Seleção da tecnologia

Índice CastrolUma seleção escalada pela tecnologia.

Por mais que seja difícil de aceitar, mas a ideia é exatamente essa.

Que a Fifa está dando um show de tecnologia na Copa de 2010 já é notório. O assunto já foi até citado em um post do blog (veja AQUI).

Mas, ao criar o Índice Castrol, a entidade delegou aos computadores a missão de escalar a seleção da Copa.

Qualquer ação vale ponto (tanto a favor quanto contra). Dependendo da dificuldade, a pontuação varia. Um desarme na lateral vale menos que um desarme na área, por exemplo.

Ao lado, o time escalado após a 1ª rodada do Mundial da África do Sul. Nenhum brasileiro está lá.

Quem é o craque do banco de dados da Fifa até aqui…? O “craque da tecnologia”! 😯

O ala argentino Gabriel Heinze lidera com 9.51 pontos. O melhor brasileiro é o zagueiro Juan, em 14º lugar, com 8,84. Na lanterninha, o meia argelino Guedioura, com 3,96 pontos. Ao todo, 375 jogadores – dos 736 convocados – já entraram em campo.

Ensaio sobre a cegueira britânica

Copa do Mundo de 2010: Inglaterra 0 x 0 Argélia

Nem o inglês Robert Green nem o argelino Chaouchi entraram no gramado do estádio Green Point. Depois dos frangaços na primeira rodada, ambos foram barrados para o decisivo confronto desta sexta-feira, na Cidade do Cabo.

Entraram os goleiros James e Mbolhi, respectivamente. Dos dois, Mbolhi seria o mais exigido, teoricamente. Afinal, a falha inglesa foi apenas com o camisa 1. Mas isso ficou na teoria mesmo, pois a Inglaterra voltou a decepcionar nos estádios sul-africanos na Copa do Mundo. É a primeira favorita a fracassar em duas rodadas.

The SunNa Inglaterra, a campanha em 2010 era cercada de expectativa com a badalada base da equipe. Seria a hora de repetir 1966.

Um fanatismo que acabou cegando…

O tablóide The Sun, por exemplo, não teve o menor pudor de cravar a manchete “Easy” (fácil) no sorteio da Copa, quando o English Team caiu na chave de Argélia, Eslovênia e Estados Unidos.

Na brincadeira com a primeira letra de cada país, eles usaram “Yanks” para definir os EUA. O primeiro lugar no grupo C era “fato”. A dúvida era se a equipe dirigida pelo italiano Fabio Capello conquistaria 9 pontos.

No máximo, poderá conquistar 5 pontinhos. E vai suar muito, pois só assim conseguirá avançar às oitavas de final da Copa do Mundo.

Empatar em 0 x 0 com a Argélia deverá curar a cegueira em Londres.

Foto: Fifa

A 45 minutos da montanha

Eslovênia

A vaga estava nas mãos (nos pés) da Eslovênia.

Uma vitoria simples nesta sexta colocaria o time nas oitavas de final. Seria uma festa daquelas no país de menor população desta Copa do Mundo, com 2 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia, o Grande Recife tem 3,7 milhões.

No primeiro tempo, uma vantagem por 2 x 0. Era algo espetacular para uma equipe não não almejava muita coisa, ainda mais no grupo da favorita Inglaterra.

Contra os Estados Unidos, com um time forte fisicamente e levemente mais técnico do que em outros anos, a Eslovênia acabou não sendo capaz de segurar o placar.

Copa do Mundo de 2010: Eslovênia 2 x 2 EUASofreu dois gols na etapa final e só não tomou a virada porque o juiz anulou de maneira incrível um gol dos EUA.

O 2 x 2 poderia ser um bom resultado caso os eslovenos não tivessem que decidir a vaga contra o English Team. Esse jogo, que começava a parecer um “amistoso”, mudou bastante após os 45 minutos finais…

A inédita vaga no “topo” do Mundial combinaria bastante com o curioso uniforme esloveno, que lembra as montanhas do país, que, junto com as florestas, cobrem mais da metade do território de parte da ex-Iugoslávia.

Pois é. Faltaram 45 minutos para chegar ao topo da montanha… A escalada não é fácil.

Em tempo: a foto é mesmo da Eslovênia.

