Kuki.
Nada menos que 389 jogos pelo Náutico.
Em quase 109 anos, ninguém vestiu mais a camisa alvirrubra do que ele.
Uma honra que já valeria um busto no clube. No mínimo.
Mas o “menino” foi além.
Gols? Foram “apenas” 179. O 4º maior artilheiro do clube. Na frente dele, só mitos de Rosa e Silva, como Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.
E olhe que o atacante até hoje briga por outros 5 tentos pelo time B, na Copa Pernambuco de 2003.
Esses números já o transformam em um mito. No primeiro deste século.
Literalmente, pois a sua história começou a ser escrita nos Aflitos em 2001, quando chegou já com 29 anos. Uma aposta digna de mega-sena. Vitória digna de prêmio acumulado.
Mas s história de Kuki parece ter tido o seu último capítulo nesta semana.
Jogador e diretoria não chegaram a um acordo.
Sempre achei que um clube é feito, sobretudo, de ídolos.
Kuki foi um dos gigantes da história do Náutico. Chegou numa fase sombria do Timbu e foi 3 vezes campeão pernambucano e 3 vezes artilheiro do Estadual.
Ele está na história do futebol pernambucano. Por cima.
A idade chegou, é verdade. Aos 38 anos, Kuki não rende mais como antes no ataque timbu. Mas a sua saída precisa ser digna de sua história nos Aflitos, e não decidida numa desavença em um escritório.
A torcida merece gritar “Kukê, Kukê, Kukê!” pela última vez.
E Kuki merece ouvir isso pela última vez.