Los Angeles – A franquia como algo inerente ao esporte dos Estados Unidos havia sido o tema da postagem publicada na sexta-feira (veja aqui). Eis que no mesmo dia, à tarde, a entrevista com a cúpula da AEG Facilities – que vai desenvolver a estrutura de entretenimento da Arena Pernambuco – ampliou o assunto com novidades. Apesar de ser a segunda maior cidade do país, com quase 4 milhões de habitantes (e uma região metropolitana de 17 milhões de pessoas), Los Angeles não conta com representante algum na NFL, a liga de futebol americano, a mais rica dos EUA.
Nem sempre foi assim… Até 1995, L.A. contava com dois times, o Raiders e o Rams.
O primeiro – tricampeão do Superbowl – é conhecido como uma equipe de torcida mais violenta, além de ser a preferência dos “motoqueiros das estradas”, já no folclore. O Rams, por sua vez, era o time de torcida em todas áreas da cidade. De uma só vez, ambos mudaram de cidade. O Raiders retornou para Oakland (onde jogava até 1982), enquanto o Rams se mandou para Saint Louis, após a venda da franquia. Afinal, são negócios. Um cheque acabou com todo o amor dos antigos fãs.
Foi um golpe duro na torcida, que passou a acompanhar a NFL apenas pela TV. Numa comparação brazuca, é como se o Recife deixasse de ter os seus três grandes clubes de futebol!
Agora, essa espera em Los Angeles tem data para acabar: 2015. A ideia é construir um estádio com 78 mil lugares ao lado do ginásio Staples Center, ao custo de quase US$ 1 bilhão. Será chamado de Farmers Field, num contrato de naming rights com uma empresa de seguros. O time? Ainda não foi revelado…
Ao blog, o vice-presidente da AEG, Ted Tanner, comentou:
“O estádio não existe, o time ainda não foi divulgado, mas já temos um contrato para o nome do local com 30 anos de duração (no valor de US$ 700 milhões). Vamos comprar alguma franquia que já existe, mas não posso dizer para você qual será.”
Como a NFL é fechada com 32 times (sem acesso e descenso), alguém vai ceder. Perguntei se poderia ser a volta do Rams ou Raiders e Ted disse: “Provavelmente, não”. Porém, o executivo não deu 100% de certeza. Portanto, a conferir.
Até o fim do hiato serão 20 anos sem football na cidade, proporcionados por (falta de) interesses econômicos. Que o futebol não copie esta linha de negociações…
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