Foto: Fifa

Blitz, Iugoslávia e Alemanha Ocidental

Copa do Mundo de 2010: Sérvia 1 x 0 Alemanha

De acordo com os dados da Fifa, as seleções da Alemanha e Sérvia se enfrentaram pela primeira vez em uma Copa do Mundo no dia 27 de junho de 1954, em Genebra, na Suíça. Naquele dia, estava na súmula: Alemanha Ocidental x Iugoslávia.

Alemanha OcidentalIugosláviaOs germânicos divididos ao meio após a Segunda Guerra Mundial e a Iugoslávia na eterna tensão de reunir culturas tão distintas em um campo minado.

Na partida das quartas de final, Ivan Horvat, do time dos Balcãs, marcou um gol contra logo aos 9 minutos. No finzinho, Helmut Rahn fechou a vitória germânica por 2 x 0. O mesmo Rahn faria o gol do título mundial dias depois. O primeiro da Alemanha.

De lá pra cá foram mais dois, criando um lastro de tradição na Copa. Em 1990, o país foi reunificado. Ganhou força política, econômica e reencontrou a sua aura, perdida na primeira metade do século passado sob o desenho de uma suástica.

Dois anos depois, outra reforma geográfica, mas na República Socialista Federativa da Iugoslávia. Em 28 de abril de 1992, a nação foi dissolvida, dando origem a outros quatro países reconhecidos pela ONU: Croácia, Eslovênia, Macedônia e Bósnia-Herzegovina. A ex-Iugoslávia ainda foi “Sérvia e Montenegro” antes de virar simplesmente Sérvia.

Nesta sexta, 18 de junho de 2010, a Sérvia voltou a encarar a Alemanha, mas em um cenário muito diferente daquele de 56 anos atrás, mas o mesmo para a Fifa.

AlemanhaSérviaE nesse quesito, os dois times chegaram a incríveis 7 partidas no Mundial. Um recorde histórico, igualando Brasil x Suécia, que chegaram ao número em 1994 (veja AQUI).

No retrospecto, ampla vantagem dos tricampeões, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Eles continuam em vantagem, mas a Sérvia impôs um duro golpe ao time Klose, que foi expulso. Vitória por 1 x 0, com direito a um pênalti defendido por Stojkovic

A Alemanha não perdia um jogo na fase de grupos da Copa do Mundo desde 1986. Faz tempo… Tanto que a Iugoslávia ainda estava no mapa.

Foto: Fifa

Aviso dos céus

Diario de Pernambuco: 18/06/2010Chuva intensa no Recife.

Três dias seguidos com o céu cinzento e espelhos d’água por toda a cidade.

Caos, com 5.111 ocorrências de emergência.

Tragédia, com 3 mortes decorrentes da chuva. Fato que não acontecia há um ano. Exatamente no inverno da última temporada.

Leia a cobertura do Diario de Pernambuco AQUI.

Na manchete do DP, aliás, uma preocupação plausível. Como o blog havia comentado na segunda-feira (veja AQUI), a Copa do Mundo de 2014 será realizada em pleno inverno brasileiro.

Uma disputa entre 13 de junho e 13 de julho.

No Nordeste, esse será o período mais severo das chuvas. Justamente numa região contemplada com 4 das 12 subsedes do próximo Mundial de futebol (Recife, Salvador, Fortaleza e Natal).

Ainda na noite de quinta-feira, convictos da gravidade da situação e também da repercussão negativa devido à vigente Copa de 2010, o governador do estado, Eduardo Campos, e o prefeito do Recife, João da Costa, se reuniram no Palácio do Campo das Princesas para discutir soluções. Infraestrutura necessária para “ontem”.

Soluções imediatas e a longo prazo.

Imediata porque a cidade não pode esperar. Até porque foram apenas 3 dias de chuva.

A longo prazo pois a imagem definitiva do Recife no cenário internacional estará em jogo daqui a quatro anos. Cerca de 60% do público na arena da Cidade da Copa deverá ser formado por torcedores estrangeiros, como disse o consultor da Fifa Phillipe Bovy, em entrevista ao Diario em novembro de 2009 (veja AQUI).

Por isso, fica realmente a pergunta… Imagine a Copa aqui?