal cenário rendeu uma nota oficial da FPF, sob revolta. Essa visão, que contrapôs o adversário na eleição, acabou referendada pelos sócios contribuintes, responsáveis pela maior vantagem – antes, na apuração com patrimoniais, diferença era menor, 55% x 45%.
Sobre a eleição, que reuniu ex-presidentes nas chapas (com Gustavo Dubeux e Homero Lacerda no lado vencedor), o pleito já está na história. Registrou, com sobras, a maior votação entre clubes pernambucanos. Na verdade, o rubro-negro já detinha as cinco maiores votações, num reflexo da política do clube, com seguidos bate-chapas (este foi o 6º!). Considerando os 16,5 mil sócios aptos para o pleito de 2016, a participação do quadro social chegou a 24,6%.
Os bate-chapas com mais votos em Pernambuco:
1º) 4.063 – Sport (2016, Arnaldo Barros eleito com 2.509, ou 61,7%)
2º) 3.456 – Sport (2008, Silvio Guimarães eleito com 2.614, ou 75,6%)
3º) 3.441 – Sport (2012, Luciano Bivar eleito com 1.971, ou 57,2%)
4º) 2.997 – Sport (1974, Jarbas Guimarães eleito com 2.308, ou 76,6%)
5º) 2.816 – Sport (2000**, Luciano Bivar eleito com 1.805, ou 64,0%)
6º) 2.403 – Sport (1978, José Moura eleito com 2.091, ou 87,01%)
7º) 2.224 – Sport (1986*, Homero Lacerda eleito com 1.381, ou 62,0%)
8º) 2.146 – Náutico (2013*, Glauber Vasconcelos eleito com 1.575, ou 73,3%)
9º) 1.957 – Sport (2010, Gustavo Dubeux eleito com 1.922, ou 98,2%)
10º) 1.818 – Sport (2014, João Humberto Martorelli eleito com 1.542, ou 84,8%)
11º) 1.817 – Sport (2006, Milton Bivar eleito com 1.560, ou 85,8%)
12º) 1.787 – Santa Cruz (2012, Antônio Luiz Neto eleito com 1.636, ou 91,5%)
13º) 1.696 – Sport (2002, Severino Otávio eleito com 1.478, ou 87,1%)
14º) 1.632 – Náutico (2011, Paulo Wanderley eleito com 1.139, ou 69,7%)
15º) 1.544 – Náutico (2015*, Marcos Freitas eleito com 777, ou 50,3%)
16º) 1.435 – Santa Cruz (2010, Antônio Luiz Neto eleito com 1.134, ou 79,0%)
17º) 1.405 – Santa Cruz (2006*, Edson Nogueira eleito com 731, ou 52,0%)
18º) 1.387 – Santa Cruz (1975, José Nivaldo venceu com 1.195, ou 86,1%)
19º) 1.337 – Santa Cruz (2004, Romerito Jatobá eleito com 895, ou 66,9%)
* Vitória da oposição
** Desconsiderando os 719 votos impugnados judicialmente (3.548 ao todo)